Lyra, em busca de respostas sobre seu passado, se muda para a cidade natal dos pais e acaba encontrando um amor inesperado em Paul, um homem com segredos próprios. À medida que seus laços se aprofundam, eventos estranhos começam a ocorrer, revelando...
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POINT OF VIEW LYRA
Enquanto nos acomodávamos perto da areia, os meninos começaram a se soltar e a fazer perguntas, tornando o ambiente mais descontraído. Embry se sentou ao meu lado, e Jared, que estava mais animado, tomou a iniciativa de puxar conversa.
— Então, Lyra, de onde você é? — ele perguntou com um sorriso curioso.
— Eu vim de Londres — respondi, tentando não pensar muito nas perguntas que me eram feitas. — Mas, depois que meus pais faleceram, me mudei para cá.
Jared levantou uma sobrancelha, evidentemente interessado.
— Uau, Londres! Deve ter sido uma grande mudança. E eu percebo um sotaque meio... britânico, certo?
— Sim, o sotaque é um pouco diferente, eu acho. — Ri um pouco, tentando me ajustar à conversa. — Estou me acostumando com o estilo daqui.
Jared continuou a bombardear perguntas, enquanto Paul permanecia em silêncio, observando o mar com um olhar distante, mas ocasionalmente lançando olhares discretos para mim.
— E onde você estuda? — Jared perguntou, claramente interessado em conhecer mais sobre mim.
— Na escola de Forks — respondi. — Estou no último ano. Meus pais sempre queriam que eu estudasse aqui, e agora estou apenas tentando me adaptar.
— Que legal! E há quanto tempo você está em Forks? — Jared continuou.
— Ah, faz cerca de cinco ou seis semanas — respondi, relaxando mais na conversa. — Ainda estou me ajustando, mas tem sido bom até agora.
Os outros meninos, que estavam apenas observando até então, começaram a se enturmar um pouco mais.
— Então você já explorou a cidade? — perguntou Jared, com um tom de voz interessado.
— Um pouco — respondi. — Já vim a La Push outro dia, alguns restaurantes e também à biblioteca. Forks é bem diferente de Londres, mas estou começando a gostar.
Enquanto eu conversava com Jared e os outros, percebi que Paul estava quieto, observando o mar. Às vezes, ele desviava o olhar para mim, mas logo retornava a sua contemplação. Sua presença silenciosa era quase palpável, e eu me peguei tentando adivinhar o que ele estava pensando.
— E o que você acha do pessoal da escola? — Jared perguntou, quebrando o silêncio.
— Bem, a maioria são só colegas — respondi. — Mas Angela tem sido uma grande amiga, e eu me dou bem com ela. Ainda estou conhecendo melhor o pessoal.
Jared suspirou.— O pessoal da nossa escola é um porre.— Embry o cutucou.— Que foi, é verdade, eles acham que nós formamos uma gangrena só por andarmos juntos.
Lyra soltou uma risada.— É sério?.— Questionou recebendo um aceno positivo.— A escola do centro também não é muito convidativa, principalmente para alunos novos.
