THREE

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Oii! Como vocês estão? Att fresquinha!








Pete achou que ia morrer. A ideia severamente passou por sua cabeça quando o alfa, Toro, xingou depois que seu celular vibrou com uma notificação e mandou que o motorista fizesse outro caminho.

Assim, Pete estava esperando uma bala na cabeça ou então um punhado de água enfiada na boca, mas ao invés disso, ele foi jogado na calçada de casa com uma ameaça silenciosa de morte violenta caso ele ousasse tentar ir até a polícia. Como se ele fosse estúpido o suficiente para isso.

Seus joelhos doeram com o impacto e seus olhos queimaram quando a luz do dia invadiu. Ele olhou ao redor, vendo o carro sumir na próxima esquina em uma velocidade perigosa e então ficou de pé, agradecendo que não havia ninguém olhando para ele. Com as pernas fracas e o coração na boca, Pete abriu o portão, atravessou o quintal e empurrou a porta de casa.

Estava silencioso quando ele entrou mas o cheiro de seu pai ainda estava lá quando ele tentou respirar fundo. Papai provavelmente estava desmaiado em algum lugar no andar de cima então Pete tinha alguns poucos instantes para se recuperar antes que o alfa percebesse sua presença.

Fechando a porta, Pete apoiou suas costas na madeira e deixou suas pernas cederem para o chão. Estava calor mas Pete estava tremendo. Ele encarou a sala bagunçada, cada pequena coisa fora do lugar, e então encarou seus pés descalços e sujos, a forma como sua calça parecia arruinada. Isso enviou algo através dele, e toda a humilhação que Pete enterrou por anos tão profundamente dentro de si mesmo pareceu brilhar de novo.

Sem conseguir segurar por mais nenhum instante, as lágrimas começaram a vir em silêncio, seu peito balançando em soluços quietos e a vergonha queimando em seu estômago como a fome.

Ele suportou tudo. Ele suportou tudo por muito tempo. Todas as surras, as palavras de ódio, as ameaças... Tudo isso, e seu pai teve coragem de querer vendê-lo. Como ele se atrevia, porra? Ele não percebia? Só Pete estava ali por ele, só Pete se importava o bastante para arrastá-lo de volta para casa depois dele ter bebido até vomitar em suas próprias calças.

Mas aparentemente nada disso o impedia de ser um pedaço de merda odioso, e isso deixou Pete com mais raiva. Então ele chorou mais, desejando que sua mãe fosse uma boa mãe e tivesse voltado para buscá-lo, até que sua cabeça estivesse latejando atrás dos olhos e seu nariz entupido.

Em algum momento, horas depois quando já estava anoitecendo, houve um barulho alto no andar de cima, então papai estava descendo as escadas. Seus olhos dobraram de tamanho quando ele olhou para Pete sentado na porta, sem forças até para se mover.

"O que você está fazendo aqui?" Questionou o alfa, irritado. "Que diabos você está fazendo aqui, Pete?"

Olhando para ele com raiva, Pete se esforçou para ficar de pé. Seu corpo inteiro doeu, mas papai não ia saber disso.

"Eles não me quiseram!" Disse Pete em voz alta. Mais alto do que ele já se atreveu a falar com papai. "Eles não me quiseram, não sei porque."

Na verdade, ele fazia uma ideia. Quem ia querer um ômega como ele, afinal? Mesmo que Pete fosse atraente, ele era só isso. Uma carinha bonita.

Choque passou pela expressão de seu pai antes dele ser tomado pela raiva também. Suas mãos desesperadas agarraram o colarinho da camisa fina que Pete estava usando, e ele o sacudiu como uma boneca.

"Não sabe?!" Gritou seu pai. "Você é um viciado de merda, é por isso!"

Pelo amor de Deus, quantas vezes Pete ia ter que explicar? Ele não era um viciado, porra. Ele só gostava de ficar bem.

RUPTURE | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora