— Ha ha.
— Oh, vamos lá, Khun Aphros. Pare de rir já.
— Desculpe, hehe.
— Sinto pena dele. Ele está tão envergonhado.
Como eles se conheciam há um mês inteiro, Aphros nunca pensou que o amigo do sobrinho fosse uma pessoa engraçada, mas naquele dia o nong o fez rir sem parar desde que apareceu em casa. Depois que Aphros lhe deu apenas um dia para pensar sobre o assunto, o garoto veio para recuperar sua posição nesta casa. Uma posição que Aphros não queria conceder, pois preferia dar-lhe outra.
Esses pensamentos fizeram Aphros rir incontrolavelmente, fazendo com que o empregado de seu irmão, que estava calçando os sapatos, suspirasse e lançasse um olhar solidário para o garoto enrolado como uma bola dentro de casa, com vergonha de olhar para alguém.
— E a nova governanta ainda precisa vir na quinta-feira?
Ao ser questionado sobre isso, Aphros se virou para olhar para o menino enrolado no sofá, abraçando com força sua mochila escolar e uma sacola de papel de cores vivas. Um sorriso afetuoso apareceu em seus lábios ao se lembrar das palavras de Paint: Não contrate mais ninguém e deixe-me voltar a trabalhar como antes. Ah, e não quero nenhum salário.
Só de pensar nisso o fez sorrir mais e rir novamente, mas não foi uma risada zombeteira, mas sim de profundo carinho. Além disso, ele tinha que admitir que estava... feliz.
Aphros pretendia dar mais tempo ao garoto, sabendo que ele deveria aproveitar a oportunidade enquanto Paint estava vulnerável. Mas isso não parecia justo com o menino, então ele planejou esperar um pouco antes de visitá-lo. Afinal, ele conhecia a casa, o corpo docente, a família e até amigos próximos do Paint com todas as informações. Quem poderia imaginar que o Paint apareceria sozinho?
Além disso, a surpresa foi imensa.
Aphros realmente havia mencionado a contratação de uma nova empregada, mas naquele momento ele estava ansioso porque Paint insistia em se apegar ao seu amor passado. Na verdade, ele não planejava contratar ninguém. Em parte porque não queria estranhos em casa e em parte por causa da ex-mulher. Mas o mais importante é que ele gostava de ter o menino por perto, reivindicando seu território na cozinha, tornando-o seu. Então, a ideia de contratar alguém ficou em espera.
Aphros era parecido com seu irmão e sobrinhos no sentido de que não conseguia lidar com as tarefas domésticas. Comer não era um problema — ele podia comer fora, fazer pedidos ou fazer o que sempre fez. O problema era com a limpeza. Então, antes de Paint chegar, ele pediu à tia Orn que mandasse alguém limpar a casa duas vezes por semana. Não era realmente uma contratação porque ele não precisava pagar. Seu irmão e sua cunhada disseram que nenhum pagamento era necessário, eles apenas compartilharam sua equipe para ajudar. O dinheiro que ele deu era apenas uma pequena mesada para o ajudante. Naquele dia, a governanta era a ajudante de confiança da cunhada que trabalhava com a família há muitos anos e conhecia bem a todos.
— Parece que não preciso mais disso. Tenho um voluntário que está fazendo isso de graça. Hehe. — Aphros levantou a voz intencionalmente, fazendo com que a governanta olhasse para dentro com ainda mais simpatia, mas não se intrometeu mais, pedindo licença para voltar para a outra casa.
Mas antes de sair, ela hesitou e sussurrou. — Khun Aphros.
— Sim?
Ela hesitou, olhando para dentro mais uma vez antes de baixar a voz para um sussurro. — Posso contar a Khun Orn sobre isso?
Aphros imediatamente perguntou de volta. — Khun Orn ou meu sobrinho?
Isso provavelmente chegaria ao sobrinho antes da mãe dele. A governanta sorriu secamente, sabendo que mesmo que lhe dissessem para não fazê-lo, a notícia de seu relacionamento com o belo rapaz chegaria à outra casa de qualquer maneira.