𝕥𝕙𝕚𝕣𝕥𝕙𝕖𝕖𝕟

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(Todos os capítulos anteriores foram modificados, eu não estava satisfeita com a história então mudei vários elementos importantes, então eu recomendo que vocês leiam de novo)

Vocês dois estavam sentados no sofá da sala, tocava Moves Like Jagger, Maroon 5, na televisão em um volume moderado, comiam enquanto ouviam a música, era comida mexicana, tacos e burritos como você havia pedido, Chuuya estava quieto, e ele era uma pessoa falante.

— O que foi? – questionou.

— Nada, só tô olhando os quadros, você era uma criança bem lindinha. – ele apontou para um dos quadros em que você estava de maria chiquinha. — Aquele é quem?

— É o meu irmão. – sorriu com ternura. — Ele tinha doze anos, Haru ia pra casa da mamãe nas férias.

— Aquela é a sua mãe? – perguntou, e você afirmou com a cabeça. — Você não fica mais com ela?

— Ela morreu quando eu tinha dez anos.

— Perdão, eu não sabia, meus pêsames. – ele falou baixo.

— Tudo bem, acontece. – tomou um gole do suco de uva. — Aqui não tem nenhuma foto do meu pai.

— Eu ia te perguntar isso, ele não gostava de tirar fotos? – o garoto pegou o suco das suas mãos.

— Mais ou menos, joguei elas fora, só tenho uma foto em que ele aprece junto da gente, mas ta guardada. – deu de ombros. — A gente não se da muito bem.

— Vocês se veem?

— Sim, ele vem aqui as vezes, mas normalmente o Haru vem um dia antes, como se fosse um aviso.

Chuuya te escutava atentamente, e você se sentia confortável em falar as coisas mais simples do seu relacionamento com o seu pai, mas não falaria que suspeitava de que Henry havia ajudado na morte de sua mãe, ou que ele acabou com os sonhos de Haru e o faz trabalhar naquela porcaria de empresa.

O ruivinho puxou-lhe para o colo dele, você vestia apenas uma camisa e uma calcinha, e ele usava uma cueca box preta, com a música de fundo vocês ficaram relaxados e ele passava os dedos pelo seu cabelo.

Você entrelaçou os dedos na mão dele, fazendo com que Nakahara sorrisse, ele estava feliz, você dava uma paz para o garoto, era uma ótima companhia pra ele, fazia ele esquecer os problemas, e ele te dava toda a atenção.

— Você não me fala nada sobre você. - levantou o olhar para encara-lo. — A gente nem se conhece direito.

— Eu não sei se deveria, mesmo que não seja um segredo, as pessoas podem ir atrás de você. - suspirou.

Você engoliu seco por ouvir aquilo, ao se lembrar da noite passada, a aposta e a ameaça no restaurante.

— Eu não vou contar nada, prometo. - esticou o dedinho. — De dedinho.

— De dedinho. - ele sorriu entrelaçando o dedo mindinho com o seu.

— Eu trabalho na máfia do porto com o Akutagawa, eu fico na falsificação de joias, na exportação, cuido dos lugares com o pessoal, mexo nas empresas fantasmas. - falou sem ânimo. — E faço algumas viagens.

— Você já matou alguém? - questionou com um leve receio da resposta.

— Já, e eu já perdi as contas de quantas foram. - respirou fundo. — Eu sou uma pessoa ruim.

— Não, você não é, era eles ou você. Todos temos um lado feio, e as vezes o mundo é injusto.

— Você não tá com medo de mim? - perguntou em um tom baixo.

𝑳𝑶𝑺𝑻 𝑺𝑻𝑨𝑹𝑺, Nakahara ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora