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No dia seguinte, ainda bem cedo, o pai de Anne acordou a mesma.

Anne pegou em seu celular e viu que eram 5 horas da manhã, já sabendo o que viria, ela se levantou e foi se arrumar.

Não muito tempo depois ela já estava pronta, estava usando a camisa do Corinthians que ganhou do Apollo na noite anterior, já sentia muita saudade dele.

Quando ela desbloqueou seu celular, viu que Apollo mandou várias mensagens durante a noite, dizendo que já estava morrendo de saudades, e para mandar mensagem para ele quando estivesse indo embora.

Anne não pôde evitar de soltar um sorriso, ficou feliz por o garoto já estar mandando mensagens para ela, então ela o respondeu:

Bom dia, lindo.

Deve estar morto de cansado agora.
B

om descanso.
Daqui a pouco meu pai irá me levar. 😕

Bom dia, linda.
Acho que vou morrer sem você.

Ainda está acordado? Está maluco?

Não consegui dormir.

Vai descansar.

Antes quero passar aí, quero
ver seu rosto pela última vez.

Estou com a camisa que você
me deu.

Fico feliz que tenha gostado.

Se você me dar uma jujuba,
pode ter certeza que já estarei
pulando de alegria.

Adoro você, Anne.

Eu também te adoro.

Anne então tomou seu café da manhã e desceu suas malas, ela foi as colocando no porta malas, até olhar para frente e ver o garoto que anda mexendo com a cabeça dela desde que se conheceram.

Anne correu até o encontro dele e pulou em seu colo em um abraço caloroso.

- Eu trouxe alguns bomboms de pistache para você comer durante a viagem.

- Obrigado, Apollo. São meus favoritos.

- Eu sei bem disso, por isso os trouxe. - Apollo suspirou. - Não vá, Anne.

Os olhos de ambos se encheram de lágrimas, então Anne respondeu:

- Eu realmente queria ficar. Posso te pedir uma coisa?

- Qualquer coisa.

- Cuida do Otávio.

- Sabe que isso nem precisa pedir.

Eles se abraçaram, até que Otávio saiu de dentro da casa e foi até eles.

Otávio olhou para a irmã e a envolveu num abraço que ele precisava muito.

Otávio em meio as lágrimas disse:

- Volta logo, sua chata. Vou sentir muita saudade.

- Eu também vou, maninho. - Disse Anne chorando junto com o garoto.

O pai de Anne saiu de dentro de casa e disse:

- Bom dia, filhão.

Otávio revirou os olhos e respondeu:

- Nem tente falar comigo.

- Quem é esse rapaz? - Perguntou o pai deles olhando Apollo.

- Amigo meu e do Otávio das batalhas de rima e nosso vizinho.

- Prazer, garoto. - Disse o pai de Anne estendendo a mão para Apollo.

- Prazer, senhor.

- Entre no carro, Anne, vamos.

Anne então dá mais um abraço em seu irmão e em Apollo, e enfim entra no carro.

- Como meu pai pode fazer isso com a própria filha?

- Vai ficar tudo bem, menor. - Disse Apollo passando seu braço em volta de Otávio.

🫀

Passou 2 meses desde a mudança de Anne, a mesma ainda conversava todos os dias com Apollo e via todas as batalhas que seu irmão e ele iam, mas mesmo assim aqueles estavam sendo os meses mais cruéis da vida dela.

Anne estava trabalhando numa lanchonete, que apesar de cansativo, não pagava mal. Os tios dela acham que a garota gastava seu dinheiro com roupas ou algo do tipo para ela, mas na verdade passou esses dois meses juntando dinheiro para que possa retornar para a capital sem precisar de um tustão que venha do seu pai.

Já Apollo, fingia para todos que estava bem, mas a ausência da garota realmente o fez muito mal. Apollo não queria mais sair, só ia para as batalhas que acabaram virando seu refúgio.

Felizmente agora ele ganhava um bom dinheiro com a internet, o que fazia ele conseguir sustentar sua casa e ajudar seus pais com a casa deles.

Apollo estava realmente destruído psicologicamente, queria de abrir para alguém, mas sabia que só Anne realmente conseguiria ajudar.

O garoto estava surtando, e em meio aos seus surtos, teve uma ideia.

Ele pegou seu celular e começou a digitar no privado da garota que tirava seu sono.

Anne, me passe seu endereço.

Por quê?

Confie em mim.

A garota então mandou o endereço.

Pode me explicar agora?

Não, a resposta não vai demorar
para aparecer.

Depois de conseguir o endereço da garota, Apollo pesquisou por passagens de ônibus, achou uma que iria para perto de onde a garota estava daqui uma hora, e sem nem pensar, ele pegou sua mochila, colocou as coisas mais aleatórias que tinham em seu guarda roupa, e foi até a estação do ônibus que partiria até o interior de São Paulo.

Te Adoro - Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora