𝕥𝕖𝕟

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Você ainda dormia serenamente, a luz solar esquentava a sua pele, sentiu uma mão gelada pousar no seu ombro te acariciando por cima do tecido fofo, a mesma mexeu um pouco o seu corpo, fazendo os seus olhos ficarem entreabertos.

— [Nome]. - ouviu a voz rouca.

— Hum? - murmurou.

— Eu vou precisar sair, é coisa do trabalho. - o garoto explicou. — Vou fazer algo pra você comer, então quando acordar por favor vá comer. - ele acariciou a sua bochecha com o polegar.

— Tá bom. - falou enquanto dormia.

— Até. - ele beijou a sua bochecha.

Chuuya se levantou da cama, foi descalço para o banheiro e tomou um banho rápido e gelado para acordar, arrumou o cabelo sedoso, escovou os dentes e terminou de fazer suas coisas pessoais.

O ruivo foi para o closet, vestiu a roupa de sempre, calça social, camiseta branca, sapatos sociais, o casaco curto e um sobretudo preto, junto do seu chapéu, para o ruivo o chapéu era a coisa mais importante da sua vestimenta, mas ele nunca admitiria isso.

Ele desceu as escadas com tranquilidade, foi para a cozinha, abriu geladeira e pegou alguns ingredientes para montar um lanchinho pra você, ele o deixou na geladeira, o garoto pegou um pedaço de papel e escreveu um bilhete para você.

Nakahara não estava com fome, ele não tinha muito tempo comer. O ruivo saiu do apartamento e desceu de elevador até o estacionamento, e foi direto para o lincoln preto, o carro é um clássico, era o preferido dele, sempre gostou dos carros antigos.

Ele saiu do estacionamento em uma velocidade aceitável, saindo de lá os olhos dele ficaram estreitos por conta da claridade, o ruvio colocou os óculos escuros e seguiu o caminho para o prédio da máfia, não seria um caminho longo, ele ligou o rádio pulando as músicas até deixar smooth criminal, Michael Jackson tocar em um volume razoável, o garoto estaria mentindo se falasse que não era um fã do rei do pop.

Chuuya cantarolava baixo, enquanto a sua mente estava um pouco ocupada, ocupada demais pensando em você, um pensamento repentino, mas ele refletia sobre você saber ou não o que ele fazia da vida, isso realmente preocupava-o, não queria te colocar em perigo, o garoto havia comentado que trabalha com o Akutagawa, então imaginou que você soubesse.

Não era um trabalho nobre, mas havia entrado nele cedo, já tinha um cargo alto e um nome famoso para as pessoas indecentes, não seria fácil sair disso.

Nunca precisou se preocupar com ninguém, afinal ele não se envolvia com nenhuma pessoa além de uma noite, as mulheres sabiam sobre a reputação suja dele, mas elas também não tinham uma boa imagem para zelar. Chuuya nunca manteve o contato com alguém, nem uma mísera mensagem, mas por algum motivo desconhecido ele se atraiu por você, sentia algo diferente, te achava interessante, e diferente das demais que já havia se envolvido, até mesmo no sexo.

Estacionou o carro no estacionamento privado da máfia, uma empresa de fachada, super convencional, uma empresa que lidera o tráfico de drogas, de armas, falsificação de jóias, desvio dinheiro em mais de dez empresas fantasmas, pagam propina aos policiais corruptos, matam pessoas sujas e inocentes.

Tirou os óculos e os colocou no colarinho da camiseta, acenou para os seguranças armados e entrou sem problemas, foi direto para o elevador parando no seu andar de sempre, caminhou para a sua sala e abriu a porta, tirou o sobretudo o deixando no sofá de couro preto, abriu as cortinas tendo uma visão ampla da cidade, se sentou na cadeira e suspirou ao ver a pilha de documentos.

— Daqui a pouco enlouqueço. - murmurou irritado.

Cruzou as mãos e apoiou o queixo nelas, pegou o óculos de grau e a sua caneta preta, eram papéis sobre novas ideias, expansões, precisava ler tudo e avaliar antes de assinar qualquer baboseira.

𝑳𝑶𝑺𝑻 𝑺𝑻𝑨𝑹𝑺, Nakahara ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora