POV S/N
- We are the champions- eu e Flávia entramos abraçadas de lado no quarto cantando.
- Peraí, se fala- ela parou abruptamente de falar. Olhei para frente e vi minha mãe.
- Filinha, meus parabéns, você ganhou- ela falou com um sorriso falso.
- Ma-mãe, o que você está fazendo aqui?
- Mamãe veio te parabenizar pela medalha e te levar um hotel. Ouvi dizer que os quartos aqui da vila são horríveis.
- Que? Não.
- Como assim "não"? Vamos conversar a sós- falou olhando Flávia de cima a baixo. Eu ainda estava com o braço em sua cintura.
- Vamos descer- nem fudendo que eu ficaria no mesmo quarto que ela- Já volto- sussurro no ouvido de Flávia, dando um aperto em sua cintura e logo seguindo a minha mãe, que já estava lá na frente. Descemos silenciosamente o elevador e nos sentamos em uma banco que tinha na frente da instalação do Brasil- como você conseguiu entrar na instalação e ainda descobrir qual é o meu quarto?
- Ah filinha, mamãe tem seus contatos. Deixe-me ver a sua medalha- ela falou tentando pegar a medalha que estava em meu pescoço.
- Não?! Você esteve me desprezando nessa última semana além de me humilhar e me bater.
- Vamos esquecer isso filha, por mais que eu esteja decepcionada que você não foi para a final nas outras modalidades. Vem aqui vem, mamãe te consola- ela falou tentando me abraçar. Empurrei ela e me levantei.
- O que você está fazendo?- ela falou levantando também e segurando o meu braço fortemente.
- Indo para o meu quarto- falei tentando me desvencilhar.
- Deixa que eu vou com você, para ajudar a arrumar as suas coisas.
- O que? Não, eu já falei que não vou com você.
- Vai sim- ela falou apertando mais forte o meu braço- já estou te desculpando por sair para beber, além de muitas outras coisas por causa dessa medalha. Agora me obedeça.
- Você está me desculpando por sair para me divertir? Isso nem deveria ser algo para se sentir culpa.
- Quando você é uma vagabunda indesejada não precisa sentir culpa. Mas quando é uma grande atleta olímpica isso é um desastre.
- Deu. Estou voltando ao meu quarto. E nem pense em me seguir.
- A mas não vai mesmo- falou segurando o meu braço de novo- empurrei ela para trás e fui até o guarda que estava na frente da instalação, pedindo pra ele não deixar ela entrar. Em seguida entrei no elevador sentindo minha cabeça rodar. Coloquei a mão na cabeça sentindo-a doer. Logo o elevador para em meu andar e ando até o meu quarto. Quando vou abrir a porta sinto o meu braço direito doer. Deve estar roxo.
- S/N, você está bem?- Flávia perguntou levantando da cama com os cabelos molhados.
- Estou- falo passando a mão no rosto.
- O que aconteceu? O que sua mãe queria?- Flavia perguntou afobada.
- Ela queria que eu fosse ao hotel com ela. Ficasse lá. Eu disse que não e ela começou a jogar um monte de coisa na minha cara- falo respirando fundo. Eu estava encostada contra uma escrivaninha que tinha quarto com a cabeça abaixada e os olhos fechados. Sinto Flávia me abraçando e seguro ela contra mim afundando a minha cabeça em seu pescoço. Ficamos minutos abraçadas sem mexer ate que Flávia se desgruda de mim.
- Vai tomar banho para a gente dormir. Já esta tarde, ficamos muito tempo dando entrevistas- ela fala dando uma risadinha e pondo meu cabelo atrás da minha orelha.
- Ok- falo dando um beijo em Flávia. Ficamos algum tempo nesse beijo até eu pegar o meu pijama e ir tomar banho.
Tomo um banho demorado, aproveitando a sensação. Olho para o meu braço que está dolorido e vejo que esta roxo. Ótimo mãe, muito obrigada. Ironizo em minha cabeça. Termino meu banho sem lavar o cabelo, decidindo fazer isso amanhã. Tô muito cansada para isso agora.
