RUPTURE | VegasPete

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Quando Vegas abriu os olhos na manhã seguinte, ele percebeu que Pete não havia se movido muito durante a noite. Ele permaneceu no lado direito da cama, com o corpo inclinado em sua direção e o ronco suave de um sono profundo.

As janelas estavam semi-abertas, então a luz externa estava iluminando mais da metade do quarto dele. Observando-o de perto, Vegas notou que Pete também tinha sardas. Poucas, mas ele tinha, sobre o nariz principalmente e algumas outras pequenas pintas espalhadas pelo rosto. A maior estava na linha da mandíbula, no lado esquerdo.

Na verdade o rosto dele era perfeito. Sendo um alfa sexualmente ativo desde os quinze anos, Vegas já havia conhecido muitos ômegas, mas todos eles pareciam defeituosos em certos sentidos, nada nunca em equilíbrio, mas com Pete era diferente. Ele tinha um rosto perfeito, simétrico, com nariz empinado e reto, olhos arredondados e lábios ideais para o tipo de rosto dele. Nada era muito grande ou muito pequeno, ele só... era perfeito.

O que era estranho porque não se tratava somente da beleza física. O moleque era irritante, insolente, e não sabia a hora de calar a boca, mas ainda sim... Ainda sim, não havia outra pessoa no mundo que pudesse ser tão perfeita para Vegas.

Essa era a sensação. E era avassaladora, não como a paixão, cujo sentimento ele nunca teve, mas parecia mais profundo, como se tivesse entranhado nele do pior jeito possível e agora não tinha mais como ser removida.

Vegas tinha... sentimentos românticos por Pete, disso ele tinha certeza, e não adiantava nada ficar negando. Mas ainda não era só isso. Era o vínculo que eles compartilhavam, que de alguma forma louca se desenvolveu, e que estava deixando tudo tão intenso que sua própria cabeça parecia prestes a descolar do pescoço e sair rolando.

Porra, o que ele estava fazendo? Vegas não tinha tempo para isso. Ele tinha um império para liderar e uma corporação para assumir, mesmo que não sozinho, já que a sombra de Anakinn estava sempre por perto. Mesmo assim, ele não devia se preocupar com suas emoções, e sim com o fato do anel de sinete de papai estar enfiado em sua gaveta no escritório e ele ainda não ter vestido.

Não porque não quis mas porque não conseguiu.

Os trâmites em relação a passagem de cargo da empresa estavam sendo organizado com o júrico, e legalmente ele já podia se intitular presidente, mesmo sem uma apresentação pública. Mas com a máfia as coisas eram diferentes, Vegas precisava de apoiadores, organizações que temessem e respeitassem a Família, e não roedores de pau como os Wongsa que estavam tentando fodê-lo.

Os malditos Wongsa. O que eles queriam, porra? Por que mandar um silenciador ao complexo para Pete?

Piscando seus pensamentos para longe, Vegas abaixou o olhar e observou o ômega em seus braços de novo. Ele era bonito quando estava dormindo também, para variar. Os lábios partidos e a respiração lenta. Ótimo. Agora ele tinha uma queda por Pete. Uma bem grande, a ponto de ligá-los internamente.

Maldito fosse quem havia feito isso.

"Você está encarando" Disse Pete de repente, a voz rouca e baixa trazendo Vegas para a realidade.

Ele mal se conteve antes de sorrir para ele. Vegas sorriu para o ômega insolente enrolado nele.

Que merda era essa?