𝐁𝐋𝐎𝐒𝐒𝐎𝐌, (paul lahote) ✓ - 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚌̧𝚊̃𝚘

5 - Voicemail

ATO CINCO

Depois de receber a mensagem de William, que Eloise não tinha visto até agora, Paul tentou distraí-la para não olhar para o telefone, para que pudesse ter um pouco de paz por um tempo.

Mas assim que Emily chamou o grupo para comer, seu telefone vibrou, mostrando que William estava ligando. Ela recusou e quando viu a mensagem, seu rosto ficou pálido e, de alguma forma, isso fez com que sua bochecha machucada parecesse ainda pior. Mas Paul não disse nada, embora a observasse cuidadosamente enquanto ela fingia um sorriso e se sentava ao lado de Penny, em frente a Paul.

O grupo comia pacificamente e Penny, Emily e Eloise conversavam profundamente enquanto limpavam a louça. Paul se ofereceu para ajudar e Emily recusou com as sobrancelhas levantadas. Foi engraçado ver como Paul Lahote se oferecia para limpar para ficar perto de Eloise. Ela desejou mentalmente que ele ficasse.

Mas Eloise pediu licença depois de um tempo, dizendo que queria tomar um pouco de ar fresco e ouvir uma mensagem de voz que seu chefe havia enviado para ela e Paul sabia que era mentira, todo mundo sabia. E então ela se sentou no jardim, escutando a mensagem que William deixou enquanto Penny incomodava Embry sobre o que ele estava dizendo.

— Eloise, se você acha que não vou te encontrar, você é estúpida. Então, volte antes que eu mesmo a traga aqui. Eloise ficou arrepiada, sentada na varanda, lutando contra as lágrimas acumuladas. A segunda mensagem começou automaticamente e uma lágrima finalmente escapou.

"Você está me traindo? Você tem me traído esse tempo todo? Você está com seu novo amante? Você é uma criança, El. Você sabe que ninguém vai te amar, nunca. Mas eu amo. E depois de quatro anos fazendo isso tudo para você, você simplesmente vai embora? Você é uma merda - A mensagem de voz foi cortada quando ele começou a gritar novamente e Eloise se encolheu, enxugando rapidamente as lágrimas antes de se levantar, inspirando e expirando, virando-se e então correndo contra uma parede. A referida parede rapidamente revelou ser Paul Lahote, que rapidamente a segurou pelos antebraços e olhou para ela com um sorriso triste.

— Você está bem? Eu só queria te dizer que nos mudamos para o quintal para que você não estranhasse o desaparecimento de todos nós. Ele brincou e o coração de Eloise bateu rápido com a proximidade que eles estavam. — Sim, estou bem, obrigada. Eu estava prestes a voltar. Ela mentiu sobre estar bem, ela absolutamente não estava bem. E ela tinha certeza de que teria que conseguir um novo número, bloquear William não adiantaria nada. Ele encontraria maneiras de contatá-la, talvez até localizá-la. Ela estava com medo disso.

Ela estava prestes a passar por Paul quando o sentiu agarrar seu pulso. Ela olhou nos olhos dele, sua pele cheia de arrepios. Paul percebeu e riu mentalmente, embora seus olhos permanecessem focados no hematoma. Ela sabia que ele estava olhando para aquilo e isso fez seu coração bater mais rápido.

— Eu sei que você não me conhece bem, mas pode falar comigo se houver algo errado. Parece que você viu um fantasma. Tem certeza de que está bem? Ele perguntou, e por um segundo Eloise sentiu vontade de explodir e contar tudo a ele, mas se conteve. — Tenho certeza. Vamos voltar para dentro. Ele apenas acenou com a cabeça e voltou para dentro, embora estivesse lutando consigo mesmo para não se transformar ali mesmo depois de ouvir a mensagem de voz que William deixou. A dupla entrou no quintal, sentando-se em um tronco ao redor de uma pequena fogueira, um ao lado do outro.

Penny olhou para Eloise com tristeza nos olhos e foi então que percebeu que algo estava errado. Primeiro, Paul parecia saber que algo estava errado e agora provavelmente todos ao redor da fogueira olhavam para ela com olhos de pena. Embora, quando Eloise começou a notar, todos pareciam conversar uns com os outros. Paul aproveitou isso como uma oportunidade para conversar com Eloise.

— Você não é de La Push, certo? Paul perguntou e Eloise olhou em seus olhos com sua pergunta repentina, embora ela sorriu mesmo assim.

— Não, eu morava em Forks, mas me mudei há um ano. ela respondeu.

— Por que você se mudou? Ele perguntou e se arrependeu de ter feito isso quando a expressão facial dela mudou. — Desculpe, você não precisa responder se isso for muito pessoal. Ele acrescentou rapidamente, mas ela balançou a cabeça suavemente, seus olhos indo para o fogo momentaneamente. — Eu me mudei com meu namorado daquela época, uhm, minha mãe ela .. começou a beber muito. Ela começou, os olhos encontrando os dele novamente. Ele tentou memorizar como o rosto dela ficava à luz da fogueira. Ela parecia deslumbrante para ele, nenhum hematoma poderia mudar isso. — Voltei porque terminei com meu namorado e acho que queria deixar essa parte da minha vida para trás e começar de novo. comigo, pensou Paul, mas rapidamente se livrou desse pensamento.

— Entendi, eu acho. Um novo começo nunca é ruim, certo. Ele sorriu para ela, com dentes e tudo, e Eloise se amaldiçoou pelo friozinho na barriga. Depois de alguns segundos de silêncio, ela começou de novo, com uma voz muito mais baixa.

— Por que Penny estava tão brava com você antes? Ela perguntou a ele, curiosidade em seus olhos. Paul sorriu com a pergunta, olhando para Penny e depois para ela novamente. — Você saberá em breve. Talvez você deva voltar na próxima sexta. Haverá outra fogueira na praia. Algumas histórias serão compartilhadas. Ele ofereceu, ganhando um olhar orgulhoso de seu alfa, um olhar que Eloise não percebeu.

Paul Lahote não queria ter um imprinting. E ele ficou furioso quando aconteceu, especialmente sabendo do passado de Eloise. Mas ele e Sam sabiam que ele não seria capaz de ficar longe, não quando ela estivesse sentada ali ao lado dele, sem saber, aproximando-se dele para pegar um pouco de seu calor. E não quando ela olhou para ele tão docemente, prestando atenção em cada palavra sua e balançando a cabeça a seu pedido.

— Eu acho que eu gostaria disso.

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