Te Adoro - Apollo Mc

06

Mal sabiam Anne e Otávio que Apollo estava pensando sobre o mesmo assunto. O garoto não conseguia tirar seu dia com Anne da cabeça, e lembrava de todas as sensações estranhas que sentiu estando com Anne naquele dia.

Ele encarava o teto se lembrando do sorriso encantador que a garota tem, de como ela é legal e engraçada, do quanto o abraço q ele deu nela o fez arrepiar, e como ele teve que fingir muito bem que não estava tenso com a garota segurando seu braço até chegarem na escola de Otávio.

Apollo se sentia nas nuvens lembrando da garota, e sente que um dos piores pesadelos de sua vida foi ver ela chorar. Ele acha surreal o brilho que a garota tem, achou assustador como o brilho dela se apagou por inteiro depois de uma discussão com seu pai, e achou incrível como pouco tempo depois ela já conseguia esse brilho de volta.

Por algum motivo que Apollo desconhecia, ele desejou muito para que nada nunca mais machucasse a garota, e além disso, queria poder impedir que realmente nada fizesse isso.

E então, em meio de seus pensamentos, ele decidiu admitir para si mesmo: "Sim, Apollo. Isso é amor à primeira vista, você está sentindo o amor mais belo e puro."

O garoto então não sabia se achava aquilo bom ou ruim, mas não conseguiu conter um sorriso de orelha a orelha enquanto olhava para o teto de seu quarto pensando na garota.

🫀

No dia seguinte, Apollo pulou de sua cama e se arrumou mais do que normal. Colocou uma das roupas que ele mais gostava, colocou seu tênis favorito, demorou uns 30 minutos arrumando seu cabelo e passou seu melhor perfume.

Depois disso, desceu as escadas desejando um bom dia para seus pais.

- Está todo cheiroso hoje, podemos saber o porquê disso? - Perguntou sua mãe com um sorriso gentil.

- Nada demais, só meu perfume favorito. - Apollo respondeu dando de ombros.

- Deve ter arrumado uma gatinha, qualquer dia traga ela para nos conhecer. - O pai de Apollo disse tirando uma risada do mesmo, que deu um abraço em seus pais e então saiu de sua casa.

Apollo andou um pouco e chegou na frente da casa de Anne. Ele parou, suspirou e tocou a campainha.

Poucos segundos depois, a porta se abriu revelando a imagem de Anne, ela estava com uma camisa do Corinthians, um short preto e com seu cabelo solto normalmente.

A garota então olhou para frente e viu Apollo ali, a garota logo deixou escapar um belo sorriso e ajeitou seu cabelo um pouco mais.

- Oi, Apollo. Meu irmão não está aqui.

- Oi, eu sei. Vim te chamar para buscar ele na escola de novo.

Anne então conseguiu abrir o portão e deu um abraço no garoto como cumprimento.

- Claro, vamos sim.

- Mas você vai com essa camisa horrível? - Apollo perguntou ironicamente.

- Está querendo morrer?

- Jamais, só fui sincero.

Eles então seguiram até a escola de Otávio.

🫀

No meio do caminho, eles estavam conversando e de repente se viram quietos, porém, num silêncio confortante.

Até que Anne disse:

- Sabe, Apollo. Eu te adoro.

Essa pequena frase arrancou um sorriso gigantesco do japonês, fazendo seu coração palpitar e ele sentir uma sensação de paz consigo mesmo.

- Sabe, Anne. Eu também te adoro.

Eles então sorriram um para o outro e chegaram finalmente na escola de Otávio.

Otávio assim que saiu bateu o olho neles, mas dessa vez fez cara de tédio e revirou seus olhos.

- Inacreditável que ainda têm a coragem de dizer que não estão namorando.

- Cala a boca, anão branquelo. - Disse o japonês fazendo Anne rir.

No caminho, Apollo lembrou que não tinha o telefone de Anne, e que queria poder conversar mais com ela, então ele interrompeu Tavin que estava falando com eles:

- Anne, me passa seu número, esqueci de pedir ontem. - Apollo disse entregando seu celular para ela e fazendo Tavin o olhar bravo.

- Então está bem, casalzinho. Não vou falar mais nada para não interromper a lua de mel.

- Pelo amor de Deus, Otávio. Para de drama, continue falando.

Então Otávio prosseguiu enquanto eles seguiam para sua casa.

🫀

Anne estava em seu quarto ouvindo músicas, até que chegou uma mensagem de um número desconhecido.

Boa noite, gambá
ladrona.

Acho que tem japonês
querendo morrer hoje.

Ei, como sabe que sou eu?

Estou em baixo da sua
cama.

Sai daí, anticristo.

KKKKKKKKKK
Como salvou meu número?

"Anne coringuda."

KKKKKKKK
BESTA.

E você? Como vai salvar
o meu?

"Apollito bambi."

Saiba que eu odiei.

Odiou nada.

Odiei sim.

Estou morrendo de sono.

Pode ir dormir.
Boa noite, Anne.

Boa noite.
Te adoro.

Eu também te adoro.