Capítulo 17

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A bandeja branca fazia a rosa vermelha se destacar diante dos olhos de Adele, ao ver Joseph se aproximando da cama com a mesma roupa formal da noite anterior.

Ele subiu com todo cuidado e deixou os alimentos em frente a mulher, que sorriu e perguntou porquê da roupa vestida em claro sinal de que ele já iria embora.

Joseph informou que precisava trabalhar, mas que sua tia lhe disse o que a cantora inglesa mais gostava de comer no café da manhã, e isso fez Adele sorrir ainda mais enquanto olhava a bela bandeja branca com a flor vermelha.

A mulher ergueu o olhar, encontrando a beleza do sobrinho de sua empregada e afastando toda a comida para o seu lado da cama, puxando o homem pela gola da camisa e sem aviso prévio, fazendo ele cair sobre seu corpo ainda nú e coberto pelo lençol e rir.

- O que você está fazendo? - se segura para não descer e chegar até os lábios dela.

- Nada que já não tenhamos feito, não é mesmo?

- Adele... - se sente tentado a aceitar, mas resistiu - Preciso, realmente ir trabalhar.

- Eu pago você, então eu lhe dou uma folga hoje.

Adele percebeu o momento em que Joseph riu, e foram segundos até seus lábios se tocarem em um beijo ardente e necessário, e mais segundos ainda para ela virá-lo de costas na cama, ficando sobre ele e percebendo o mesmo a analisando da barriga até os olhos.

A mulher é tão linda, que seus traços não pareciam reais. Seus olhos verdes como duas pedras de esmeraldas, seus lábios carnudos, sua pele clara, seu rosto angelical que enfeitiça quem se atreve a olhá-la. Tudo em Adele era perfeito, seus fios longos e dourados, seu sorriso e a certeza do que queria. E tudo isso fez o homem puxá-la para ainda mais perto, beijando-a intensamente até seu ar e o dela sumirem de seus pulmões, e dar origem a uma fala que dizia:

- Eu vou perder o emprego.

- Eu te contrato de volta!

Adele o beijou calmamente enquanto usava suas mãos para abrir as perfeitas roupas que o tornavam o homem impecável de sempre. Chegando a calça e abrindo o cinto, botão e zíper, mas ele a parou, dizendo que não poderia fazer aquilo, pois ela e ele estavam extremamente atrasados naquela manhã.

- Ah, Joseph! - ri, beijando o peito musculoso e descendo até a barriga.

- Sinto muito, mas não podemos.

- Por que? Me dá uma excelente explicação! - continua os beijos.

- Tem uma equipe enorme na sala da sua casa esperando por você.

Adele se afastou, erguendo a cabeça e o olhando com um claro olhar de desconhecimento do que ele falava.

- Uma equipe?

- Sim! Acho que é algum programa de TV.

- Mas não estou sabendo de nada.

- Nesse caso... - ergue o corpo, fazendo ela ficar sobre seu colo e com as pernas presas em sua cintura - Não sei o que é, mas é para você.

- Nem eu sei o que é! Mas eu prefiro ficar aqui. - o beija, sentindo-o apertando fortemente suas coxas e lhe arrancando suspiros, mas parando e se afastando.

- Acho melhor você ir.

- Tem certeza? - se aproxima, mordendo a ponta de sua orelha - Não estou com vontade de fazer entrevistas, se é que você me entende - sussurra.

O homem riu, beijando-a segundos depois e a virando de costas na cama, ficando sobre seu corpo e erguendo uma das pernas para apertar e arrancar dela seus primeiros suspiros transformados em gemidos discretos e quando seus lábios se devoram. Mas o que Adele não imaginava, era que ele iria se afastar, e usou essa posição para conseguir sair sem ser preso por ela.

Joseph continuou a beijando intensamente, mas se afastou, vendo a mulher completamente nua sobre a cama e lutando para não voltar.

- Preciso ir! Bom café da manhã, e espero que eu tenha acertado no gosto.

- Tenho certeza que está magnífico, assim como você.

- Quem diria que Adele falasse essas coisas - brinca, fechando novamente sua roupa aberta pela cantora e se aproximando para um beijo caloroso e capaz de deixar Adele deitada vários minutos na própria cama e esquecer que precisava levantar e encarar o mundo.

Olhos de vidroOnde histórias criam vida. Descubra agora