Eu estava no meu quarto, tentando me concentrar nos trabalhos da faculdade, quando algo chamou minha atenção pela janela. Ela estava lá, na janela do quarto dela. Havia algo nela que se destacava de imediato. Seus olhos tinham um ar de melancolia que parecia carregar o peso do mundo. Enquanto eu a observava pela janela da minha casa, pude perceber que ela estava perdida em pensamentos, como se estivesse procurando algo além do horizonte. Por um momento, fiquei ali, parado, intrigado com sua presença tão próxima e, ao mesmo tempo, tão distante. Eu me perguntei o que a fazia parecer tão solitária e o que seus olhos estavam realmente buscando. Era como se um mistério envolvesse cada movimento seu, e eu não conseguia desviar o olhar. E não era só nesse momento que não consegui desviar o olhar da presença dela, desde que eu a vi pela primeira vez, algo sempre me puxava para observá-la.
Desisti de estudar. Assim que peguei meu celular para ver se tinha alguma festa para ir hoje, recebi uma notificação do Jakob.
Parece que eu tenho uma festa para ir.
A noite estava apenas começando quando cheguei à mansão da Pactria. Luzes coloridas dançavam pelas paredes imponentes, refletindo nos grandes janelões de vidro que davam para o vasto jardim. O som da música eletrônica ressoava pela casa, misturando-se às risadas e conversas animadas que ecoavam por todos os cantos.
Assim que entrei, fui recebido por um mar de pessoas. Estudantes de todas as áreas estavam lá, vestidos para impressionar. Alguns dançavam no meio da sala, outros se aglomeravam em pequenos grupos, segurando copos vermelhos de plástico cheios de bebidas variadas.
A sala principal da mansão era enorme, com um teto alto e lustres de cristal que brilhavam intensamente. Um DJ estava posicionado no canto, controlando a música e animando a multidão. A pista de dança estava lotada, corpos se movendo em sincronia com a batida pulsante e pessoas se pegando em cada canto da sala. Passei pela cozinha, onde uma mesa comprida estava repleta de garrafas de bebidas e tigelas de ponche. Alguns amigos me chamaram, me oferecendo uma cerveja gelada. Peguei um copo e brindei com eles, sentindo a euforia da festa me contagiar.
Com um cigarro na mão e um copo de uísque na outra, olhei no relógio e vi que já passava da 1h da manhã. Decidi que era hora de ir para casa; essas pessoas estavam começando a me cansar, especialmente a Pactria. Ela parecia convencida de que eu a levaria para a cama novamente, apesar de eu já ter deixado claro que, para mim, era uma vez e tchau. Não gosto de repetir figurinha, e quando repito é porque a transa foi realmente incrível.
Dei uma última tragada no cigarro e apaguei a ponta no cinzeiro. Passei pela sala, despedi-me dos caras com um aceno rápido e saí para a noite fria, sentindo o ar gelado aliviar um pouco a cabeça cheia de fumaça e álcool.
Após sair da festa agitada, entrei no meu carro e segui em direção à minha casa, cansado e com a mente ainda reverberando os eventos da noite. A estrada parecia mais longa do que o habitual, cada quilômetro marcado pelo cansaço que se acumulava. Quando finalmente cheguei, mal consegui me arrastar até o quarto. Com um suspiro de alívio, me joguei na cama e, exausto, adormeci instantaneamente, mergulhando em um sono profundo e restaurador.
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Bruxas e feéricos: Uma trégua improvável
FantasiEm um mundo onde bruxos e feéricos se enfrentam, será que uma amizade pode florescer ou sobreviver? Belladonna, uma jovem bruxa conhecida pelas confusões por onde passou, seus pais acabam decidindo se mudar para cidade de Sanguinem Cordis na esperan...