POV S/N
Acabei de chegar no ginásio mais cedo e adivinhem, minha mãe não me deixou tomar café da manhã de novo. Pelo menos ela deu a marmita do almoço. Eu estava procurando a minha garrafa d'água na mochila quando vi o sanduíche que a Flávia tinha comprado pra mim ontem, ela deve ter colocado na minha mochila quando eu não estava vendo. Sentei no banco e comecei a comer quando escuto uma voz.
- Pelo visto alguém está comendo o sanduíche que eu comprei - Flavinha chegou sentando do meu lado- gostou?
- Está uma delícia- respondo depois de mastigar- obrigada- falei envergonhada
- De nada.
POV Flávia Saraiva
Já se passou 3 semanas e estamos embarcando para Paris, não posso conter a minha ansiedade. Chegando no aeroporto já vejo S/N e sua mãe.-Bom dia, S/N!- falo abraçando ela.
- Bom dia Flávia!- Aos poucos o resto do pessoal foi chegando e fomos entrando no aeroporto, quando vi que a S/N ficando para trás e conversando com a sua mãe.
- Vamos S/N?- perguntei olhando para trás.
- Sim- falou e enroscou seu braço no meu sem dar nem tchau para sua mãe.
- Aconteceu algo?- perguntei com cautela.
- Só a minha mãe tentando me afastar de todo mundo- falou bufando e andando rápido.
- Ah......................................................................
- Qual assento você ficou?- S/N me pergunta no portão de embarque.
- 12 A, e você?
- 11B- ela faz um biquinho fofo e me abraça pelo pescoço, nessas três semanas a gente se aproximou muito e nós tornamos quase inseparáveis.
- Vamos meninas entrando- Chico chamou.
A gente entrou e eu me arrumei em meu lugar e de repente a S/N senta no banco ao meu lado.
- O que você está fazendo aqui? Você não senta no banco da frente?- perguntei a ela.
- Sim, mas eu troquei com a Júlia. Mas se você quiser eu posso voltar...- fala fazendo menção de levantar e eu puxo ela de volta.- Não, pode ficar aqui- ela da um sorrisinho para mim, argh, como eu amo esses sorrisos.
Esperamos o avião decolar. Logo ela coloca a sua cabeça no meu ombro e dorme.
POV S/N
Fui acordada por Flávia que estava me cutucando.
- Ei, S/A, acorda, vamos almoçar- eu apenas coloquei mais a minha cabeça no pescoço dela, sentindo o cheirinho delicioso que ela tem- para está fazendo cosquinhas - falou ela rindo baixinho quando eu passo o meu nariz no seu pescoço.- E vocês, meninas, o que vão querer?- perguntou a aeromoça.
- O que tem?- perguntou Flavinha.
- Tem massa, salada e carne.
- Eu quero uma massa- me apresso a dizer.
- Eu quero massa também.
- Aqui está meninas, e o que querem para tomar?
- Uma água, por favor- falo.
- Uma coca cola zero.
- Boa apetite- a aeromoça fala e contou andando com o carrinho.
-Achei que você ia pegar a salada- falou Flávia em quanto abria o pacote de seu macarrão.
- Credo- falei rindo.
- A Júlia falou que você só comia salada.- Comia, por que eu era obrigada, em quanto eu estiver longe da minha mãe, eu vou estar longe de saladas- falei dando uma garfada no macarrão- você gosta de coca?
- Sim, por que?
- Posso beber um golinho? Eu nunca tomei coca.
- COMO ASSIM?- Flávia praticamente gritou.
- Shhhh- eu falei tentando tapar a boca dela que ainda me olhava com incredulidade.
- Como assim você nunca tomou coca? É tipo o refrigerante mais conhecido no mundo.- Minha mãe, ok?- falei pegando o copo e tomando um golinho- urgh, isso é horrível, cheio de gás.
- Não fale assim da minha coquinha- ela falou e pegou a coca da minha mão. Terminamos de comer em silêncio e a aeromoça passou recolhendo o lixo e a luz foi apagada logo em seguida. Me deitei de novo no ombro de Flávia, cheirando o seu pescoço.
- Já falei o quanto você é cheirosa?- perguntei- Não, mas pode falar agora se você quiser- falou sorrindo.
- Você é muito cheirosa- Flávia apenas deixou um beijo nos meus cabelos e começou a fazer cafuné. Logo voltei a dormir.
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- Princesa acorda- sinto um beijo na minha testa- já chegamos!
-Mas já?- Já, até passaram o café da manhã, mas fiquei com dó de te acordar- falou fazendo um carinho no meu rosto. Me ajeito no acento já me espreguiçando e sentindo uma dor nas costas- aqui, guardei um pão para você- falou me dando um pão francês com queijo e presunto.
- Nada melhor do que comer um pão francês na França- falei com a voz ainda grogue de sono, mas mesmo assim tirando um sorrisinho da Flávia. Parecia que haviam milhares de borboletas no meu estômago. Era assim toda vez que eu estava com ela. O que era essa sensação?- Coma rápido que a gente já vai descer- em menos de cinco minutos eu já tinha devorado o pão e o avião já havia pousado no aeroporto fazendo o pessoal se levantar e fazer aquela muvuca de sempre. Esperamos todo mundo sair para nos levantarmos e pegarmos nossas malas de mão. Chico havia mandado levarem as nossas mala para o hotel.
- Meninas, vocês querem escolher com quem vão ficar?- perguntou Chico em quanto falava com alguém no telefone. Eu e Flávia rapidamente nos olhamos e falamos que queríamos ficar juntas. Rebeca ficou com a Jade e Lorrane com a Júlia.
O caminho para o hotel foi silencioso, todo mundo impressionado com as ruas francesas. Como ainda era de manhã, as meninas decidiram sair a noite para ver a torre Eiffel e ir em um barzinho tomar umas.
Chegamos e Flávia se jogou na cama de roupa e tudo.
- Eu não aguentava mais ficar naquele avião- falou abraçando o travesseiro.
-Você não dormiu na viagem?- pergunto tirando os seus sapatos.
- Nunca consigo dormir em aviões, hum- ela deu um gemido de satisfação quando eu tirei as meias dela e comecei a fazer uma massagem- continue assim, e em menos de dez minutos eu durmo- ela falou, e eu continuei fazendo. Em menos de cinco minutos ela dormiu. É, ela realmente se subestimou. Paro devagar a massagem e deixo um beijo na testa dela.
Volto para minha cama e pego meu celular, vendo uma mensagem da minha mãe.
Por que você não me avisou que chegou?
Por que eu acabei de chegar?
Não interessa, não vá fazer nenhuma merda aí em Paris
Ok mãe.
Mesmo longe ela consegue me infernizar.
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Esse é o capítulo de hoje, muito fofas a S/N e a Flávia, né?
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Beijos!!!!
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E mesmo depois de tudo... (S/N & Flávia Saraiva)
RomanceS/N é uma ginasta de 22 anos que quase não tem vida social por causa de sua mãe controladora. A vida de S/N se resumia em treinar e ganhar competições. O grande objetivo da mãe de S/N era ver a filha ganhando um ouro nas olimpíadas e esse objetivo e...