capítulo 10

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"security"

Emma

Após uma semana de medo e horror, acordei decidida de que iria denunciar Nate. Acordei e me levantei bem cedo, praticamente bem dormi, as olheiras fundas eram visíveis em meu rosto. Tenho certeza de que perdi até alguns quilos, pois praticamente nem me alimento. Não tenho fome sabendo que a minha vida, e a de outra pessoa que não tem nada a ver com isso, pode estar em perigo.

Vesti um conjunto de moletom largos, não queria usar nada apertado, pois meu corpo doía. Saí apressadamente do edifício em que moro e já fui procurar um táxi. Até que pensei tenho que fingir normalidade na rua não sei se Nate está me espionando de algum lugar. Forcei a cara mais simpática que tinha, tentando tirar a expressão do medo, foi quase impossível, mas sempre fui uma boa atriz.

Cheguei a delegacia e mostrei todos os machucados pelo meu corpo, inclusive minha cabeça que tinha um 'galo enorme e dolorido, por muito pouco ele teria à abrido.

- senhorita, eu sinto muito pelo que aconteceu. Infelizmente você não é a primeira e nem será a última - lamentou a perita que estava limpando e retirando fotos das minhas cicatrizes.

- ele não está tentando ferir só à mim - ela franziu o cenho.

- ele está atrás de mais alguém?

- minha chefe... - meus olhos começam a marejar - ele cisma que temos algo, e está atrás dela. Ela não tem nada a ver com isso, não quero que ele a machuque - meus olhos agora já haviam se tornado um oceano. Sempre soube que Billie me desperta uma coisa diferente, diferente de tudo que já havia sentido. Seus olhos sobre os meus me dam arrepios, calafrios, me deixam desconcertada, são 1001 sentimentos ao mesmo tempo.

- calma senhorita, já a aconselhou que fizesse uma denúncia? - me um lenço para secar minhas lágrimas.

- não... Ela nem sabe que esse psicopata já foi meu namorado, e pra ser sincera não quero que ela saiba.

- mas para alertá-la, você deve falar. Como você iria saber de algo tão pessoal?

- tem razão. Muito obrigada pelos conselhos.

Os policiais disseram que as buscas começariam imediatamente, e me prometeram que eu estaria em segurança. Não, não estaria, eu sabia que não estava segura.

Precisava falar com Billie, precisava alertá-la de que Nate poderia ir atrás dela a qualquer momento. Deixei para falar na empresa, já que meu expediente iria começar em alguns minutos, pra minha sorte, a delegacia não era muito longe da empresa.

Cheguei recebendo uma chuva de olhares sobre mim, tampada, coagida, com olheiras, essa definitivamente não era eu. Fui direto à sala de Billie. Dei três batidas na porta.

Billie

- pode entrar.

- com licença... - era Emma - será que eu poderia falar com a senhorita um minuto?

- claro, sente-se. Algum problema no trabalho?

- não, na verdade... É mais pessoal - diz fitando o chão, já fazia uma semana que Emma não estava normal, me trazendo uma sincera preocupação.

- o que aconteceu, Emma? - desgrudei as costas da cadeira.

- é que... - Emma começa a chorar, e eu seguro em sua mão por cima da mesa.

- Emma, o que aconteceu? - acaricio seu braço e sem querer a manga do casaco de moletom três vezes maior que ela, sobe me dando visão aos cortes em seu braço. - Emma, o que é isso? Quem fez isso com você? - me levanto dando a volta a mesa, viro a cadeira em que ela estava, a deixando de frente 'pra mim.

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