56: Jeitinho de Anjo!

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Gisele Narrando...

- Eu...Eu gostei disso! Foi a única coisa que de fato eu conseguir falar.

Meus sentimentos ainda não eram tão nítidos, e eu não tinha plena certeza do que queria. Então apenas falei o que me veio á mente na hora.

- Vamos brindar?! Ele levantou a taça com um pouco de vinho.
- Por quem? Peguei á minha taça também.
- Por você! Por ser tão linda, e por ser a minha esposa! Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo! Obrigado, Gisele! Respondeu ainda com segurando a taça de vidro.

Apenas levantei a minha também, e brindamos a sua declaração que me deixou sem fôlego, e sem palavras.
Aproveitamos a refeição juntos, e não tocamos mais nesse assunto. Jogamos conversa fiada fora, e rapidamente escureceu lá fora.

[...]

O carro de Gael parou em frente á mansão. Tirei o cinto de segurança, e saí para fora. Estava de boas caminhando quando quase tropeço no meu próprio pé. Eu nem tinha bebido tanto assim, e o álcool já parecia tá fazendo efeito.

Gael que estava me acompanhando me segurou em seus braços fortes

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Gael que estava me acompanhando me segurou em seus braços fortes.

- Minha nossa! Me espantei.
- Cuidado! Disse ele.
- Obrigado! Agradeci me ajeitando, e também meio envergolhada.

Caminhei até a porta, e a abrir lentamente. Entrei na sala que estava apenas com um abajur acesso em cima da mesinha central.

- O povo pegou no sono foi cedo! Gael comentou colocando a chave do carro no chaveiro preso perto da lareira.
- Por quê hoje? Digo...Normalmente Tia Helena dorme mais tarde! Perguntei me virando para ele.
- Amanhã á noite será a colheita. É uma festa típica entre os peões. É de custume fazermos aqui, Então tem muita coisa pra ser ajeitar ainda. Helena é a organizadora, todos os anos. Ela adora essas festanças! Me explicou com um olhar calouroso.
- Mesmo?! Eu adoraria poder fazer alguma coisa! Sei lá! Eu me sinto muito presa, e vou acabar morrendo de tanto tédio se não fazer nada! Digo animada por uma chance.
- Claro! Você pode ajudar Helena á organizar! Vejo seus olhos brilhando.
- Quê bom! Olhei em minha volta, e percebir a porta entreaberta da biblioteca.

Meus olhos fitaram naquela porta, e as lembranças invadiram a minha mente como um filme em minha cabeça.

___

- Quê mal você tem, não é?! Por quê anda metendo seu nariz onde não é chamada? POR QUÊ? Se colocou de pé para me confrontar.
- É quê...É quê...Gael me interrompe quando me ver quase chorar.
- E pode ir parando de chorar! Eu já não disse para você parar de entrar nos lugares sem ser chamada. Não ti disse isso?! Me olhou fixamente. - ...Saí! Saí! Saí daqui! Vai embora! Eu não quero ti ver aqui nunca mais! Saiu me enxotando para fora da biblioteca antes de fechar a porta bem na minha cara.

___

- ...Por quê você me expulsou daquele jeito da biblioteca? Perguntei curiosa, e ainda com o olhar fixado na porta.
- Naquele dia?! Perguntou, e apenas assentir balançando a cabeça. - ...É importante pra você saber disso? Continuou indagando, e eu assentir novamente. - ...Vem cá! Ele segurou á minha mão, e me levou até a tal biblioteca.

Gael fechou á porta atrás de mim, e continuou segurando minha mão.

- ...Eu tava com muito medo naquele dia! Respondeu minha pergunta anterior.
- Do quê? Indaguei quando chegamos ao balcão de bebidas, e largou minha mão.
- De que você me visse sofrendo! Ele se aproximou do velho piano, e ficou de costas para mim. - ...Esse lugar foi meu inferno durante anos. Desde pequeno meu pai me espancava se eu cometesse um único erro. Gael passou a mão sobre o piano que brilhava. - ...Era uma palavra na hora errada. Era uma brincadeira que ele não gostava. Era o barulho de risada que ele odiava. Até mesmo uma nota imperfeita. Era motivos suficientes para que ele me dilacerasse por completo, e era aqui que acontecia as minhas punições! Os meus castigos! Ele tocou uma nota.

As palavras de Gael me feriram como se fosse comigo tudo o que ele havia passado. Como alguém pode ser tão cruel com uma criança? Eu havia passado por momentos difíceis com a minha mãe, Mas nada se comparava ao que Gael vivenciou.

- E Tia Helena? Perguntei-lhe de repente.
- Ela via, e sabia de tudo. Mas não fazia nada para interferir. É por isso que eu a culpo tanto. Ele me olhou com os olhos marejados. - ...Jade foi a única que conseguia me fazer não desistir da vida! É por isso que eu a mantenha por perto! Gael dizia sincero.
- Sinto muito! Sinto muito mesmo! Me entristeci com a sua história.
- Tá tudo bem! As coisas mudaram! Gael dizia fingindo está de bem com a vida.

Era mentira! Estava estampado a palavra "sofrimento" em sua testa. Não sei quem ele estava pensando em enganar, Mas com certeza eu não era uma delas.

- ...Vamos indo! Amanhã será um longo dia! Ele limpou os olhos, e se mandou na frente me deixando para trás.

Eu podia garantir que ele queria muito chorar, Mas não na minha frente. Gael queria ser duro na queda. Para ele aquilo era uma demostração de força, e superação mesmo que não passasse de uma mentira.
Saímos da biblioteca, e pegamos as escadas juntos. Estava prestes á subir quando Gael me pegou nos braços do nada me deixando em transe.

 Estava prestes á subir quando Gael me pegou nos braços do nada me deixando em transe

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- O quê...O quê tá fazendo? Perguntei nervosa.
- Não quero que a digníssima se canse! Forçou um sorriso, e seguiu subindo.

Chegamos em frente á porta do nosso quarto, e eu empurrei com a mão para abri-la. Ele entrou comigo, e me colocou na cama.

- ...Deixa eu ti ajudar! Gael desceu suas mãos pelas minhas coxas, pelas minhas pernas até os meus pés. Alcançou minha sandalhias, e começou a tira-las.
- Você tá tão carinhoso comigo! Saiu antes que eu percebesse.
- Tenho que me comportar se quiser ti conquistar! Disse de cabeça baixa.
- Quê bobo! Soltei uma gargalhada gostosa. - ...Você já me conquistou! Digo, e ele levantou o olhar. - ...Eu gosto muito de você, Gael! Seu lindo! Confesso, e ele pisca algumas vezes sem acreditar.

...

Publicado no dia 30 de Agosto!

⏺️Casalzinho romântico para vocês!!! O quê acharam de Gael???❣️🦋

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