Capítulo 7

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POV Wanda

Caminhei em direção ao meu quarto sentindo meu coração ainda acelerado, como se a cena de minutos atrás estivesse repetindo em loop na minha mente. Fechei a porta atrás de mim, encostando as costas nela por um segundo, tentando processar tudo o que havia acontecido.

Natasha.

O jeito como ela me olhou, o toque dela... ainda podia sentir o calor das mãos dela em minha pele, a forma como me envolveu com tanta firmeza, como se eu fosse a única coisa no mundo naquele momento. Eu nunca tinha a visto tão... intensa.

Soltei um suspiro pesado, empurrando-me da porta e indo até o banheiro. Ligo o chuveiro, deixando a água esquentar enquanto tiro a roupa. Minhas mãos estavam um pouco trêmulas enquanto desfazia o laço do meu roupão, e a cada peça que caía no chão, eu sentia o peso daquilo tudo ficando ainda mais real.

Entrei no box, e o som da água caindo ao meu redor me ajudou a clarear a mente. Fechei os olhos, deixando o calor aliviar a tensão nos meus músculos, mas minha mente insistia em voltar ao quarto de Natasha. A forma como ela me ajudou quando desmaiei... e depois, quando Tommy entrou no quarto. Meu Deus, por pouco ele não viu nada.

Natasha é... tão intensa. Nunca imaginei que ela seria tão... carinhosa, mas ao mesmo tempo, cheia de desejo. Isso me pegou de surpresa, como se ela estivesse tentando me dizer algo, algo que ainda não consegui compreender completamente.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, tentei organizar meus pensamentos. O que nós temos? Eu sabia que havia uma conexão entre nós, desde o primeiro momento, mas isso... isso é diferente. O jeito como ela olhou pra mim, como me tocou... Eu nunca me senti assim antes, tão desejada e ao mesmo tempo, segura.

Será que ela sente o mesmo? Será que isso que temos é algo maior? Não consigo parar de pensar no que isso significa para nós duas. Mas por enquanto, o melhor que posso fazer é respirar fundo e seguir em frente.

De qualquer forma, eu não posso negar o que senti. Quero sentir de novo...

[...]

A luz da manhã invadiu o quarto aos poucos, e senti meus olhos piscarem com a claridade. Estava quente, mas confortável. Meus pensamentos ainda giravam ao redor do que tinha acontecido na noite anterior, como se minha mente quisesse reviver cada detalhe, cada toque, cada palavra.

Natasha… O jeito que ela me olhou, a forma como me cuidou com tanta intensidade. Não era só preocupação, era algo mais. Algo que eu ainda estava tentando processar.

Levantei devagar, sentindo uma leve dor de cabeça, lembrança do mal-estar do dia anterior. Caminhei até a janela e abri as cortinas, deixando a luz inundar o quarto. O sol parecia prometer um dia tranquilo, mas minha mente ainda estava presa àquela noite. A sensação do toque de Natasha em minha pele era tão viva que parecia que eu ainda podia senti-la ali, ao meu lado.

Passei os dedos pelos meus lábios, lembrando do beijo que compartilhamos. Foi tão suave, mas ao mesmo tempo cheio de significado. Havia uma conexão ali, algo profundo, que eu nunca esperava sentir dessa forma. Ela me surpreendeu, me pegou desprevenida. E talvez isso fosse o que mais me perturbava. Eu sempre me vi no controle, mas com Natasha… eu estava me permitindo ser vulnerável.

Soltei um suspiro pesado e fui até o banheiro, ligando o chuveiro. A água quente escorrendo pela minha pele parecia ajudar a acalmar meus pensamentos confusos. Preciso processar o que aconteceu, entender o que aquilo significa. Não posso ignorar o quanto ela me faz sentir, o quanto o toque dela mexe comigo, me faz questionar o que eu achava que sabia sobre mim mesma.

Enquanto a água caía, fechei os olhos e deixei os pensamentos flutuarem. Não era só o que ela fez fisicamente, era o carinho, o cuidado. Natasha, a mulher forte e implacável, sendo tão gentil e atenciosa comigo. E eu? Eu sentia algo mais crescer entre nós, algo que eu não esperava, mas que estava ali, tão real quanto o próprio ar que eu respirava.

Entre Armas e RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora