Capítulo 4.

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Point Of View - Karla Camila Cabello


Olá? - Meu Deus, meu santo Antônio, meu são Longuinho, meu santo das causas perdidas. Me ajuda.

Era ela mesmo. Sn, A Sn. Dinah me paga.

Ela me olhava apavorada, depois que peguei o celular da mão dela e vi que ela ligou para Sn e não para Hailee, eu quase tive um treco, as coisas que ela falou, senhor, eu quero me matar depois daquilo.

Ela pediu várias desculpas, parece que mesmo podre de bêbada, ela se tocou na merda que fez e falou, e para quem ela falou era o grande problema.

Ignorei a primeira ligação que recebi de volta do número dela, entrei em pânico, não sabia o que fazer. Dinah falou meu nome, tudo bem que ela pode nem lembrar de mim, já fazem duas noite e ela é rica né, tem coisas mais importantes a fazer e o com o que ocupar a mente, não lembraria de mim assim.

Tem essa chance, certo?

Na segunda chamada, eu não tive opção a não ser atender.

Ok, eu poderia não atender também e me fazer de louca, mas e daí? Eu não quis! Agi por impulso, sei lá.

Oi, alguém está aí? - Sua voz suave sai do outro lado da linha, e nossa, era como eu me lembrava... foco Camila.

— Oii, oi! É, eu estou aqui, eu...

Camila, é você ? - Ok! Ela lembrava de mim. FODEU! Ou não, né?

— Ei, você lembra de mim! - Fechei os olhos com força e Dinah me olhava pedindo para colocar no viva-voz. Mas eu não podia fazer isso, o barulho era terrível.

Sn falou algo que eu não entendi. Pedi um minuto e sai de dentro da casa, indo para a parte da frente, onde o barulho estava quase nulo, demorei um pouco mas consegui sair de lá de dentro, sendo acompanhada por uma Dinah curiosa e bebassa.

— Pronto, agora está melhor, me perdoa pelo barulho.

Não se preocupe, está em uma festa, devo deduzir?

— É, é, eu estou. - Dinah me olha rindo pelo meu nervosismo. Babaca, isso tudo é culpa dela. Ela pede, por meio de sinais, para colocar no viva-voz novamente, mas eu nego e a afasto.

Eu havia falado antes que fiquei com medo de não ser mesmo você, pela ligação de antes não parecia você. - Ela fala e parece estar sorrindo pelo tom de voz. Mas isso não me acalma, eu sinto que meu coração vai sair pela boca.

Fecho mais uma vez os olhos, me sentindo nervosa e envergonhada pelo que ela ouviu de Dinah.

— Olha, sobre isso, me desculpa, tá bem? Não era eu, era uma amiga minha, ela estava bêbada e... ela só faz merda quando está assim.

Dinah me olha sorrindo amarelo e eu nego, deixando que a mulher do outro lado fale e aceite minhas desculpas esfarrapadas.

Certeza que foi só isso? - Não entendi. — Ela citou outra mulher e deu a insinuar que essa outra pessoa te beijou a força...

Pera aí... ela está se preocupando comigo? Ou tem algo mais?

— Ah, bom, isso é verdade também. Mas já foi resolvido, é uma questão chata mas está tudo bem comigo, minha amiga só é pavio curto e decidiu me ajudar da forma dela.

Escuto a risada de Sn do outro lado, ela está se divertindo?

Dinah junta seu corpo ao meu e tenta ouvir minha conversa, juntando sua orelha no aparelho, nos deixando grudadas. Resmungo com ela, mas ela não desgruda.

Serendipity (Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora