O jogo treino

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O primeiro jogo do campeonato seria um jogo treino.

A equipa escolhida tinha sido Kirisaki daiichi.

Depois da minha descoberta ao assistir um antigo campeonato mundial, tinha chegado à conclusão que esta seria a equipa perfeita para o experimentar.

São conhecidos pelo seu jogo sujo e trapaceiro. São antigos reis do basquete, que perderam o prestígio após a geração milagrosa vir ao de cima.

Eles sabem tudo sobre o jogo. Sabem como vencer e principalmente sabem como trapacear sem serem descobertos pela arbitragem.

Mas isso ia mudar neste jogo treino. A kirisaki não estava preparada para a minha nova técnica. Eu ia acabar com o jogo sujo deles.

No estádio

Já no aquecimento, Riko olha para mim com um olhar cúmplice e discreto.

Eu não iria jogar todos os tempos. A minha resistência não o permitiria. Riko queria usar-me como o elo final, o elemento surpresa. De facto, todos os jogadores do campo olhavam para mim como se fosse uma assistente técnica e era isso que Riko queria que acontecesse.

Kagami e Tetsu abraçam-me antes de entrarem em campo. A verdade é que seria a primeira vez de todo um caminho face ao campeonato de inverno. Estávamos aterrorizados.

Como disse anteriormente, apesar do jogo sujo, a equipa adversária era composta por jogadores experientes. Não tão bons quanto a geração mas que ficavam bastante próximos a eles.

Para um primeiro jogo, era ainda mais aterrador pensar assim.

O jogo inicia.

Ao que aos olhos do mundo parece um jogo calmo e limpo, aos meus olhos tudo estava a desmoronar.

Olho para a bancada só para encontrar o meu irmão com um sorriso discreto. Os restantes da geração milagrosa também estavam perdidos pelas bancadas, cada um com a sua equipa.

O primeiro tempo passava a correr. Apesar do placar estar empatado o cansaço da minha equipa era palpável.
Os reis do jogo sujo começavam a ver os seus planos dar certo. Os risinhos entre eles deduravam as suas verdadeiras intenções.

Olho para Kagami e Tetsu que a esta altura do campeonato já estavam sem forças. Hyuga tinha as pernas a tremer tal como Izuki e Mitobe.

O fim do primeiro tempo apita. Riko pede para que se aproximem do banco.

"Vocês precisam de aguentar pelo menos até ao meio do terceiro tempo. A Aria ainda não está pronta para jogar. Precisamos de aguentar este placar para fazer a reviravolta." - o olhar de medo nos meus colegas aparece e é aqui que sei que temos de agir agora ou vamos perder.

Não há nada mais tenebroso de que o medo estampado na cara dos jogadores. O medo é o trunfo dos reis da trapaça.

"Não." - A minha declaração assusta os meus colegas e a minha treinadora abre a boca em descrença.

Olho para o meu irmão nas bancadas. Aquele sorrisinho permanecia descaradamente enquanto me encarava. Aquele sorrisinho de "eu avisei-te que não podias vencer".

Ninguém estava preparado para o que ali vinha. Ninguém estava preparado para me ver entrar.

"Eu vou entrar agora" - Declaro confiante. Lanço um olhar cortante ao meu irmão que rasga o sorriso ainda mais.

Por vezes esqueço-me de como ele pode ser detestável.

Todos parecem surpresos e Riko parece disposta a contrariar-me. Corto-a para que não o faça.

Aomine sisterOnde histórias criam vida. Descubra agora