Capítulo dezessete: Um conto de falhas e tentativas.

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ִֶָ𓂃 ࣪˖ ִֶָ🐇་༘࿐

Taehyung observava o coelhinho de pelúcia, que Jungkook deixou cair no meio da correria  de volta para casa, como se ele tivesse todas as respostas que precisava para saber o que estava sentindo pelo garoto agora

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Taehyung observava o coelhinho de pelúcia, que Jungkook deixou cair no meio da correria de volta para casa, como se ele tivesse todas as respostas que precisava para saber o que estava sentindo pelo garoto agora.

Encarar aqueles olhos escuros de vidro, fazia-o se lembrar dos brilhantes e reais de Jungkook. As memórias de ontem à noite invadiam-no como ondas do mar, trazendo-lhe a lucidez da água, mas também o calor do sol e a brisa aconchegante de uma tarde na praia. 

Em sua percepção, tudo parecia diferente agora, era como se, até então, antes de conhecer Jungkook, estivesse vivendo uma realidade alternativa na qual as cores eram em preto e branco, as pessoas eram cruéis e a vida não valia a pena ser vivida.

Como uma pessoa pode surgir tão repentinamente em nossas vidas e mudar completamente o rumo dela?

Aquele sentimento era uma verdadeira incógnita, uma contradição. Enquanto se sentia tão leve a ponto de sair flutuando pelo apartamento, a desordem que seu quarto se encontrava, naquela manhã ensolarada de domingo, refletia a bagunça que, também, sentia em seu interior. A paixão é uma amiga falsa e bem traiçoeira, uma vez que pode machucar os corações quanto se menos espera que ela o faça; mas, por que, pela primeira vez, não se sentia ameaçado por ela?

Recordar-se de tudo o que viveram naquele finzinho de tarde para a noite causava-lhe certa ansiedade gostosa na boca do estômago, as temidas borboletas no estômago. Seu coração acelerava apenas por se lembrar do som da risada de Jungkook, dos momentos em que ele esteve a um palmo de distância do seu rosto e de quando ele agarrou seu rosto e, surpreendentemente, roubou-lhe um beijo sem maldades.

Ele era tão singular, tão diferente de todas as pessoas que já conheceu que o desconhecido agora não lhe parecia tão mais assustador quanto antes, mas sim deveras curioso, atrativo e fascinante. Jungkook tornou-se para si exatamente isso: uma criaturinha linda, insólita e extraordinária. Se estava dando sorrisos fáceis por aí era por causa dele e de tudo o que ele o fez sentir na noite anterior. Queria tanto conhecer todas as suas peculiaridades encantadoras, e ansiava por isso.

Seu momento de delírio apaixonante foi interrompido por um súbito medo, que nasceu como uma sementinha de pensamento e se espalhou como ervas daninhas por todo seu coração. Jungkook não parecia ser o tipo de pessoa que deixá-lo-ia em pedaços, afinal, ele era tão doce, como poderia? Mas, e se, por descuido ou infortúnio, este o fizesse? E se o amor fosse exatamente como o de seus pais e os destruíssem no final? Será que teria forças o suficiente para se levantar, colocar um curativo no coração e seguir em frente assim como fez com o ralado em seu joelho?

E se, a longo prazo, Jungkook se tornasse alguém cuja ideia de ir embora fosse extremamente dolorosa? Estava pensando demais, como sempre? Ou tinha razão em ficar com medo de se entregar para aquele sentimento inóspito e atrativo?

𝗠𝗘𝗨 𝗠𝗘𝗟𝗛𝗢𝗥 𝗔𝗠𝗜𝗚𝗢 𝗚𝗢𝗢-𝗚𝗨𝗥𝗘𝗨𝗠Onde histórias criam vida. Descubra agora