CAPITULO DOZE

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Havia feito uma semana desde minha ida para a Keetesh e uma semana desde minha briga com o imbecil do meu marido

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Havia feito uma semana desde minha ida para a Keetesh e uma semana desde minha briga com o imbecil do meu marido.

Não conseguia ver Hades, em nenhum momento, seja de dia ou de noite, de madrugada ou a tarde, em nenhum momento, às vezes encontrava Alessio perambulando pela casa como se fosse o dono do lugar e após a última vez que perguntei sobre Hades e ele me repreende por sempre fazer a mesma pergunta, eu cansei.

Se o homem não viesse ao meu encontro e não se importasse comigo, eu devia fazer o mesmo.

Não sabia se a carta para Artho havia sido entregue, o fato de não ter sido selada com o selo de Hades complicava as coisas, eu esperava que tivesse chegado às mãos do meu irmão, ele era o único que eu podia confiar no mundo distorcido que vivíamos.

— Se concentra, Ahvi! — Ouvi Angeline gritar me tirando dos devaneios e no mesmo segundo me abaixei para esquivar de um golpe que acertaria meu rosto — Isso garota!

Eu sorri me virando para minha cunhada que mantinha sua pose inabalável de treinadora, mas atras dela, Hades estava, tirando toda minha concentração, eu me deixei ser vencida pelo meu inimigo ao abaixar a guarda, meu corpo foi ao chão, minhas costas doeram e eu gemi.

— Droga! Sai de cima dela — Angeline gritou se aproximando.

— Machuquei você? — O moreno que sempre era minha dupla durante os treinos de corpo a corpo, estendeu a mão para mim, eu sorri negando com a cabeça

— Nada que eu não esteja acostumada — Sorri para ele, desviando meu olhar para Hades que me encarava.

Fazia uma semana que eu não o via, estava com tanta raiva que foquei na minha vontade de ser melhor, não havia percebido que a raiva havia se transformado em saudades.

Era assim que eu viveria, à base de mentiras e entregas pela metade, vivíamos na máfia, o amor era considerado o maior dos nossos problemas.

Um jeito cruel de se viver, tendo esperanças em coisas inexistentes, esperanças em 1% de humanidade a qual não deveríamos ter.

— Você está muito boa, Ahvi — Alessio se aproximou de nós, se eu não conhecesse meu marido, diria que era por que seu consigliere era intrometido, mas a verdade era uma forma de afastar Rocco de mim sem precisar assustá-lo

— Vocês precisam ver ela com uma faca — Angeline disse, em uma distância segura de mim e os garotos.

Em uma semana com ela, havia notado que Angeline odiava toques da mesma forma que odiava armas de fogo, um toque nela era um passaporte para a morte, ninguém ousava fazer tal coisa e Angeline parecia contente com isso, eu a respeitava, sem perguntar o motivo mesmo que nos momentos de felicidade breves eu desejava receber um abraço.

E fazia tanto tempo que eu não recebia um afeto.

Procurei por Hades, ele se mantinha no mesmo lugar, longe de nós como se fosse alérgico a nossa felicidade, era frustrante, eu queria mostrar a ele que estava melhor, estava me dedicando por que mesmo que Hades tenha sido um imbecil, ele era o único que me entendia.

Me Encontre Na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora