Ana Flávia voice's
O final de semana passou rápido e já era segunda novamente. Ontem a gente só voltou da praia, mas foi muito cansativo. Eu fiquei com dor nas costas de ficar sentada naquele carro. Eu sei, ter dor nas costas só por andar de carro parece coisa de velha. Até eu achava isso. Mas acho que essa gravidez irá me trazer muitas dores e outras coisas que as pessoas não contam.
Agora, eu estava no corredor do colégio, de frente ao meu armário, conversando com a Gabi. A gente conversava sobre coisas aleatórias. Mas, tinha uma coisa específica que a gente amava. Quer dizer, depende. Se não for da gente, tá tudo certo.
Estávamos falando sobre o panfleto de fofocas do colégio. Já saíram muitas notícias minha e da Gabi lá.
Mas, ultimamente o foco estava em outras pessoas. O que era bom, porque assim a gente percebe quem são nossos amigos de verdade.
Muitos se aproximam de nós só porque somos consideradas um pouco "populares" ou porque querem saber das fofocas.
Ultimamente, muitas pessoas pararam de andar com a gente.
Agora, nesse exato momento, estávamos rindo da notícia da Lucy. Falava que ela tinha levado um fora do Mioto, e tava escrito até os mínimos detalhes.
— gente, tô chocada! Eu imaginei que eles nunca iriam namorar, mas eles estavam sempre transando, e a Lucy deixava bem claro isso. Do nada "acabou" com isso tudo que eles tinham. — Gabi fala com uma cara de espanto
— pois é amiga, por isso, ninguém esperava. Agora vamos ver se ela vai parar de se achar por transar com ele. — digo lembrando de todas as vezes que ela veio debochar comigo que ela já tinha transado com ele e eu não. Eu e Lucy temos essa "rivalidade" desde criancinhas.
Do nada, o Gustavo passa e puxa meu braço para uma sala de aula que não estava sendo ocupada.
— que susto Gustavo, o que foi? Vai terminar tudo o que a gente tem também? — pergunto estranhando a atitude dele
— Que? Terminar o que? — ele pergunta, não entendendo nada, assim como eu também não estava entendendo
— ué, ainda não viu o folheto de fofocas? — pergunto rindo. Normalmente, eu não gosto de espalhar elas. Principalmente, quando a pessoa que está envolvida nela está na minha frente. Mas, seria muito interessante ver a reação do Gustavo.
— não, ainda não vi. O que tem lá? — ele pergunta
_ ah, nada de interessante. Só tem a notícia de que você deu um fora na Lucy. — digo tentando me controlar para não rir
— ah, só isso? Até que demorou para espalharem... — ele diz, não muito interessado
— mas, eu vim aqui por outro motivo — ele diz determinado
Eu estava achando ele muito estranho, será que devo me preocupar?
— Ana Flávia, preciso te falar uma coisa — ele fala todo embolado
— Gustavo, você bebeu? — pergunto para ele. Esse guri não está normal
— não! Talvez ... Não! Acho que só um pouquinho — ele diz
— percebi! — digo em um tom sarcástico
— aquela vez, lá na minha casa, lembra? Eu pedi para você não abrir a porra da sua boca. E o que você fez? Abriu a boca. Você fez tudo ao contrário garota! Não percebe que me ferrou inteiro? Tu acha que eu tenho idade para ser pai? Eu acabei de fazer 18 anos, tô na idade de curtir a vida, ir pra festas, não pra assumir uma responsabilidade como cuidar de uma criança. — Gustavo fala, e dava para ver que ele estava muito bravo
— Gustavo, tu acha mesmo que eu queria estar grávida agora? Eu ainda nem tenho 18! E, se fosse para escolher alguém para ser o pai do meu filho, eu nunca escolheria você! E eu fiz o que eu achei certo, você não manda em mim! Até porque, eu não esconderia dos meus pais. Eu também não tenho idade e nem responsabilidade para cuidar de um ser humano. Se cuidar de mim já é complicado, imagina com um bebê? Não é só você que está fodido! Eu só não vou abortar porque isso é consequência dos nossos erros! E a gente tem que arcar com as consequências, e não fugir delas! — digo com um pouco de raiva
Quando eu percebi, uma lágrima havia caído do meu olho. Logo, fiquei muito enjoada e corri para o banheiro.
Comecei a vomitar sem parar, e quando eu parei, sentei no chão do banheiro e comecei a chorar.
Perdi o primeiro período inteiro, porque fiquei no banheiro. Eu não tinha vontade de fazer nada. Se eu saísse de lá, iriam me ver do jeito que eu estou, que deve estar horrível. Meu rímel deve estar todo borrado.
Mas, se eu não sair daqui, podem perceber o meu sumiço e virem me procurar. E daí, de qualquer forma irão me ver.
Logo, escuto passos se aproximarem da cabine que eu estou.
— Ana Flávia, tá aí? — uma voz que eu conhecia muito bem, parou na frente da minha cabine.
— tô! — digo sem enrolação
— abre aí! — e assim eu faço. Abri a porta e a Gabi logo me abraça.
— ei, o que aconteceu? Foi o Gustavo né? Aquele babaca tinha que fazer alguma coisa para te machucar! — Gabi pergunta, e já dava para ver ver que ela estava irritada.
_ calma ... — falo tentando me acalmar, para contar para ela. Porque se eu contar para a Gabi do jeito que eu estou, é capaz de, juntando com a raiva que ela já está, sem saber o que aconteceu, ela ir atrás do Mioto e só Deus sabe o que vai acontecer.
Contei tudo para ela, e ela me entendeu bem de boa. Ela até aproveitou a situação para matar um pouco de aula comigo. Agora estávamos nós duas sentadas no chão do banheiro abraçadas.
É incrível, que a Gabi sempre está comigo quando eu preciso. Qualquer situação ela vai estar lá. Pode ser algo bom, ou não. Ela sempre está comigo. E por mais que ela não concorde com as minhas atitudes, se ela souber que vai ser bom para mim, ela me apoiará.
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• Espero que gostem 🩷
• Votem e comentem bastante para a fic ter continuidade 🥹
• Bjosss da Sosoh 💋
Vocês ainda vão sofrer bastante para ter esse casal junto viu? Kkkkkk
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Tudo pode mudar, miotela
Fiksi PenggemarONDE, Ana Flávia Castela engravida do cara mais gato do colégio, e o mesmo, não está nem aí. ANA FLÁVIA: por ser filha de um dos maiores empresários de Londrina, todos acham que ela é só mais uma garota mimada e irritante. Mas ela não é como todos p...