CAP. DEZ

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Nunca tive a chance de ser eu mesma, a garota com a língua solta cheia de opiniões para dar, com a possibilidade de ter o mundo ajoelhado aos meus pés, nunca havia experimentado confrontar alguém e não ser repreendida

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Nunca tive a chance de ser eu mesma, a garota com a língua solta cheia de opiniões para dar, com a possibilidade de ter o mundo ajoelhado aos meus pés, nunca havia experimentado confrontar alguém e não ser repreendida.

Mas na minha nova vida, eu podia fazer aquilo sem medo, sem temer aos machucados ou traumas que ficariam no pós, Hades queria a mim, e não a bonequinha de porcelana que meus pais haviam criado, a personagem sensível e submissa ao mundo, ele queria a Ahvi verdadeira.

Nada mais justo do que eu lhe dar isso.

Foi o que mamãe me ensinou, dar o que meu marido deseja sem negar, bom, eu a obedeceria.

Não conseguia me lembrar exatamente do momento em que Hades me fez subir no carrinho de golfe e me levou para sua casa, mas me recordava do olhar cheio de promessas quentes e eróticas que havia me dado, no caminho eu me sentia ansiosa e sabia que não devia tocá-lo.

Contatos íntimos fora de casa eram proibidos, Artho dizia que demonstrava sinais de fraqueza, e no caso dele comigo, meu irmão me impedia fazer na frente das pessoas para não saberem onde ferir ele.

Atravessei a porta do jardim com Hades, ele tinha a expressão calma e não parecia ansioso como a mim, eu o esperei, de frente para ele em uma distância segura que me dava a visão de seu corpo belo enquanto meu marido fechava a porta na qual havíamos passado.

Quando terminou, virou-se para mim, seus olhos eram cobertos por uma neblina assustadora, como um trovão anunciando a tempestade, prometendo me atacar como uma ratinha, mas eu não recuei, nem quando o vi vindo em minha direção.

Hades agarrou meu corpo, seu braço segurando minha cintura me impulsionando para cima, eu abracei a cintura dele com as pernas enquanto o homem tirava meu fôlego com seus beijos, sua boca se movia com rapidez e eu quase não conseguia acompanhar, ainda nao havia me acostumado e era sempre novo a forma que ele me tirava o ar.

Comecei a abrir sua camisa, desesperada por ele, como se a noite que tivemos nao tinha sido o suficiente, eu o desejava como se fosse a primeira vez, como se suas maos me tocassem pela primeira vez.

Era tudo intenso, bom e gostoso demais, não havia meio termo com Hades, ele fazia tudo o que prometia, às vezes, até mais do que o esperado.

Fui colocada sobre uma mesa redonda que era usada como suporte para um jarro de lírios que foi empurrado para o chão, o estrondo do porcelanato quebrando deveria chamar a atenção dos que estavam trabalhando, poderiam nos pegar no flagra mas Hades não se importava, então fiz o mesmo.

A blusa dele foi tirada, minha jaqueta foi arremessada ao chão e em seguida minha blusa, Hades desceu o corpo para beijar meu pescoço, levei minhas mãos até seu cabelo, seguindo para as costas largas.

Havia notado na noite passada a marca de queimadura bem no centro dela, abaixo de sua nuca, era como o brasão gravado em qualquer lugar que eu fosse no terreno em que estava vivendo, era desumano pensar nas formas que marcaram ele ali, usando o brasão do Keetesh.

Me Encontre Na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora