A Máscara Quebrada

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Ao longo das semanas seguintes, a situação só piorou. Snape parecia se esforçar cada vez mais para destruí-la emocionalmente. Cada aula era uma batalha constante para Sofia, que agora não apenas enfrentava a dificuldade da matéria, mas também o fardo de um professor que parecia ter prazer em fazê-la sofrer.

**Eu.. não.. será que eu cometi um erro em voltar para as aulas..?** — Sofia pensa, enquanto se ajoelha no chão de seu quarto, olhando para a janela

Por outro lado, algo dentro dela se recusava a desistir. Ela não sabia por que Snape estava sendo tão cruel, mas sentia que havia algo mais por trás de suas ações, algo que ele estava tentando esconder.

Certa noite, enquanto estava sozinha na sala comunal da Sonserina, Sofia refletiu sobre tudo que estava acontecendo. Havia uma batalha dentro de Snape, disso ela estava certa, mas o que Sofia não sabia era como poderia alcançar o verdadeiro motivo por trás de seu comportamento.

*Sofia deitou-se e depois de longos minutos com a mente esgotada, adormeceu*

Na manhã seguinte, Sofia entrou na sala de Poções com uma mistura de determinação e apreensão. Ela sabia que Snape continuaria a tratá-la mal, mas decidiu que iria enfrentar isso, custe o que custar. No entanto, mal a aula havia começado, e Snape já estava mais cruel do que nunca.

Snape: Srta. Diggory, seu desempenho é tão deplorável quanto sempre — disse ele, enquanto passava por sua mesa — É como se você estivesse determinada a provar que é incapaz de realizar até a tarefa mais simples.

Sofia sentiu o coração bater acelerado, a raiva e a tristeza crescendo dentro dela. Tentou ignorá-lo, mas Snape parecia decidido a arrancar qualquer fragmento de dignidade que ela ainda possuía.

Snape: Olhe.. para isso — ele continuou, apontando para o conteúdo do caldeirão dela. — Parece que você está tentando envenenar a todos nós. Sua incompetência é incompreensível. Honestamente, seria um alívio se você simplesmente deixasse de aparecer.

Era a gota d'água. Algo dentro de Sofia se quebrou. As semanas de humilhação, a dor acumulada, e a angústia que ela havia tentado esconder, tudo explodiu de uma só vez. Ela se levantou abruptamente, derrubando a cadeira com um estrondo, e gritou com toda a força que tinha:

Sofia: PARE! — Ela grita — PARE DE ME TRATAR FEITO LIXO! EU NÃO AGUENTO! EU NÃO AGUENTO MAIS! — Ela faz uma breve pausa — EU TE ODEIO.. — Suas mãos começam a tremer — EU TE ODEIO MAIS DO QUE TUDO!

A sala inteira ficou em silêncio. Todos os olhos estavam voltados para Sofia, e Snape, pela primeira vez, pareceu atordoado. Sua expressão endureceu, mas havia algo nos olhos dele, algo que parecia um misto de choque e culpa.

Antes que ele pudesse responder, Sofia saiu correndo da sala, deixando a cadeira caída no chão. Seus passos ecoaram pelos corredores enquanto ela fugia, e, no meio da confusão, um pedaço de papel caiu de sua mochila, ficando esquecido no chão da sala de aula.

Snape, ainda atordoado com a explosão de Sofia, observou-a desaparecer pela porta. Ele permaneceu imóvel por um momento, até que seu olhar caiu sobre o papel caído no chão. Sem dizer uma palavra, ele se abaixou e o pegou. Quando abriu a carta, seu coração pareceu parar por um instante ao reconhecer a caligrafia de Sofia.

"Querido Cedrico, eu te amo mais do que tudo.. Eu queria dizer que a culpa não é sua.. Obrigada por cada momento juntos, sinceramente foram os melhores que já vivi. Obrigada por me levantar quando eu caí, por me apoiar em meio a esse caos que chamamos de mundo. O mundo e a vida não são justos. Me desculpe por tudo, mas vejo que a única saída e opção é eu deixar de existir. Eu só queria te agradecer e... depois dessa noite espero que minha dor finalmente vá embora."

O Impossível - Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora