CHAPTER THIRTEEN.

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-Me diga, por favor, por que ele sentia a necessidade de ter concubinas. -Perguntei a Julius com uma curiosidade genuína, enquanto ele me olhava de forma atenta e profundamente ponderada, como se estivesse refletindo sobre o peso das minhas palavras.

-Para preencher um vazio interior que o consume.  -Ele respondeu com um tom sério, segurando meu braço de maneira suave, mas firme. Seus olhos se fixaram em um homem ao longe, que estava próximo a um beco. A perplexidade me invadiu enquanto ele me instruía a ficar ali, esperando. -Fique aqui, preciso realizar uma tarefa importante agora mesmo.

Concordei com um aceno de cabeça, um gesto de entendimento, e comecei a observar atentamente enquanto Julius se aproximava do homem. Com uma atitude decidida e firme, ele puxou o homem para dentro do beco, e eu observei como o homem, ao ver Julius, sorriu amplamente e o abraçou com uma familiaridade evidente. Enquanto testemunhava a cena, comecei a contar mentalmente.

-1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10... -Continuei contando, mantendo o olhar fixo em Julius, que estava agora no beco. O tempo parecia se arrastar, e a ausência de Julius parecia eterna. -11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22... -Parei a contagem no momento em que finalmente avistei Julius retornando.

-Pronto, vamos seguir. -Ele disse com uma determinação em sua voz ao passar por mim. Eu o olhei com uma leve frustração, um suspiro escapando, e então revirei os olhos antes de começar a acompanhá-lo.

Seguimos por ruas movimentadas e, logo, chegamos a uma área onde camponeses se reuniam. A cena era cheia de vida e cor. Pessoas tricotando com habilidade, outros anunciando suas mercadorias de forma vibrante, e tabernas repletas de clientes conversando e se divertindo. Era quase surreal como o ambiente ao meu redor me fizesse sentir como se estivesse querendo permanecer em uma época muito diferente da minha. Enquanto caminhávamos, acelerei o passo e me aproximei de Julius, ansiosa para iniciar uma conversa.

-Julius, eu... -Comecei, olhando para ele com uma mistura de hesitação e determinação, enquanto ele parava e voltava seu olhar para mim, atento e receptivo. -Queria...

Antes que pudesse concluir minha frase, uma mulher loira, com uma beleza marcante e um pano elegantemente colocado sobre a cabeça, interrompeu com um grito alegre. Ela estava segurando algo nas mãos e se dirigiu rapidamente em nossa direção.

-Julius! -A mulher exclamou com um tom vibrante, chamando a atenção de ambos enquanto se aproximava de nós com passos rápidos e animados. Eu permaneci em silêncio, observando com uma curiosidade crescente. -Há quanto tempo! Fiz isso especialmente para você...  -Ela estendeu as mãos com um gesto generoso, oferecendo-lhe algo. Julius então abriu as mãos para receber e eu vi que se tratava de pães e bolos, todos muito bem preparados, com uma aparência irresistivelmente apetitosamente dourada.

-Obrigado, Agnes. -Julius disse, aceitando os pães e bolos com um tom de voz sincero e um sorriso genuíno. Havia um brilho nos seus olhos que eu nunca tinha visto antes, revelando uma satisfação genuína.

-Você está bem? -Ela perguntou, ajustando a franja com um gesto delicado e um sorriso radiante no rosto, enquanto me ignorava completamente. Ela parecia estar flertando com ele na minha frente, seu comportamento sutilmente sugestivo me fazia questionar se ela estava tentando conquistar Julius ali mesmo.

-Agradeço. -Julius respondeu, seu sorriso se ampliando de uma forma que eu nunca havia presenciado. Ele parecia genuinamente encantado e admirado. -Digo o mesmo para você.

-Você é um verdadeiro doce, Julius! -Agnes exclamou, tocando a ponta do nariz de Julius com um gesto carinhoso e afetuoso, como se estivesse jogando charme. Ambos riram com uma naturalidade que parecia revelar alguma coisa bem estabelecida entre eles.

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