capítulo 26

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"halloween"


Emma

Eu não acreditei no que meus olhos estavam vendo, ela estava literalmente me masturbando em um jantar de família.

Eu sabia que Billie era safada, mas não pervertida.

Eu olhava para ela quase pedindo socorro, mais um minuto ali e eu teria um infarto naquele jantar e ela conversando e agindo naturalmente, como se os seus dedos não estivessem me fudendo em baixo da mesa.

- querida, está tudo bem? - Maggie pergunta vendo minha respiração ficando pesada.

- é-é que eu tenho ansiedade - disse a primeira coisa que veio na minha cabeça.

Quando ela sentiu que eu não ia mais aguentar fingir normalidade, ela retirou sua mão dali, colocando minha calcinha de volta no lugar e ajeitando meu short.

- você está bem amor ? - Billie me olhou com a cara mais lavada me perguntando como se ela não fosse o motivo de eu estar assim.

- está - respondi rápido dando um gole na minha água.

Minha vontade era de pular no pescoço da Billie, mas continuei fingindo normalidade, até o fim do jantar.

- a conversa está muito boa gente, mas eu vou nessa - Zoe levantou se despedindo de todos.

- eu vou tirar a mesa - diz a Maggie.

- eu ajudo - levantei me estendendo e juntando os pratos uns aos outros.

- precisam de ajuda? - o pai de Billie perguntou, e Maggie negou. Ele parece ser um homem bem fechado, que não o ouvi falar.

- tem certeza que não precisam de ajuda? - Billie perguntou.

- pode ir, Billie - a respondi meio ríspida.

Billie se aproximou do meu ouvido pondo as mãos em minha cintura atrás de mim - vou deixar a cama quentinha pra você - sussurrou e deixou uma mordida em meu ombro se retirando logo após.

Essa mulher não tem jeito.

Levamos as louças até a pia, enquanto ela lavava e enxaguava, eu secava e guardava. Estavamos tendo assuntos interessantes, ela era uma boa companhia para conversar.

- Finneas era bem tranquilo quando criança sabe, quase não aprontava. Quem me deixou com esses cabelos brancos aqui, foi a Billie - ela apontou para sua cabeça com cabelos grisalhos e não me contive em rir.

- ela tem cara de quem era bem arteira, mesmo.

- quando ela tinha 9 anos, ela implorou ao pai dela que fizesse uma casa na árvore...

Fiquei tão entretida com a nossa conversa que nem percebi que já estávamos a quase uma hora ali. As louças já haviam sido guardadas faz tempo. Maggie fez um chá pra nós e estávamos sentadas nos banquinhos debruçadas sobre a bancada.

- e como ela estudava em casa, só piorava por que não tinhamos um minuto de descanso - franzi o cenho com suas primeiras palavras.

- Billie não foi a escola?

- ela não te contou? - neguei com a cabeça - nós tentamos a colocar em uma escola, só que a diretoria não quis a aceitar por não ser "normal" como as outras crianças.

- mas isso é totalmente errado! - meu sangue ferveu ao ouvir isso - como puderam falar assim de uma criança?

- pois é, a vida é injusta - ela suspira - mas eu não deixei barato, dei um belo de um tapa na cara daquela diretora, ela me denunciou e depois tive que pagar uma multa a ela, mas não me arrependo. Embora as circunstâncias, estudar em casa não a prejudicou em nada, eu e o pai dela nos esforçamos muito para a dar uma boa educação.

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