A Decisão Mais Sombria

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As semanas se arrastavam pesadamente, e apesar das tentativas de Snape de se redimir, a escuridão dentro de Sofia continuava a crescer. Ela tentava se agarrar à promessa de que as coisas melhorariam, mas a dor e o desespero pareciam não ter fim. A escola, antes um lugar onde ela encontrava alguma paz, agora era um constante lembrete de sua dor. O isolamento que ela sentia, mesmo entre seus colegas, a consumia cada vez mais.

Sofia começou a evitar as refeições, sentindo que comer era um esforço inútil. O reflexo no espelho a deixava enojada, e a culpa que carregava a impelia a se punir, privando-se do que seu corpo precisava. A perda de peso foi rápida e alarmante, mas Sofia estava além de se preocupar com isso. Cada vez que alguém comentava sobre sua aparência, ela apenas se retraía mais, mergulhando mais fundo em sua depressão.

Draco Malfoy: Ei, Diggory! Melhor você se segurar, se não daqui a pouco vai sair voando! — Ele e os amigos riem

Cedrico: CALA A BOCA SEU FILHO DA PUTA! — Ele se grita — ELA ESTÁ PASSANDO POR UM MOMENTO DIFÍCIL! — Cedrico se aproxima de Malfoy e lhe da um soco

*Malfoy cai no chão*

Sofia: Cedrico.. não..

*Cedrico abraça Sofia*

Cedrico: Eu te amo mais do que tudo nesse mundo, maninha..

Draco Malfoy: M-Meu pai vai saber disso! — Ele sai correndo

Depois de algumas horas, Sofia está em seu quarto, presa em seus devaneios. Imaginando como poderia sair dessa, mas logo pensamentos sombrios invadiam sua mente.

Snape, apesar de suas promessas, encontrou dificuldade em lidar com o que estava acontecendo. Ele via a mudança em Sofia, mas a culpa que sentia por seu papel em tudo isso o paralisava. Ele queria ajudá-la, mas temia que qualquer coisa que dissesse ou fizesse pudesse apenas piorar a situação. As palavras que antes usava como armas agora o abandonavam, deixando-o impotente diante do sofrimento dela.

Então, numa noite fria e solitária, tudo desabou.

Sofia estava na torre da Sonserina, sentada em sua cama, encarando o vazio. As cortinas ao redor estavam fechadas, isolando-a ainda mais do mundo. Sentia-se insuportavelmente sozinha, como se o peso de todas as suas dores fosse esmagá-la. As vozes em sua cabeça, aquelas que a diziam ser um fardo, que ela não tinha valor, estavam mais altas do que nunca. E então, em um momento de desespero absoluto, ela decidiu que não aguentava mais.

Sofia escreveu uma última carta para Cedrico, tentando colocar em palavras o que sentia, mas sem conseguir expressar toda a profundidade de sua dor.

"Cedrico, eu sei que você fez tudo o que pode e eu lhe agradeço profundamente. Mas não me vejo mais fazendo parte desse mundo, tudo desabou e não vejo mais motivos para eu permanecer aqui. Muito obrigada por tudo e não se sinta culpado, tudo bem? Eu te amo e você foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida.

Com carinho, S.D"

Ela não queria que ele sentisse culpa, mas também não conseguia encontrar uma razão para continuar vivendo. Depois de escrever, Sofia pegou um frasco de poção que havia guardado e ingeriu todo o conteúdo.

**Eu.. tentei..** — Ela pensa, dobrando a carta e bebendo a poção

O efeito foi rápido. O quarto começou a girar, e a consciência de Sofia se desvanecia. Ela sentiu seu corpo ficando pesado, e finalmente, caiu inconsciente em sua cama, a carta escorregando de sua mão para o chão.

Algum tempo depois, uma colega de quarto, ao perceber que Sofia não havia descido para o jantar e não respondia a ninguém, entrou no dormitório para verificar como ela estava. Quando abriu as cortinas ao redor da cama de Sofia, a visão que teve fez seu coração parar por um momento.

O Impossível - Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora