TEN

555 106 154
                                    

Oii! Como vocês estão?

Boa leitura!







Foi uma pontada profunda e dolorosa no peito de Vegas.

Ele estava dizendo algo não importante para alguém quando de repente havia aquela agulhada dolorida e incômoda em seu peito. Olhando ao redor do salão, Vegas percebeu que Pete não estava em lugar nenhum, e a sensação só piorou.

Meio segundo depois ele ouviu os disparos vindos do banheiro social e seu estômago gelou. Ele não pensou em nada, a mente completamente em branco, e suas pernas se moveram sozinhas até lá. Foi como respirar de novo depois de ficar embaixo da água quando ele viu Pete encolhido em um canto, respingos de sangue manchando seu rosto lindo e aparentemente bem.

Mesmo depois de arrastar o ômega para a enfermaria e garantir que ele não estava ferido, aquela dor que ele sentiu quando percebeu que havia algo errado não foi embora. Ao invés disso, ela se transformou em uma coisa ansiosa em seu intestino, como se houvesse uma mão forte lá, apertando e espremendo.

Foi como se o mundo inteiro tivesse parado, e foi horrível. Principalmente pela forma que Pete estava olhando para ele, mesmo sem dizer nada.

Eles se conheciam há tão pouco tempo, e ainda sim, o instinto protetor e cuidadoso que Vegas nunca havia desenvolvido por nenhum outro ômega além de Macau, de repente estava lá para Pete Saengtham também.

Vegas não era idiota para negar isso, mas era difícil se acostumar com a ideia de que agora seu corpo estúpido estava se tornando cauteloso com alguém além dele mesmo e seu irmão caçula. Era doloroso. Literalmente.

Ele sentiu que Pete estava perigo antes de saber disso, e quis acalentá-lo quando ele demonstrou medo. Vegas quis arrastar o ômega insolente para seu colo e deixá-lo sentir seu cheiro até que ele se esquecesse que haviam outros alfas na terra. Até que Pete se esquecesse que já havia sido tocado por qualquer outro alfa além de Vegas.

E isso, porra, não era normal. Principalmente porque ele não pretendia que isso acontecesse.

Qual... a verdadeira chance deles... Quer dizer, Vegas escolheu Pete a dedo, ele não usou nenhum critério e não sentiu absolutamente nada por ele quando se conheceram da primeira vez além da vontade absurda de se afogar em seu cheiro de cio. Foi só isso.

Não houve palpitação ou instinto protetor, então... por que, em nome de Deus, isso estava acontecendo agora?

E quem nos sete infernos havia tentado matá-lo?

"Vegas." Chamou Pete, sua voz rouca e macia. Ele ainda estava segurando a mão de Vegas, e seus olhos redondos e castanhos estavam olhando para ele.

Piscando para fora de seus próprios pensamentos, Vegas percebeu que eles já estavam no meio do corredor vazio, em frente ao quarto de Pete.

"Você tem certeza que está bem?" Ele perguntou pela milésima vez, no mínimo.

Pete parecia fisicamente bem. Ele tinha um hematoma leve na têmpora e uma marca avermelhada em sua garganta, mas fora isso, ele parecia bem. Talvez um tanto assustado e confuso, mas bem.

"Na verdade, não" Pete disse, seu rosto ficando um pouco corado. "Acho que eu me sentiria melhor com você por perto."

Que... merdinha aproveitador.

RUPTURE | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora