FOUR

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Hello! Boa leitura e boa semana! ❤️







Pete suspirou de alívio quando finalmente conseguiu ficar sozinho. Ele estava mesmo na casa de Vegas. Ele, Pete Saengtham, um ninguém, estava na casa de Vegas Theerapanyakul, o príncipe da máfia e publicamente herdeiro do grupo TK. E seu futuro marido.

O complexo era enorme, ele sabia disso porque para onde seus olhos miravam, não parecia ter fim, mas a ala dos quartos privados era um pouco mais confortável. Havia muita segurança, também, assim como o resto da casa, e subordinados da família em cada corredor.

De qualquer forma, ele conseguiu um bom quarto na ala privada e no instante em que a porta se fechou, Pete correu para o banheiro e se trancou lá.

Ele sabia que, mesmo que indiferente, ninguém ia tentar tirá-lo de lá pelo menos nas próximas horas. Vegas não disse nada a ele quando tomou seu caminho para o outro lado do corredor e Pete não quis perguntar.

Eram quase oito horas da noite, ele estava faminto e... se sentindo péssimo. Arrancando cuidadosamente todas suas roupas, que não eram muitas, Pete ficou nu em frente ao espelho do banheiro enorme e encarou seu reflexo desgostoso.

Jesus, o que ele estava fazendo?

Papai realmente tinha batido para valer, seu lado direito estava meio arrocheado e dolorido, e havia uma mancha extensa de sangue seco em seu nariz, lábios e queixo. Felizmente, não parecia quebrado, então ele tinha um problema a menos. Nas costas, havia apenas uma vermelhidão marcando sua coluna.

Mesmo assim, ele já parecia doente antes, sem refeições completas, seus olhos fundos e corpo magro. E para ser sincero, a hero não ajudava a parecer melhor.

Pete era bonito, ele puxou sua mãe nisso, mas... enquanto ele encarava seu reflexo duramente, não havia beleza nisso. Não, só havia um ômega sozinho e machucado, sem muitas escolhas na vida além de servir. Não por muito tempo, ele esperava. Ele sobreviveu aos piores dias de seu pai, ainda quando era um adolescente apavorado, ele vai sobreviver a Vegas Theerapanyakul mesmo que ele tente enterrá-lo.

Pete só precisava descobrir como fazer isso.

Tomar banho realmente o fez sentir melhor, mais limpo, e ele se surpreendeu com a quantidade de sangue que estava em todo seu corpo. A água se tornou turva e avermelhada por alguns minutos enquanto Pete se esfregava, tentando se livrar de qualquer resquício que pudesse lembrá-lo de que ele foi tocado, agredido.

Quando ele ficou perfeito, mesmo com seu rosto dolorido e meio inchado, Pete conseguiu se olhar melhor no espelho. Ele até conseguiu sorrir para seu reflexo. Por um instante, ele se sentiu bonito de novo. Mas obviamente ele precisava de mais do que isso para vencer Vegas em seu jogo.

Haviam algumas poucas roupas em cima da cama quando Pete voltou para o quarto, enrolado em um roupão macio e cheirando muito melhor do que ele se lembrava. A porta ainda estava fechada, mas ele entendeu o que significava. Haviam chaves extras, aparentemente.

Encarando as roupas em cima da cama grande, grande demais até para ele, uma ideia idiota atravessou seus pensamentos. Bem, Pete era um ômega. Um ômega ainda no cio, embora ele não estivesse sentindo aquela tortura sexual entre suas pernas há algumas horas. Ele podia fazer alguma coisa com isso. Ao menos tentar.

Ignorando as roupas, Pete enfiou seus pés em um par de chinelos macios, abriu a porta do quarto e entrou no corredor largo, ignorando os seguranças ao longo do caminho. Ele viu Vegas ir para a direita mais cedo, e refez todos os passos dele até chegar a uma única porta no fim.

Inflando seus pulmões com ar fresco sem cheiro de sangue, Pete ergueu o punho e bateu suavemente na porta. Meio minuto depois, Vegas abriu para ele. Usando somente suas calças e nada em cima.

RUPTURE | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora