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Nakahara estava sentado no sofá do seu apartamento com um copo de uísque nas mãos e pensativo sobre o que fazer, ele estava prestes a subir para o quarto para ver se conseguiria dormir desta vez.

Ao levantar e rodar o olhar pela a casa o seu olho e parou na porta com algumas correspondências que estavam no chão, ele andou até lá e pegou-as e foi passando uma por uma, todas eram como contas, mas nem todas, uma delas estava em uma embalagem escrita com letra cursiva "Para: Nakahara Chuuya" e ele não hesitou em abrir.

"Amanhã ás 2h40 da tarde me encontre no café perto do seu antigo grupo" O ruivo sabia exatamente o lugar, perto de onde ele ficava com as ovelhas, e no final para tirar conclusões tinha uma assinatura "Do seu irmãozão" Ele segurou o papel com tanta ravia e não hesitou em abrir a porta do apartamento com força e andou todo o hall a procura do loiro, mas sabia que era inútil, ele não estava lá.

— Filho da puta. - murmurou.

Voltou para o apartamento batendo a porta e subindo para o quarto, ele pegou o celular e a primeira coisa que fez foi ligar para Akutagawa enquanto ficava na vidraça do seu quarto.

— Espero que seja algo importante. - murmurou no outro lado da linha.

— Vou encontrar o Verlaine amanhã.

— Como assim Chuuya? - perguntou.

— Ele me mandou uma carta, vai ser de dia e espero que ele não apronte nada, mas eu preciso de alguém por fora de olho, preciso de você e do Tachihara. - explicou. — Não aguento mais, eu daria um tiro nesse filho da puta.

— Mas você tem certeza de que vai? Não é arriscado?

— Eu tenho, você vai me cobrir ou não? - pergunto impaciente.

— Eu vou, e com certeza o Tachihara vai concordar, mas o quê você vai falar pra ele?

— Não sei, provavelmente ele tem algo a falar antes de começar a me infernizar de novo nessa porra. - Respirou fundo. — Te mando tudo mais tarde. - desligou o celular.

Chuuya continuou com o celular em mãos e indo para a tela inicial tinha um mural do próprio sistema do celular com uma foto de vocês dois, os dois descabelados e deitados e você sorrindo fino com vergonha, ele desligou o celular e jogou na mesa de cabeceira da cama, abriu a mesma e pegou um remedio para dormir e tomou junto com o ultimo gole da bebida e se jogou desajeitadamente na cama.

A cabeça dele não parava por um minuto, estava imersos em seus pensamentos sobre tudo, pensava o pior de amanhã, realmente não sabia do que ele era capaz e isso lhe dava mais medo ainda, completamente imprevisível, mas ele também não era burro de cometer algo no meio da tarde em um local público.

Você estava sentada na frente de Grace comendo um muffin de blueberry e ela comia um lanche natural pois, estavam gastando tempo até dar o horário da loira ir para a entrevista de emprego, ela estava ansiosa, mas era o sentimento moderado do ser humano.

— Eu posso ir na frente? quero chegar uns minutos antes. - perguntou de boca cheia.

— Pode sim, vou terminar aqui devagar, boa sorte Grace, eles vão te aprovar com certeza. - sorriu.

— Obrigada. - pegou na sua mão e saiu em
passos rápidos

parecia altamente combinado, no mesmo momento em que olhava para a porta ele entrou, os cabelos ruivos, a olheira, a vestimenta sobre medida e cara, os olhos azuis estavam surpresos quanto se encontraram com os seus olhos, o seu coração acelerou e você engoliu seco, nunca mais o tinha visto, cumpriu os lábios enquanto o encarava, mas desviou o olhar.

Chuuya travou o maxilar preocupado, ele não sabia o que fazer, ele tentou evitar ir até você, mas vocês se atraiam como os ímãs, ele queria que a sua presença fosse coincidência, mas duvidou disso, quando sentiu o seu braço ser tocado, ele se virou instantaneamente, era ele, Verlaine.

O loiro estava com uma máscara e um chapéu, sentiu a parte do seu braço que ele tocou queimar, era de dentro pra fora, queimava de ódio, no meio de todo barulho, só conseguia ouvir seu coração palpitando cada vez mais rápido, como se fosse um carro de formula 1.

— Chuuya, sente-se, irmão. - sorriu cínico. — Ela é bonita, quanto tempo

— O que você quer? - foi direto.

— Calma, não quer pedir nada? beber nada? Sem pressa, faz tempo que não nos vemos. - bebeu o chá com calma

— Não quero conversar com você, quero que você vá embora, queria que você estivesse morto. - encarou ele nos olhos.

— Você não queria conversar, mas veio, a curiosidade deve ter sido grande, né? - deu de ombros.

— Mas que porra, o que você quer? Eu te mato Verlaine e dessa vez vai ser pra valer.

— Calma, eu vim te fazer um favor e você me trata assim? É muita ingratidão da sua parte meu irmãozinho. - debochou.

Chuuya se mostrou confuso e Verlaine olhou por cima dos ombros do ruivo e o garoto seguiu o olhar dele até você que estava inquieta, as mãos não paravam de mexer, passavam constantemente no cabelo e no rosto, estava nervosa.

— Linda sua namorada, quanto tempo não a via? - perguntou com sarcasmo e um sorriso ardiloso.

— O que você quer com ela? Isso é entre eu e você, ela não tem nada haver. - disse preocupado e já ofegante.

A perna de Chuuya estava inquieta e sua mão suava frio, o som do seu coração batendo rápido ecoava em seu ouvido, estava preocupada, ansioso com o que poderia acontecer.

— Eu quero o que é meu, você, quero você do
meu lado de novo, você é meu irmão e com ela aqui eu sei que isso não vai acontecer. - ele possuía um olhar mórbido.

— Eu e ela terminamos. - disse.

— Mas enquanto ela existir eu sei que não vai dar certo, você só pensa nela, eu sei que você a vigia, mas em algum momento você vai falhar, somos falhos.

— Verlaine, deixa ela em paz ou eu te mato, seu filho da puta, você não merece nem a roupa que usa, eu vou destroçar você, eu nunca vou ser igual a você. - apertou a mão.

— Você vai me agradecer depois. - disse.

— Você é doente pra caralho. - arregalou os olhos.

— Oi, Chuuya, quanto tempo. - você sorriu. — Eu não sabia se deveria te cumprimentar, mas eu vim.

— Oi. - disse no automático, desesperado.

Você olhou para o loiro curiosa.

— Prazer, eu sou o Verlaine, irmão do Chuuya, falta de educação a dele. - brincou o mais alto.

— Prazer, eu sou a [Nome]. - sorriu, confusa.

— Eu te conheço, ele me fala bastante de você. - disse o loiro.

— Eu te conheço? Você é familiar. - estreitou os
olhos.

— Acredito que não, eu me lembraria de uma moça bonita como você. - brincou.

— Obrigada. - sorriu envergonhada. — Eu preciso ir, desculpa por atrapalhar, Tchau.

— Tchau, foi um prazer. - Verlaine sorriu.

Chuuya estava imóvel, paralisado, não acreditando no que acabou de presenciar, ele sabia que o irmão não pararia por nada, ele iria atrás dela até conseguir o que queria.

— Acho bom você ser esperto, porque se eu te pegar eu te mato. - apontou o dedo na cara dele e bateu na mesa.

O ruivo se levantou rapidamente da mesa e pegou o celular e ligou para Akutagawa.

— Preciso reforçar a segurança da [Nome], agora. - disse nervoso.

— O que aconteceu? - perguntou preocupado.

— Ele quer ela.

𝑳𝑶𝑺𝑻 𝑺𝑻𝑨𝑹𝑺, Nakahara ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora