𝗨𝗺: O monólogo sobre os sonhos.

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"Sim, eu fui longe demais

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"Sim, eu fui longe demais

Em meus pensamentos profundos
E não importa o quão perto eu chegue
Não importa o que eu fiz de errado
Não importa o que eu disse
Estou tentando pegar essa liberdade
Então estou falando sozinho de novo

No espelho vejo meu maior medo
Mas o silêncio está quase aqui
Então vou dizer a ela como me sinto

Oh não

Pelo que estou lutando?
Nunca entendi este mundo"

Feel so cold| CARPETMAN.

"O monólogo sobre os sonhos"

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"O monólogo sobre os sonhos"

Certa vez, enclausurada numa sala apertada e quente, por conta do verão que se mostrava impiedoso antes mesmo de adentrar a cidade na época de sua estação; e acompanhada por inúmeras mentes ainda não desenvolvidas, escutei a frase mais ridícula de toda a minha ignorante vida:

"Sonhar é um direito de todos."

Uma verdadeira idiotice, não acha?

Bem, a Violet Morgan de 10 anos não refutaria essa frase, principalmente por ser dita pela sua professora favorita do ensino fundamental. Quem, em sã consciência, refutaria seu ídolo? Decerto, a minha versão mais ingênua e iludida nunca faria algo tão "rebelde" e tão distante de sua personalidade naquela época; não mandaria aquela velha boazinha calar a boca e tomar vergonha na cara por pregar mentiras na cabeça de crianças inofensivas. Eu era um filhotinho medroso, que não conseguia abrir a boca para dizer um simples "bom dia" aos meus coleguinhas. Eu nem tinha amigos (uma pausa para a melancólica aqui). Portanto, sem saída, acolhi aquela frase com uma crença quase inabalável.

Por anos, eu mesma me lembrava de que podia sonhar como todos os outros humanos e que podia, sim, realizá-los um dia. Apesar de supérfluos e até mesmo irreais, eu tinha alguns sonhos.

𝗗𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗚𝗮𝗺𝗲𝘀| Jogos perigososOnde histórias criam vida. Descubra agora