- Flávia, onde está aquela pomada que você comprou?- pergunto indo para o quarto.
- Para que?- pergunta desviando os olhos do celular.
- Para passar no meu braço.
- Quem fez isso com você?- fala vindo possessa na minha direção e pegando o meu braço com delicadeza.
- Minha mãe- falo olhando para o lado.
- Quando eu pegar ela...
- Calma amor, não é nada.
- Como assim nada? Olha o que ela fez com seu braço- ela respirou fundo e me olhou. Seus olhos demonstravam preocupação. Meu coração aquece ao saber que esta preocupada comigo. Ela puxa delicadamente o meu braço em direção a seus lábios, deixando vários beijinhos no local dolorido.
- Vou pedir gelo na recepção- ela falou pegando o interfone, vou até a minha mala para guardar as minhas roupas. Ainda estou organizando a minha mala quando o gelo chega. Flávia se arruma com as costas na cabeceira da cama- vem aqui- me ajeito no meio de suas pernas, me apoiando em suas costas e ela pressiona o gelo em meu braço. Pego o meu celular e começo a rolar o feed rindo de alguns memes que apareciam.
- Mas já fizeram meme de mim e da Simone- falo rindo e continuo rolando.
- Já até fiz a fanfic- Flávia fala rindo do comentário de um vídeo nos chippando- pesquisa aí se existe mesmo.
- Ah não- falo reclamando.
- Por que tem muita coisa constrangedora no aplicativo?
- Talvez.
- Peraí, você tem o app?- resmungo alguma coisa fazendo Flávia rir mais- deixa eu ver.
- Promete que não vai rir?- pergunto estendendo o meu mindinho para ela.
- Prometo- ela falou entrelaçando os nossos mindinhos. Abro o app vendo mais de 1000 notificações. Fazia um tempo que eu não lia- S/N e Harry Styles? Celena Gomez e Justin Biber?- ela ia continuar falando os nomes das fanfic comprometedoras que eu tenho se eu não colocasse na barra de pesquisas.
- Vamos ao que interessa- falo escrevendo os nossos nomes com as bochechas coradas e sinto um beijo na nuca. Me derreto toda com isso- uau, tem bastantes fanfics nossa- Falei passando para baixo.
- Vamos ler essa- ela falou clicando em uma aleatória.
S/N estava andando tranquilamente pela rua quando do nada encontrou Flávia Saraiva. Ela ia tropeçar se Flávia não tivesse a segurado "você é minha milady" ela falou e deu um beijo de língua na S/N. S/N a beijou também e viveram felizes com 2 filhos e um cachorro numa casa de 20 andares com piscina. Fim.
Eu e Flávia nos olhamos e caímos nas gargalhadas.
- Co-como assim " você é minha"? Elas tinham acabado de se conhecer- Flávia falou rindo.
-Não entendi a parte da casa de 20 andares- falo rindo mais ainda. Ficamos nessa crise coletiva de risada até conseguirmos respirar normalmente de novo, minha barriga estava doendo.
- Vou pegar a pomada- fala Flávia e tira o gelo já derretido de meu braço. Ela dá mais um beijinho em meu braço antes de passar a pomada. Bocejo alto sentindo o sono me atingindo. me ajeito para dormir sentindo Flávia me abraçar por trás- Boa noite meu amor.
- Boa noite vida- respondo quase dormindo.
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Oi, gente, como vocês estão?
Mais um capitulo para vocês, espero que gostem, não esquecem de deixar a estrelinha e de comentar!
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E mesmo depois de tudo... (S/N & Flávia Saraiva)
RomanceS/N é uma ginasta de 22 anos que quase não tem vida social por causa de sua mãe controladora. A vida de S/N se resumia em treinar e ganhar competições. O grande objetivo da mãe de S/N era ver a filha ganhando um ouro nas olimpíadas e esse objetivo e...