CHAPTER TWENTY-EIGHT.

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-Eu... não... sei o que dizer. -Falo, olhando fixamente para o rosto dele, que está visivelmente emocionado, com os olhos brilhando e um leve sorriso se formando nos lábios. -Mas, peraí, você acabou de falar um palavrão? Você realmente falou um palavrão?!

-O que é isso? O que é palavrão? -Julius pergunta, com uma expressão confusa e um franzir de testa, como se tentasse entender o conceito que estou mencionando. -Meggy, não mude de assunto, eu estou falando algo sério. -Ele passa a mão pelos cabelos de maneira distraída, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

-Olha... -Me ajeito na cama, ajustando as cobertas ao redor de mim, enquanto sinto uma mistura de desconforto e confusão. -Eu não sei o que dizer, você me disse algo tão inesperado... Eu realmente não sei...

-Não sabe? -Julius pergunta, inclinando-se ligeiramente para frente, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que me faz sentir ainda mais desorientada. Eu o olho de soslaio, tentando processar suas palavras e a profundidade de sua declaração.

-Eu não sei, tá bom? Eu nunca senti isso antes. Nunca ninguém me disse que me amava assim. -Digo, desviando o olhar para o chão, as palavras saindo baixas e carregadas de vulnerabilidade.

-Meggy, me fale onde seus pais moram, eu quero pedir a sua mão. -Julius diz, de repente, com uma determinação inesperada, e eu o encaro, meus olhos arregalados de surpresa e confusão.

-Meus... pais? -Repito, o olhar incrédulo ainda fixado no dele, sem conseguir acreditar no que ele acabou de dizer.

-É, eu quero me casar com você! Você não tem ideia de quanto tempo eu passei pensando nisso. -Ele fala com uma naturalidade que me faz sentir uma onda de emoções conflitantes. Eu me altero, sentindo uma mistura de incredulidade e um leve temor.

-Você está falando isso da boca para fora. -Respondo, bufando e olhando-o com desconfiança, o ceticismo evidente em minha voz e na expressão do meu rosto.

-Eu pensei em você e nessa hipótese durante oito meses! Não fale o que não sabe. -Julius diz, cruzando os braços sobre o peito com uma firmeza que mostra o quanto está sério. -Me fale logo, eu quero saber!

Paro no tempo por alguns minutos, sentindo um torpor em minha mente. No meu mundo, isso seria completamente ridículo; atravessar aquele portal e voltar para 1410 seria algo que ficaria comigo para sempre. Mas e ele? Agora estou completamente confusa e tenho que fazer algumas perguntas essenciais.

-Uma mania minha? -Pergunto, tentando entender mais sobre ele e minha própria confusão.

-Além de falar que me odeia e reclamar, é observar e ficar pensativa. -Ele responde com uma leve risada, um tom de divertimento nos olhos, enquanto parece refletir sobre as minhas peculiaridades.

-Uma coisa que gosta em mim? -Indago, tentando descobrir o que ele realmente vê em mim.

-Você. -Ele hesita, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras. -Você toda. -Ele diz finalmente, com um olhar de admiração genuína, o que me faz sentir um calor reconfortante.

-Um defeito meu? -Pergunto, desejando entender melhor o que ele considera uma falha em mim.

-Não saber que na verdade me ama, e não ter aceitado meu pedido. -Ele diz, a voz carregada de uma sinceridade que é difícil de ignorar. Seus olhos se suavizam, refletindo a tristeza que sente por essa situação.

-Hum... -Observo, ponderando sobre suas respostas. -Se eu me casar ou aceitar, o que você vai fazer comigo? Vai me obrigar a trabalhar, e... -Fico pensando na palavra certa. -Vai se deitar comigo?

-Eu serei alguém ao seu lado, todos irão reconhecer que você me pertence e eu lhe pertenço. -Ele diz, com um tom protetor e decidido. -Nunca obrigaria você a trabalhar, eu sei fazer certas coisas. -Ele respira fundo, a expressão mostrando que está realmente comprometido com o que está dizendo. -E sobre a consumação do casamento, é essencial, mas eu não vou tocar em você sem permissão. Isso é errado e nojento!

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