23 - Entre cores e conflitos

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Dois capítulos? Por essa você não esperava, né, camaradinha? Nem eu, bein.

Jack me arrastou para fora do palácio em plena quarta-feira, no finalzinho da tarde

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Jack me arrastou para fora do palácio em plena quarta-feira, no finalzinho da tarde.

Eu não estava muito animada, a principio. Não tenho estado entusiasmada para uma montanha de outras coisas, mas ele insistiu, e foi tão insistente que me deixou curiosa para saber o motivo.

Fui reconhecer o trajeto até o orfanato Willow quando estávamos próximos a entrada principal, exibindo os seus novos portões de aço repleto de arabescos.

Não sei como a Rosana ou o próprio tio Albert autorizaram essa brecha. Não apenas sair do castelo, mas me permitir fazer outra coisa além de sorrir em jantares e em chás da tarde. A propósito, acho que eles têm abarrotado a minha agenda com esses compromissos, para me ocupar e evitar que eu faça algo muito imprudente.

De qualquer forma, é bom ver outras cores além das que estão nas paredes do Salgueiro ou do palácio.

O orfanato segue em reforma, e isso é evidente em cada detalhe inacabado e no cheiro de tinta fresca misturado com o de terra remexida.
Algumas janelas cobertas com tábuas improvisadas, e o telhado, parcialmente reformado, ainda exibe algumas telhas soltas.
O jardim da frente é mais uma extensão da desordem do que um convite à entrada. Pilhas de tijolos e madeira se amontoam em um dos cantos, junto com ferramentas esquecidas que parecem ter sido largadas às pressas.

Mesmo assim, toda a beleza decadente é chamativa, e não deixa de ser bela.

Jack me levou até o jardim dos fundos, num espaço distante, mais afastado, onde a grama está forrada por algumas mantas coloridas, com cestas de piqueniques em cima. Tem crianças correndo em todas as direções, e até o sol resolveu aparecer.
Tanta alegria pairando no ar... é assim que começam os filmes de terror, cheios de uma tranquilidade quase utópica.

— O que é isso? — Pergunto olhando para Jack.

— Você não tem comido direito... — Ele responde correndo os olhos pelo lugar antes de me olhar. — Pensamos que um piquenique pudesse ajudar.

Eu pisco, meio atônita.

— "Pensaram?"

Na troca de um segundo para o outro, vejo Fred, Lou e Ashton andando rapidamente na nossa direção.

— Que bom que veio, Is! — Lou diz empolgada, segurando uma cesta quase do seu tamanho — Trouxe o tabuleiro de xadrez, quero que me veja ganhar do seu irmão.

Fred ri.

— Então é melhor ir embora, maninha... Hoje não será esse dia.

Lou envesga os olhos para ele, e em seguida vai até a toalha quadriculada para se sentar.

Ela e Ashton foram rápidos em retirar as coisas das cestas. Delas, foram tiradas frutas, pães recém-assados, potes pequenos com geleias caseiras, contrastando com queijos cortados em cubos perfeitos. Também trouxeram tortinhas de maçã e as odiosas mini-tortas de pêssego.
Acompanhando tudo isso, há jarras de sucos, água e chá.

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⏰ Última atualização: Sep 14 ⏰

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