Capítulo 9

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1 semana depois

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1 semana depois


Vocês devem estar se perguntando o que aconteceu durante essa semana. A resposta é: não aconteceu porra nenhuma de interessante. Desde aquele pesadelo, comecei a tomar uma poção que eu mesma preparei para não sonhar. Na faculdade, tudo seguiu como de costume. A única coisa minimamente interessante foi que comecei a me aproximar da Ruby. Meus pais ainda não sabem que ela e sua família são feéricos, e espero que demorem a descobrir. Caso contrário, terei que encerrar essa amizade ou, pior, acabarei presa no porão como castigo. "não é a primeira vez".

Mas pelo menos meu aniversário está chegando, o que é sempre o melhor dia do ano. Vou deixar vocês adivinhar. Acertou quem pensou em Halloween. Dia 31/10 é meu aniversário, o dia perfeito para fazer travessuras. E, se vocês estão esperando pela parte das gostosuras, podem esquecer.

Mas voltando ao presente, hoje é dia 29/10, uma quinta-feira, são 19h, e aqui estou eu, no meio da floresta, para a última aula de bruxaria da minha vida.

-Bem, como hoje é sua última aula. - disse minha professora. - Você terá que fazer o ritual de passagem para descobrir se seu Deus será a Lua ou o Sol.

- Certo, como faço esse ritual? - perguntei, curiosa.

- Você deve ir até o lago, onde o sol e a lua se refletem. Lá, corte sua mão para que seu sangue caia sobre a tigela com água em cima dos dois círculos que estão desenhados. Em seguida, recite a antiga oração para invocá-los.

- Entendido! - respondi, enquanto me dirigia ao lago, senti a tensão aumentar.

Estou próxima ao lago cujas águas refletem tanto a luz da lua quanto a última luz do sol poente. O silêncio é profundo, quebrado apenas pelo sussurro das folhas e o suave som da água se movendo.

Me posicionei no centro da clareira, vestida com um manto simples, preto, simbolizando mistério e a conexão com os dois lados da dualidade cósmica. Aos meus pés, está desenhado um círculo duplo no chão, feito com pó de estrelas, coletado sob a luz da lua cheia. O círculo maior representa o Sol, e o menor, a Lua. Nos quatro pontos cardeais ao redor do círculo, foram colocadas quatro velas: duas de cor dourada para o Sol e duas prateadas para a Lua. As velas são acesas em silêncio, e o ar parece vibrar com uma energia antiga e poderosa. No centro do círculo, há uma tigela de cristal contendo água pura do lago, que simboliza o reflexo das duas forças divinas.

Eu cortei levemente a palma da minha mão com um punhal de prata, deixando o sangue pingar na água, enquanto murmurei uma antiga oração, pedindo que os deuses revelassem meu destino. Se o Deus do Sol me escolher a água ficará dourada e se a Deusa da Lua me escolher a água ficará prateada.

Com o ritual concluído, eu senti minhas forças sendo renovadas.

Olho para tigela e vejo a água começar a brilhar com uma luz prateada, fria e suave, que ilumina a clareira e faz a lua no céu parecer maior e mais próxima. Um vento gelado soprava, como se precisasse sussurrar os segredos antigos nos meus ouvidos. A partir deste momento senti que a conexão com a Deusa da Lua está estabelecida.

Bruxas e feéricos: Uma trégua improvávelOnde histórias criam vida. Descubra agora