Capítulo 15 - Conforte e Lar

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POINT OF VIEW LYRA

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POINT OF VIEW LYRA

Os dias em Forks passaram a fluir de maneira diferente desde que me mudei para a reserva. A rotina, que antes parecia rígida e cheia de obrigações, agora se transformava em algo mais leve, quase natural. Morar com Paul na reserva era uma mudança maior do que eu poderia imaginar, mas também me trazia uma sensação de pertencimento que eu não havia sentido desde que deixei Londres.

A transição começou de forma simples. Depois de um dia normal na escola, Paul veio me buscar com sua caminhonete. Carregava algumas malas com roupas e algumas caixas pequenas cheias dos meus livros favoritos.

Eu esperava que, ao sair da casa dos meus avós, sentiria uma tristeza profunda, como se estivesse deixando para trás uma parte significativa da minha família. No entanto, à medida que nos afastávamos da casa, senti uma paz tomar conta de mim, como se aquela fosse a escolha certa, o próximo passo que meus pais aprovariam.

Antes de partir, fiz questão de me despedir dos meus vizinhos, os Johnson. Eles foram os primeiros a me acolher de verdade quando cheguei a Forks. A senhora Johnson, sempre tão doce e acolhedora, me abraçou com carinho e prometemos continuar tomando nossos chás da tarde. Quando abracei os dois idosos, uma lágrima solitária escapou, mas não era de tristeza, e sim de gratidão por tudo que eles representavam para mim.

Quando me virei para entrar na caminhonete de Paul, percebi Bella e Edward do lado de fora da casa dela, observando a cena. Bella parecia distante, como se algo estivesse pesando em sua mente, enquanto Edward mantinha os olhos fixos em Paul. O olhar que os dois trocaram estava carregado de tensão, mas também de algo mais profundo. Eu sabia que Paul estava preparado para qualquer movimento brusco de Edward, mas o vampiro parecia mais inclinado a agradecimento do que a hostilidade. Eu ajudei Bella nos momentos mais sombrios de sua vida, e, de alguma forma, Edward parecia grato por isso.

Quando entrei no carro, Bella acenou levemente para mim, mas havia um peso naquele aceno. Eu sabia que ela se sentia responsável, em parte, por eu estar me mudando. Talvez fosse o fato de que seu relacionamento com um vampiro havia me empurrado para essa decisão, mas, no fundo, eu sabia que aquilo era inevitável. Eu sorri de volta, tentando transmitir que estava tudo bem, mas não tinha certeza se ela captou a mensagem.

A vida na reserva, depois da mudança, foi uma adaptação. Paul e eu estávamos nos acostumando à nova rotina. Eu fiz questão de continuar estudando no mesmo colégio, mesmo com a sugestão de Paul para que eu me transferisse para o colégio da reserva. Não faltava muito para o final das aulas e para a formatura, e eu não queria abrir mão das minhas amizades e do trabalho no comitê de formatura, algo que Angela e Jessica praticamente me obrigaram a participar. Paul, apesar de inicialmente preocupado, entendeu meus motivos e deixou o assunto de lado. Nada aconteceria em meio à muitas pessoas.

Os dias começaram a seguir um padrão reconfortante. Paul me buscava após a escola, e íamos juntos para a reserva. Ele me deixava em casa e seguia para a oficina, onde passava algumas horas antes de retornar. Kim, agora morando praticamente na mesma "rua" que eu, começou a me visitar com frequência. Nós caminhávamos pelas trilhas, explorando a beleza da reserva, ou íamos até a casa de Emily para passar o resto da tarde. Era bom ter a companhia de Kim e Emily, especialmente durante essa transição. Falávamos sobre o cotidiano, nossos planos para o futuro, e, claro, sobre os rapazes.

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