Carente?

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--- PORSCHE ---

- Kinn, Kinn já chega, eu estou bem. – Peço pela milésima vez desde que chegamos do hospital. – Ele solta um som esganiçado e me pega no colo. – Qual é? Nós já passamos por isso antes, eu já me machuquei várias vezes...

- Porsche, nós nunca estivemos tão ameaçados, NUNCA. – Ele fecha os olhos por alguns segundos respirando fundo e me ajuda a subir em direção ao nosso quarto. – Vamos, vou te dar um banho.

- Você pode ao menos desamarrar essa cara? – Cutuco sua bochecha e ele revira os olhos tirando minha roupa, me firmo nele e Kinn tira o cinto que eu usava, tudo nele exala raiva.

A banheira enche e eu entro apreciando a água quente, Kinn acaricia minhas costas e me ajuda a lavar meus machucados, e depois desliza as mãos pelo meu cabelo. – Fique na água quente por mais um tempo para aliviar sua musculatura, eu vou tomar um banho no chuveiro. – Sinto seu beijo em minha cabeça e mergulho na banheira frustrado.

Quando saio não encontro Kinn, então visto uma camiseta dele e uma calça de moletom, caminho pela casa até encontrá-lo no escritório fazendo alguns telefonemas, ando até ele que vira a cadeira e me enrosco em seu colo. – O que está fazendo?

- Organizando a segurança do Pit, eu não sei onde Charlie está. – Ele desliza a mão pelas minhas costas.

- Quer que eu faça algo? Você ao menos passou algo nos seus machucados? – Passo meus braços pelo seu pescoço tentando olhar sua testa que está machucada.

- Você vai passar para mim assim que eu for para a cama. – Ele beija meu pescoço, fala mais algumas coisas no telefone enquanto me mantenho abraçado com ele, e depois me carrega para o quarto. – Terminei, vamos. – Fico de pé e ele abraça minha cintura.

No quarto uma enorme mesa de lanche nos espera e olho completamente desconfiado, mas Kinn se senta e começa a comer, não tenho ideia de que horas são, só que é madrugada. Como um sanduíche, e tomo um copo de suco antes de dizer qualquer coisa, não tinha percebido o quanto estava com fome, pego algumas batatas e observo Kinn.

- Não vai me colocar no cinto de volta? – Mexo no meu copo incerto.

- Não... Por que? Algum problema? – Ele pressiona os lábios.

- Você nunca me deixou sem antes, só quando havia algum motivo específico... – Como mais uma batata, e os dedos de Kinn deslizam pela minha bochecha.

- Ah meu brinquedinho foi bem adestrado, mesmo quando não estou sendo mau ainda sente falta disso? – Eu engulo em seco e respiro fundo sentindo uma sensação esquisita, eu realmente sentia tanta falta assim? Um arrepio passa pelo meu corpo. – Já terminou? – Assinto. – Vamos escovar os dentes então.

Eu demoro um tempo a mais no banheiro e pego a caixa de primeiros socorros, ando até a cama e me sento perto de Kinn que estava só de cueca, limpo seus machucados e passo pomada, no geral ele tinha se livrado mais que eu, acho que era mais experiente.

- Pronto? Vem cá. – Sou puxado pro seu colo e sorrio, suas mãos agarram minha cintura. – Você continua inseguro quanto há mim Porsche... – Ele desliza os lábios pela minha testa como se tivesse me dando um leve beijo, era uma das suas manias.

- Não estou... – Sussurro olhando para baixo.

- Hoje... Nós fomos atacados, você foi pro hospital, andamos em perigo recorrente atualmente... E estava com o cinto, tem noção de como foi te ver com o médico? Percebi o seu medo dele notar, de precisar te examinar. – Minha respiração acelera enquanto suas mãos acariciam meu cabelo, tinha esquecido o quanto Kinn era bom em prestar atenção em tudo. – Sei que gostamos de uma coisa pública em muitos casos, mas é no nosso meio, com seguranças que sabem, com pessoas aleatórias que pegamos na balada, não acho que se sentiria confortável exposto para um médico, sentiria? – Sinto minha garganta se fechando e sei que não vou conseguir responder, balanço a cabeça negativamente. – Exatamente, diante do que está acontecendo, não quero te ver naquela posição de novo Porsche.

Sob Meu Comando  (KinnPorsche)Onde histórias criam vida. Descubra agora