Sob Meu Comando (KinnPorsche)

Eu já esperava por isso...

--- PORSCHE ---

Os últimos dias tinham sido incríveis, Kinn e eu estávamos passando cada vez mais tempo juntos e isso me fazia sentir tão bem, mas eu sentia falta de algo, parecia que nós não estávamos normais. Mesmo transando as vezes, era tudo tão romântico, que tinha vontade de voltar a ter um jogo mais divertido, e foi o que pedi a Kinn.

- É isso que você quer? Voltar a ter o que tínhamos antes? – Ele ergue a sobrancelha para mim abraçando minha cintura e eu assinto.

- Sim. – Sussurro.

- Então, vá se arrumar, há uma boate na cidadezinha aqui perto, que tal irmos até lá? – Eu respiro fundo e suspiro, sabia o que ele queria fazer, subo até o quarto para vestir uma roupa mais apresentável. Quando desço as escadas encontro Kinn completamente arrumado, em um terno preto com uma gravata vinho.

- Vamos? – Eu assinto e ele estende a mão para mim, continuo em silêncio enquanto ele me leva em direção ao carro. – Tão silencioso...

Coloco o cinto cortando o nosso olhar e o vejo sorrir, indo para o seu lado do carro e ligando o carro, nossa viagem acontece em silêncio e quando paramos na porta da boate, limpo minhas mãos na calça sem saber bem o que fazer. Kinn abre a porta para mim e pega em minha mão, nós entramos e a atmosfera toma conta, aqui é menor, mas não menos agitado, luzes, muita gente, bebidas e drogas rolando solta.

Nós achamos uma mesa e Kinn pede uma bebida para cada um, eu tomo um ou dois copos antes que uma porção chegue, aproveito o som e analiso as coisas ao redor, mantendo sempre a proximidade com ele.

Não demora muito para que ele comece a flertar com um cara de uma mesa próxima, algo que eu sequer tinha notado. – O que acha dele? – Suas mãos deslizam pela minha perna e um arrepio sobe pelo meu corpo, o rapaz se aproxima e eles conversam baixo e mais discretamente, já que o vilarejo é menor, mas não sei, tem algo diferente hoje.

- Eu tenho um apartamento aqui do lado, o que acham de ir até lá? – Kinn ergue a sobrancelha para mim, e eu apenas assinto, parcialmente excitado, ao mesmo tempo em que...

Nós saímos de lá juntos e ele indica o caminho até o seu apartamento, eles conversam sobre a cidade, coisa que eu ignoro, quando a porta se fecha, Kinn o beija contra a porta profundamente, os observo por um tempo, o rapaz se afasta e me olha. – Ele...

- Apenas observa. – Kinn determina firme. – Sente-se. – Ele manda apontando pra uma poltrona.

- Entendi o jogo... – O rapaz sorri, voltando a beijar Kinn, ele era um moreno, alto, tatuado, chegava a ser fofo.

Suas roupas vão param rápido no chão e eu respiro fundo observando, sinto algo tomando conta do meu corpo, minha respiração acelera, meu coração dispara, quando o rapaz se ajoelha, eu me ergo e Kinn me lança um sorriso.

- Para, eu quero que pare. – Ele ergue a sobrancelha para mim. – Vermelho! – Kinn se afasta do rapaz e caminha até mim, empurro suas mãos para longe.

- Porsche. – Ele sussurra.

- Eu... Eu não quero que fique mais com outras pessoas. – Sussurro finalmente percebendo qual era aquela sensação que passava pelo meu corpo, e a resposta que tenho de Kinn é um sorriso.

Kinn lança um olhar para o rapaz que ergue os braços e se afasta ligeiramente, ele sai do quarto e eu caminho até a cama me sentando, coloco as mãos na cabeça tentando entender e percebo que ele se afasta de mim. Fecho meus olhos e permaneço ali algum tempo, tentando entender o que mudou? O que aconteceu? Até sentir os braços dele ao meu redor me carregando para fora, abraço seu pescoço e me enrosco ali até ser colocado no carro, quando chegamos em casa eu já sai do torpor e estou irritado.