A água escorrendo pelos corpos do casal, banhava a alma de uma mulher entregue ao prazer, assim como seu parceiro.
Adele "rasgava" a pele de Joseph com suas longas e afiadas unhas a cada movimento de vai e vem dentro de si, fazendo seu ventre contrair e seus gemidos se tornarem frequentes, os sussurros do homem em seu ouvido passarem a lhe trazer sorrisos e ao mesmo tempo o desejo de muito mais.
Não importava o que existia do lado de fora das paredes daquela mansão, Adele era apenas uma mulher entregue a tudo que fosse feito com ela, e não iria reclamar, muito pelo contrário, ela pedia muito mais e era obedecida por um homem que puxava seus fios loiros para trás, beijava seus pescoço e mordia a ponta de sua orelha, mas lhe invadia ainda mais rápido ao ponto da cantora inglesa ficar com a respiração travada no próprio corpo e sussurrar: "Yes!".
O sol nascia atrás de enormes árvores existentes no jardim da casa alugada por Adele, e sobre a cama, dormindo tranquilamente estava Joseph, totalmente despido e coberto por um lençol branco, fios molhados e arranhões pelas costas, braços e pescoço. E sentada longe, escondida entre as paredes e sentindo a luz do dia entrar no cômodo, estava Adele com uma camisa de Joseph e calça de moleton, fios úmidos e com um sorriso desenhado nos lábios ao admirar uma enorme tela pintada bem em sua frente.
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O aconchego de quem estava tendo seus minutos de solidão só não lhe trouxe medo da própria solidão, porque Joseph estava a poucos passos de onde ela estava, e poderia ser seu refúgio assim que o medo batesse. Então ela continuou até onde conseguiu, se mantendo sentada com as pernas sobre o pequeno sofá e mão no rosto, observando cada centímetro e deixando a emoção da arte lhe tomar.
Pássaros cantavam do lado de fora, pessoas começam a caminhar no jardim e Joseph se aproximava lentamente do pequeno espaço, vendo Adele na mesma posição e se assustando ao perceber ele lhe olhando com um sorriso bobo desenhado nos lábios.
- Que susto, Joseph! - riu.
Adele sentiu o coração acelerado, mas o abraço e os beijos lhe fizeram ficar calma, enquanto seus corpos repousavam sobre o sofá e eles encontravam uma posição confortável para que admirassem juntos a arte pendurada na parede.
Joseph estava com Adele entre suas pernas e a sentindo repousar em seu peito, olhando para ele e sussurrando:
- Eu te amo!
- Eu também!
- Não me deixa sozinha, por favor?
- Eu não vou deixar.
- Fica comigo quando eu mais precisar?
- Eu já estou com você. - beija o topo de sua cabeça - Já estou aqui.
Adele sorriu ao fechar os olhos e sentir o aconchego, abraço e carinho por parte do homem que conheceu enquanto estava prestes a cair de uma escada. Homem esse que mudou sua vida para sempre e que estava mudando ainda mais e sem perceber.
O abraço apertado em nada parecia a noite de prazer dentro de um banheiro, mas sim um homem envolvendo Adele em seus braços e apertando para deixar claro que ele estava ali para ela quando precisasse, somando o calor de seus corpos em apenas um, mas com menos intensidade e muito mais amor.
- O que iremos fazer hoje? - pergunta Adele ao ver Joseph olhá-la.
- Talvez um belo café da manhã?
- Você só pensa em comida? - ri.
- Digamos que você me cansou bastante na noite anterior - ri.
- Eu? - se afasta, sentando em frente a ele e logo depois em seu colo, mas sem nenhuma malícia, apenas para abraçá-lo - Eu não fiz nada.
- Não? - acaricia suas costas.
- Não!
A cena entre Adele e Joseph estava tão linda, que daria uma bela imagem de amor, porque a mulher sentada no colo do homem, com as pernas ao redor de sua cintura e os braços de seu pescoço, escondia o rosto como se fosse uma criança de colo, enquanto as mãos grandes lhe abraçavam com força ao ouvir o primeiro choro preso e que não sabia mais controlar o que estava dentro do corpo da mulher em seu colo.
Adele se sentiu tão segura e protegida, que se permitiu chorar rapidamente enquanto estava ali naqueles braços e ouvindo que ela poderia chorar o quanto quisesse, porque ele não iria sair, não iria lhe julgar, não iria lhe pressionar e tão pouco pedir para ela ser forte, já que era exatamente isso que ela estava sendo esse tempo todo.
Joseph a puxou para mais perto e a envolveu por completo em seus braços, sentindo o coração de Adele acelerado e ela quase se fundindo ao seu corpo de tão próximos, trazendo o silêncio e mantendo apenas o abraço apertado como demonstração de comunicação. E com o passar dos minutos, ela foi desacelerando, até fechar os olhos e adormecer com o rosto escondido na curva do pescoço de Joseph, enquanto ele lhe fazia cafuné e beijava seu ombro.
- Dorme.
O peso do corpo de uma mulher adulta poderia até encomendar com o passar dos minutos, mas ele estava tão envolvido no sofrimento de Adele que esqueceu de sentir qualquer coisa relacionado a isso. Então continuou com ela até perceber que, de fato, ela havia apagado por completo e profundamente, sendo o momento de envolver seus braços em seu quadril para que conseguisse levantar e caminhar com ela em direção a cama.
Joseph respirou fundo, saindo de onde estavam sentados e dando passos lentos e silenciosos até chegarem ao lado de uma cama king completamente bagunçada, mas que seria o local perfeito para repousar a cantora inglesa, que vencida pelo cansaço, sequer se moveu quando colocada sobre o colchão macio e foi coberta por um edredom.
- Bom descanso, meu amor.
Joseph depositou um beijo carinhoso em sua testa, se afastando e caminhando em direção ao mesmo banheiro, tomando um banho de cerca de 10 minutos e saindo com uma roupa mais apropriada para o dia que havia amanhecido. E assim que chegou ao quarto, viu a cantora inglesa dormindo tão lindamente, que parecia um anjo na Terra com seus longos fios loiros, pele clara e rosto insanamente perfeito em cada detalhe.
