Eles nunca ouviram falar na felicidade, mas sabiam exatamente o que era a escuridão.
Nesse romance mafioso, Ahvi e Hades estão predestinados, presos em um casamento feito pela proteção da mafia Miazu, os dois precisarão aprender a lidar com a pressã...
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Era de madrugada, estávamos no jardim outra vez, minha mãe tremia ao meu lado vendo a bagunça que os homens organizavam.
Para a nossa sorte, meu pai, Artho, nem meu tio foram feridos, estavam todos bem, e tudo graças aos homens que acompanhavam meu noivo.
Eu era uma moeda de troca. Ahvi por soldados e proteção, era isso que eu valia.
O nome dele era Hades Castellano, ou como chamavam ele por aí, Demon. Eu tinha medo dele apenas de olhar para sua cara nada contente com o estrago feito que atrapalhou nossa noite, e mesmo que desse medo, suas sobrancelhas franzidas e os lábios apertados um contra o outro, lhe deixavam bonito e sexy, algo dentro de mim se contorcia cada vez que seus olhos azuis eram voltados de longe para mim.
Onde antes era a mesa de jantar, deu lugar a uma pilha de vinte homens, ouvi um dos capos dizer que onze eram homens nossos, e nove dos Klozuri, o restante do inimigo fugiu quando os homens de Hades apareceram.
— O que farão com os corpos? — Perguntei baixinho, minha mãe olhou para a pilha de mortos
— vão enviar para as famílias, os inimigos vão ser mandados para o don da Klozuri. — Ela contou apertando as mãos umas contra a outra.
— Senhora, precisa entrar — uma das mulheres que trabalhavam na casa apareceu.
Tinha um regulamento sobre ataques, havia esconderijo para todos, cada pessoa sabia onde havia um, os azarados que não chegavam a tempo, morriam, como o ajudante da cozinha, o mesmo que eu encontrei morto no caminho.
Olhei para o meu vestido, minhas mãos sobre ele, eu estava toda suja de sangue, a bainha longa estava misturada do rosa com o vermelho, meu braço estava limpo por que alguém me limpou depois que eu desmaiei.
As imagens do homem sem vida invadiram meus pensamentos, se as luzes não tivessem sido acesas, eu não teria visto, assim como os olhos escuros do homem que me alcançou.
Aquilo me atormentava, eu sempre estive protegida em um esconderijo quando tínhamos ataque, mas dessa vez eles não vieram para assustar, vieram para me levar e esperaram o momento mais vulnerável da gente.
Mal percebi quando minha mãe saiu e outra pessoa sentou no lugar dela.
Estava tentando tirar as imagens da cabeça, mas era impossível, eu ainda estava assustada.
— Você gostava? — Era a voz dele outra vez, eu abri os olhos buscando por ele.
Hades estava de pé a minha frente, com as mãos escondidas dentro do bolso da calça, ele havia retirado o sobretudo, ficando com três dias quatro peças de roupa que usava, o colete do terno apertava e modelava seu corpo, a blusa era apertada em seus braços fortes e de trás, eu conseguia ver perfeitamente a modelagem que sua bunda ficava naquela calça.
— Não entendi — sussurrei e ele apontou com o queixo para o meu vestido.
— Seu vestido — Indicou, eu mexi na saia dele — Se quiser lhe dou outro.
