006 | Flagrante*

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Ana

O tapete vermelho se estende como uma passarela de fogo sob meus pés. Meu vestido preto brilhante gruda em cada curva do meu corpo, desenhando o contorno perfeito da minha figura. Sinto os olhares me seguindo, mas não ligo. Minha atenção está nele. Richard Ríos. Ele está a poucos metros de distância, envolvido em uma conversa com algum jornalista, mas seus olhos encontram os meus com uma intensidade que me faz sentir o impacto direto no peito.

Minha respiração se torna mais controlada, mas por dentro, o jogo começa. Cada passo em direção ao Richard é calculado, minhas coxas roçando suavemente uma na outra por baixo do tecido apertado. Quando finalmente me aproximo dele, fico a uma distância que permite que eu sinta o calor do corpo dele irradiando, quase me tocando. O aroma de seu perfume se mistura com o meu, criando uma atmosfera privada em meio ao caos do evento.

  – Ríos — Minha voz é baixa

Era quase um sussurro, mas suficiente para fazer sua atenção se concentrar inteiramente em mim.

  – Esse terno... combina com o meu vestido. Será que foi de propósito?

Eu sabia que era proposital, que estávamos combinando, era o pedido do cliente. Mas se for pra provocar, ele quem começou ontem. Ele me lança um olhar, tentando manter o controle

  – Talvez tenha sido só coincidência, Ana.

Eu dou um meio sorriso, desafiando a ideia.

  – Coincidência?

Dou um passo à frente, me posicionando de forma que nossas pernas quase se toquem. Inclino meu corpo levemente, fazendo questão de que nossos braços se rocem. Fotos no tapete, tem seu lado bom, principalmente quando pode falar de tudo e os jornalistas não escutam.

   – Acho que nada sobre essa noite é coincidência.

Ele solta um suspiro controlado, os olhos correndo por meu corpo antes de se fixarem em meus lábios. Posso ver a luta interna, o desejo de não ceder. Mas eu sei o efeito que estou causando.

  – Você gosta de provocar, não é? — Richard pergunta, a voz rouca. Eu sinto a tensão em cada palavra.

  – Provocar?

Eu deixo escapar uma risada suave, me aproximando mais um pouco, inclinando minha cabeça para sussurrar no ouvido dele.

  – Ríos, se isso é provocar, ainda não viu nada.

Minhas palavras são carregadas de malícia, e antes que ele possa responder, me afasto ligeiramente, mas o suficiente para que a proximidade se torne insuportável. Meu olhar encontra o dele, e por um breve momento, sinto como se estivéssemos sozinhos em uma sala cheia de gente. O mundo ao nosso redor se dissolve, deixando apenas eu e ele, e a tensão espessa o suficiente para cortar.

Richard me olha com olhos semicerrados, claramente dividido entre manter o controle e se render ao jogo. Eu movo meus dedos delicadamente pelo colar ao redor do meu pescoço, como se fosse um gesto inocente, mas ele sabe melhor.

  – Eu acho que você não esperava uma noite como essa, não é? — Murmuro, os lábios se curvando em um sorriso travesso.

Ele engole em seco, seu olhar fixo nos meus.

  – Você adora brincar com fogo, Ana.

Eu dou um passo à frente, tão perto que posso sentir a tensão vibrar entre nós.

  – E você gosta de se queimar?

Por um instante, ele não responde, mas o silêncio diz mais do que qualquer palavra. A eletricidade no ar é quase insuportável, e eu sei que venci essa rodada. Eu viro meu corpo ligeiramente, dando uma última olhada por cima do ombro.

  – Vamos ver quanto tempo você consegue aguentar, Ríos.

Enquanto me afasto, posso sentir seus olhos em mim, e um sorriso satisfeito se forma nos meus lábios. Eu sei que ele não vai esquecer essa noite tão cedo.


Richard

Merda merda, que inferno de mulheeeer. Porra, definitivamente não tem como jogar, nem se quer provocar Ana. Ela sabe como fazer.

As coisas saíram um pouco do controle, já estamos no final da festa e faz uns cinco minutos que to trancado no banheiro. A insuportável da Ana me provocou tanto, mas tanto que to cogitando tomar um banho gelado aqui no banheiro do evento.

Bom, ainda não usei aquele pacote que comprei dela. Sem pensar duas vezes, me ajeito no vaso e abro as imagens. Porra, se eu minimamente não gozar, eu vou explodir.


Ana

Eu e Richard temos que fazer mais algumas sessões de fotos antes do evento acabar. Eu não acho ele de jeito nenhum. Bom, tem um banheiro que é reservado a nós dois, ele deve estar lá.

  – Richard? — Bato na porta

Não escuto nada de resposta e continuo batendo, o trinco cedeu e a porta se abriu devagar. Portinha barata. Entro de vagar e vejo Richard batendo uma. Porra, por que eu tenho que ser tão curiosa?

Ta, de duas uma. Ou eu ajudo ou eu fujo e o clima fica estranho. Caminho devagar até ele, me ajoelhando na sua frente.

  – Se eu soubesse que iria ficar tão duro, teria ajudado — Passo a mão pelas suas pernas

Richard se assusta e quase dei risada.

  – Relaxa hm — Seguro seu pau

Passo a mão por todo o comprimento e ele vibra sobre o meu toque. Não precisaria de muito até ele gozar. Richard segura o meu cabelo e começo a chupar ele. Não demorou muito até ele começar a foder a minha boca.

Bato na sua perna, pedindo um tempo, volto a usar as minhas mãos e quando Richard vem pra me beijar, eu me afasto. Ele definitivamente não vai me beijar.

Dou uma olhada por cima, na tela do seu celular e vejo o mesmo pacote de fotos que mandei pro "eternopalestra", não, não, não agora. Eu preciso sair daqui, de alguma forma.

  – Porra Ana, eu tô quase

Quando Richard murmurou, eu voltei a realidade.

  – Pena que não vai ser comigo — Me levanto

Me aproximo dele.

  – Preciso de você no salão em dez minutos — Sorrio de lado e saio do banheiro

Porra, ele não pode ser, definitivamente não pode.


Olá olá, isso aqui vai se transformar em uma bola de neve..... Vem MUITAS coisas por , estamos apenas no começo!

Esse capítulo aqui seria postado ontem, mas não tive tempo, enfim, espero que tenham gostado, votem e comentem ♡

OnlyFans | Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora