cap 06 (hot)

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Muitas vezes, Kay saía antes de ela acordar e voltava após ela dormir, e quando eles estavam no mesmo ambiente, ele a ignorava completamente. Isso fez com que a garota se sentisse decepcionada. Tudo isso aconteceu depois do ocorrido. Era visível que a garota queria que eles fossem além do que foram, mas ele parecia não ter gostado nadinha daquilo, até porque agora ele a trata com mais frieza do que o de costume e nem olhar para o corpo dela ele olha.

Ele mandou ela fazer isso.

Ele deve querer o mesmo.

Ele não me achou atraente?

Ele deve me achar nojenta.

Ela chegou ao ponto de não conseguir mais ler; tudo em que pensava era em como se sentia suja e impura. Ela sentia a necessidade de falar com ele, então decidiu que iria esperá-lo chegar. Escondeu-se atrás do balcão da cozinha e ali ficou. Ela estava ansiosa demais e, por isso, não tinha sono. Horas se passaram e, finalmente, escutou o barulho da porta abrindo. Debaixo do balcão estava, debaixo do balcão permaneceu. Kay, sem acender as luzes, foi em direção à cozinha para beber água. Como sempre, estava usando uma máscara, mas dessa vez sem camisa. A garota enxergava pouco, já que a luz da lua refletia por ali.

— Podemos conversar — disse ela ainda na mesma posição, com a voz um pouco suplicante.

— Não tenho nada para conversar, vá para o seu quarto — ele nem fez questão de procurar de onde vinha a voz. Esse foi seu erro, ou seu acerto...
Devagar, a garota encostou em seu membro por cima da calça e o apertou um pouco, mas nenhum sinal de vida.

— Você mandou eu pedir para te dar prazer quando eu quisesse, este é o momento. Vai me ajudar ou vai me dar um brinquedo? — Ela sabia como conseguir o que queria, então usou isso a seu favor. Olhando nos olhos do mascarado, desabotoou a calça, mas, assim que ela iria olhar o que queria, ele a interrompeu segurando sua mão e levantando seu queixo.

— Você não precisa enxergar para sentir prazer. Feche os olhos, que assim vai ter o que quer.

Indecisa com seu pedido, ela fechou os olhos. Ela desejava isso há muito tempo, talvez o desejo de se entregar tenha corroído sua mente.

"A única coisa que pode acabar com a curiosidade é o verdadeiro desejo."

E assim ele amarrou um pano nos olhos dela; só assim ele conseguia fazer algo sem sentir disforia. Ele não queria muito, só queria entregá-la ao verdadeiro prazer.

— Levante-se, agora. — A voz dele exibia autoridade. Por alguns momentos, ele a olhou de cima a baixo e viu que faltava algo. Viu que não gostava muito do que via, pois gostaria de vê-la nua. Sua alma ele quase tinha posse, só faltava seu corpo. Em alguns momentos, retirou todos aqueles tecidos do corpo dela e só conseguiu encarar seu corpo. Foi como se tudo tivesse passado. Segurou em sua cintura e a colocou em cima do balcão, abriu suas pernas e analisou com somente a luz da lua. Ele tentava analisar o máximo, pois isso poderia demorar a acontecer de novo, e ele gostava do que via. Ao contrário do que a garota pensava, ele não olhava para ela por pura atração sexual, ele não queria se entregar a isso. Foi de encontro com sua intimidade.

— Ahhn... — A língua quente ela já sentiu, e aos poucos começou a sentir os movimentos, e o tesão começou a tomar conta de seu corpo. Ela gemia baixo e ainda colocava sua mão na boca, até que ele parou ao ver essa cena. Enfurecido, foi até o ouvido dela e sussurrou:

— Acho melhor você deixar eu te ouvir gemer, porque senão eu vou parar e você não terá mais nada. — Logo ela soltou um grito com uma ardência em sua perna. Ele deu um tapa estalado nela, e ela não se sentiu incomodada; na verdade, gostou daquilo.

Aos poucos, ela começou a gemer cada vez mais alto. Ela queria mais e mais. E assim ela deu um gemido um pouco mais manhoso, e ele entendeu o que ela queria, mas ele queria ouvi-la pedir. Então, só ficou estimulando sua intimidade, esperando o pedido da garota, até finalmente ouvir: "Por favor, me fode logo." E, com rápida agilidade, começou a estocar. Ela não sabia se tudo aquilo era certo ou errado, se faltava algo ou não, mas ela gostava do que estava acontecendo, e ele gostava mais ainda. Ela gemia cada vez mais alto; quanto mais ele estocava e a tocava, mais ela sentia prazer, e assim, mais ele sentia prazer. Ele sentia exatamente tudo que ela sentia, e assim, eles chegaram juntos ao ápice. Ambos soltaram um gemido forte, e mais abaixo estava inteiramente molhado e melado, mas ele olhava com prazer, tentava gravar aquele momento em sua mente, mas mal sabia ele que aquilo estava só começando.

"A única coisa que pode acabar com a curiosidade é o verdadeiro desejo."

Do Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora