Capítulo 5 - La push

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POINT OF VIEW LYRA

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POINT OF VIEW LYRA


Nos três dias que se seguiram ao encontro no estacionamento, a lembrança do rapaz com a pele avermelhada e o olhar penetrante não saía da minha mente. Eu me peguei voltando ao mesmo restaurante todas as noites, quase como se esperasse que ele reaparecesse, talvez como um sinal de que a conexão que eu senti tivesse algum significado. Cada vez que entrava, meus olhos percorriam o ambiente, procurando por aquele rosto familiar. No entanto, a cada visita, a decepção se acumulava.

Eu me sentia tola e um tanto envergonhada por ter alimentado uma esperança tão infundada. Era como se eu estivesse esperando um milagre, uma confirmação de algo que eu mesma sabia ser improvável. No fundo, eu sabia que ele não estava interessado em mim da maneira que eu estava interessada nele. O fato de ter retornado ao restaurante tantas vezes, apenas para não encontrá-lo, parecia um reflexo da minha própria insegurança e desespero por uma conexão que talvez nunca se materializasse.

Sentar ali, observando as pessoas e tentando ignorar os olhares curiosos dos outros clientes, me fazia sentir ainda mais isolada. Eu era a única que havia sentido essa conexão, e as tentativas repetidas de encontrar o rapaz me faziam parecer uma ilusa. Eu me perguntava se ele sequer havia notado minha presença, ou se ele, de fato, me esquecera já no momento em que subiu na caminhonete com seus amigos.

As dúvidas começavam a invadir minha mente. Talvez o sentimento que eu experimentara fosse apenas uma projeção do que eu desejava sentir, uma maneira de escapar da monotonia da minha nova vida em Forks. A ideia de que o rapaz poderia não ter nenhum interesse real em mim fez com que eu me questionasse se toda a minha busca não era apenas um reflexo de minha própria carência por algo mais significativo.

Ao retornar para casa após a última visita frustrada ao restaurante, a sensação de estar buscando algo que não viria se tornava mais clara. Eu estava começando a aceitar que, por mais intensa que fosse a conexão que eu havia imaginado, talvez não passasse de uma ilusão. A vida continuaria seu curso, e eu teria que encontrar satisfação nas pequenas coisas que já me traziam alegria — os momentos com Angela, as tardes com os Johnson, e a beleza silenciosa da floresta ao redor da minha casa.

A rotina parecia normal, mas eu não conseguia me livrar da lembrança do rapaz com a pele avermelhada e os olhos castanhos escuros, que havia me olhado com tanta intensidade. Durante as aulas, eu tentava me concentrar, mas a visão daquele olhar penetrante frequentemente surgia em minha mente, interrompendo meu foco. No intervalo, conversava com Angela sobre trivialidades, mas a sensação do calor do rapaz continuava a me assombrar.

Angela, sempre perceptiva, notou minha distração e fez a pergunta que eu estava evitando. "Você parece distante, Lyra. Está pensando em algo?"

Foi então que, sem pensar muito, mencionei o rapaz que me ajudou no estacionamento, descrevendo-o como um mistério que eu não conseguia resolver. Angela ouviu atentamente, com uma expressão de interesse crescente.

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