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ATO DEZESSETE

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ATO DEZESSETE

N

ão importa a data, não importa a hora e não importa a preparação, Eloise nunca estaria pronta para a luta. Nem em cem anos. Ela prometeu a Paul que ficaria com Penny ou Emily e não importa o que acontecesse, não sairia. Ele explicou o quão rápidos eles eram e o quão bem eles conseguiam farejar as pessoas. E ela escutou, ela realmente escutou. Ela trancou todas as janelas, vestiu as roupas mais quentes que ganhou e estava pronta para uma noite cheia de choramingos nos braços de Penny enquanto assistiam a alguns filmes ruins.

Penny e Eloise ouviram o que Paul e Embry disseram, foram às compras no supermercado no dia anterior para ter tudo o que precisavam, ligaram para Emily para saber como ela estava e para contar como estavam e tinham certeza de que ficariam bem.

O tempo todo era com Paul que ela estava preocupada, e Embry e Sam e o resto do bando. Ela sentia como Isabella Swan, sabendo o quão assustada ela devia estar se sentindo e sentia pelos Cullens - porque mesmo que Paul alegasse que eles eram apenas coisas - Eloise tinha certeza de que eles podiam sentir medo. Mesmo depois de centenas de anos. Eles tinham que sentir. Pelo menos um pouco. Porque ela estava assustada.

Dizer adeus a Paul foi de partir o coração e a alma, e Emily a tranquilizou várias vezes pelo telefone que isso melhoraria com o tempo. Eloise duvidou disso, mas não disse nada.

Então ela esperou. Já tinham se passado três filmes de Harry Potter e pelo menos quatro barras de chocolate quando ela deitou a cabeça no colo de Penny, as pernas balançando sobre o fim do sofá enquanto observava suas mãos - mãos que não paravam de tremer há horas. Ela sentiu como se algo ruim estivesse prestes a acontecer, arrepios ficando mais fortes a cada minuto.

— Eles vão ficar bem. Penny disse, tirando o cabelo de Eloise do rosto. Eloise sentiu que ela estava começando a trançar o cabelo, embora não tenha se importado. Seus olhos voaram para Penny e seus olhos marejados estavam espelhados nos dela.

— Você também está preocupada com Embry - ela disse e Penny sorriu.

— Eu me preocupo com todos eles. Eu os amo, posso não dizer a eles, mas eu amo. ela admitiu e Eloise engoliu em seco.

— Sinto que algo ruim está prestes a acontecer  Penny também sentiu, ela queria dizer. Mas não disse. Em vez disso, ela sorriu tristemente para sua amiga mais nova e manteve a boca fechada sobre o assunto.

— Vai ficar tudo bem.

Mais horas se passaram e Eloise tomou sua terceira dose. Ela se sentia aquecida por dentro, embora parecesse que não conseguiria ficar bêbada esta noite. Sua mente não saía de Paul e do resto do bando e seu estômago doía a cada pensamento que passava.

Penny, por outro lado, estava tentando rir para afastar seu medo. Ela estava sóbria o suficiente, mas tentou distrair Eloise de sua sequência de pensamentos negativos contando piadas a torto e a direito. Ela se movia pela casa com elegância pegando jogos de tabuleiro e colocando no YouTube para mostrar a Eloise compilações de gatos caindo de mesas. Não funcionou, embora Eloise abrisse alguns sorrisos de vez em quando. O medo foi diminuindo cada vez mais, até que ouviram um estalo do lado de fora, sem dúvida vindo da varanda.

A avó ficou na casa de Sue Clearwater naquela noite e Emily ficou com Kim e a casa dela e de Sam. E naquele exato segundo, quando as duas meninas pararam no meio do caminho para olhar uma para a outra, elas sabiam o que a outra estava pensando.

Eles não deveriam ter ficado em casa.

Talvez estivesse muito perto da floresta e talvez tenha sido apenas azar, mas quando Penny silenciosamente pegou seu telefone para abrir o aplicativo onde ela poderia acessar as câmeras desligadas do lado de fora, eles sabiam que era, sem dúvida, um deles.

Ela entendia agora por que Paul tinha chamado aquilo de desumano e nojento, porque a maneira como ele entrou, caminhando lentamente até a porta da frente, fungando como se as meninas fossem algum tipo de presa, era tudo menos sobrenatural. Era perturbador e Eloise entendia agora por que eles não queriam uma criatura dessas na área.

Bastou apenas mais um olhar e Eloise se levantou lentamente, agarrando a mão estendida de Penny enquanto as duas caminhavam para trás o mais silenciosamente que podiam até suas costas baterem na porta dos fundos.

Penny estendeu a mão para trás para abrir a porta lentamente e quando ela fez aquele som de rangido esquecido por Deus, elas correram simultaneamente. Tão rápido quanto seus pés descalços podiam levá-las. Direto para dentro da floresta.

O que eles pensavam, Eloise não sabia. Talvez fosse o caminho mais rápido para o local da matilha ou talvez os diferentes cheiros de sangue animal e madeira confundissem aquele monstro. Eles correram pelo que pareceram horas, quando na realidade não poderiam ter sido mais de 10 minutos. Suas mãos não se soltaram uma da outra e Eloise continuou se perguntando por que aquela coisa ainda não tinha alcançado. Penny e Eloise não deveriam ter sido tão difíceis de pegar e não foram. Apenas segundos depois de se perguntar isso, Eloise foi parada quando aquela âncora de mão foi tirada dela. Ela respirou pesadamente quando se virou e avistou Penny no aperto daquela fera.

Ela esperava que ele falasse, tentasse atormentar as meninas só para que elas pudessem ter mais tempo. Certamente um dos metamorfos estaria lá em breve. Eles tinham que estar.

Eloise teve a chance de respirar fundo duas vezes e perder uma lágrima antes que ela cravasse os dentes em seu antebraço, e foi então que Eloise gritou o mais alto que pôde.

Ela não conseguia correr, seus pés não a deixavam. E ela nem teve a chance, porque tão rápido quanto começou a beber o sangue de sua melhor amiga, sua cabeça virou para a esquerda como se algo chamasse sua atenção e mais uma vez Eloise esperava que fosse ajuda. Mas não houve ajuda.

O vampiro desapareceu tão rápido quanto apareceu e Eloise sentiu a terra arranhando seus joelhos nus enquanto ela caía no chão, rastejando trêmula sobre sua amiga que chorava.

Ela pensou que Penny deveria ter falado muito mais alto do que falou, mas ela parecia quase sem vida quando Eloise a alcançou.

Ela pensou que Penny deveria ter falado muito mais alto do que falou, mas ela parecia quase sem vida quando Eloise a alcançou

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Aí meu Deus o que vai acontecer com a nossa querida Penny??

𝐁𝐋𝐎𝐒𝐒𝐎𝐌, (paul lahote) ✓ - 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚌̧𝚊̃𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora