cap 15

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Erin sentia o corpo em ebulição, como se o desejo a estivesse consumindo de dentro para fora. O beijo que compartilhava com Kay havia sido o estopim, mas agora a fome pulsava mais forte, misturando-se com algo mais primal, uma necessidade que ia além do simples toque. Ela se afastou por um momento, olhando nos olhos dele, o peito arfando enquanto tentava controlar a respiração.

- Eu... não sei como parar - ela sussurrou, a voz rouca de desejo.

Kay, ainda com os braços ao redor dela, a olhou profundamente, tentando ler seus pensamentos. Ele entendia que a transformação de Erin havia mudado muito mais do que apenas seu corpo. A conexão entre eles havia se intensificado de uma maneira que ele não esperava, e agora, ele sentia a fome dela, como se a sua própria pele estivesse queimando com o mesmo desejo.

- Você não precisa parar - Kay respondeu, a voz baixa e firme. - Nós podemos descobrir isso juntos.

Erin estremeceu com o som da voz dele, um arrepio percorrendo sua espinha. Ela não sabia exatamente o que estava acontecendo dentro de si, mas tudo que podia sentir naquele momento era a necessidade de estar mais próxima, de ter mais dele. Como se a fome não fosse apenas uma necessidade física, mas algo que envolvia cada parte do seu ser. Ela não tinha mais medo.

Com um movimento rápido, ela subiu no colo de Kay, suas pernas envolvendo a cintura dele. A proximidade fez com que ambos respirassem mais fundo, e Erin pôde sentir a excitação que crescia entre eles. O corpo de Kay estava quente contra o dela, e por um momento, ela se esqueceu de tudo: da transformação, do perigo, de Sete Além. Tudo o que importava naquele momento era o que eles estavam prestes a compartilhar.

Kay segurou sua cintura, seus dedos pressionando levemente a pele exposta de Erin. Ela se inclinou para a frente, seus lábios roçando o pescoço dele, e sentiu o arrepio que passou pelo corpo de Kay em resposta. Havia uma tensão crescente no ar, algo que os dois podiam sentir. Era como se a fome que dominava Erin estivesse agora sendo transferida para Kay, envolvendo-os em uma nuvem de desejo e necessidade.

Erin sorriu contra a pele dele, suas mãos explorando os braços de Kay, sentindo os músculos tensos sob seus dedos. Ela não era mais a garota assustada que temia o que estava acontecendo com seu corpo. Agora, ela sentia o controle, o poder que vinha com essa nova fome. E Kay estava lá, disposto a ajudá-la a saciar isso.

Ela inclinou o quadril para baixo, pressionando-se contra ele, e o suspiro involuntário de Kay a fez morder o lábio, satisfeita com a reação. Ele era forte, mas ali, naquele momento, parecia vulnerável ao toque dela. Erin deslizou as mãos sob a camisa dele, subindo lentamente até o peito. Sua pele era quente, e o toque dele a incendiava ainda mais.

Kay fechou os olhos, tentando manter o controle, mas a forma como Erin se movia, como ela o tocava, fazia com que seu corpo respondesse de maneiras que ele não podia controlar. Ele sabia que Erin estava passando por algo intenso, algo que ele nunca havia experimentado, mas não podia negar o prazer que aquilo trazia.

- Erin... - ele começou a dizer, mas ela o interrompeu, beijando-o profundamente, abafando qualquer palavra que ele tentasse pronunciar.

O beijo era ardente, cheio de paixão. Erin pressionou o corpo ainda mais contra o dele, os dedos explorando a linha da cintura de Kay. Ele reagiu imediatamente, segurando-a mais forte, como se estivesse tentando se agarrar a algo para não perder o controle completamente.

Erin se afastou por um segundo, olhando para Kay com os olhos agora brilhando de desejo. O peito dele subia e descia rapidamente, e ela sabia que ele estava lutando para se conter.

- Não precisa se segurar - Erin disse, a voz baixa, carregada de provocação. - Eu sei o que você quer.

Kay olhou para ela, a tensão em seu rosto clara. Ele queria, claro que queria, mas também sabia que Erin ainda estava em um processo de mudança. Havia incertezas, havia perigos. Ele não queria machucá-la. Mas a maneira como ela estava sobre ele, a forma como o corpo dela o chamava, tornava impossível resistir.

- Você... tem certeza? - Kay perguntou, a voz entrecortada, tentando dar a Erin a oportunidade de reconsiderar.

Ela apenas sorriu, um sorriso cheio de confiança, algo que ele não havia visto nela antes. A transformação havia feito mais do que alterar o físico de Erin; havia despertado uma nova força dentro dela, e Kay podia sentir isso.

- Eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida - Erin respondeu, inclinando-se para beijá-lo novamente, dessa vez com ainda mais intensidade.

O beijo se aprofundou, e Kay sentiu como se o mundo ao redor estivesse desaparecendo. Erin o empurrou levemente para trás, fazendo com que ele se deitasse na cama, enquanto ela permanecia sobre ele, seus corpos agora completamente conectados. O calor entre eles era palpável, quase sufocante, mas nenhum dos dois queria que isso parasse.

Erin começou a desabotoar a camisa de Kay, os dedos ágeis e decididos. Kay a observava, o coração disparado, e por um momento, ele se permitiu esquecer todos os medos e incertezas. Ele queria Erin, precisava dela, tanto quanto ela precisava dele.

Quando a camisa de Kay estava aberta, Erin deslizou as mãos sobre o peito dele, sentindo a pele quente sob seus dedos. Ela se inclinou e beijou sua clavícula, deixando uma trilha de beijos pelo peito de Kay, que arqueou as costas em resposta. A cada toque, a cada beijo, parecia que o desejo entre eles crescia exponencialmente, e Erin sabia que, naquele momento, nada mais importava além de saciar aquela fome.

Kay segurou a cintura dela, puxando-a para mais perto, seus corpos agora completamente colados. Erin podia sentir cada centímetro dele, a pulsação de desejo que ecoava entre os dois. E, mais do que nunca, ela sabia que estava no controle. Ela sabia que era o prazer, e não o sangue, que agora dominava sua fome.

Ela se moveu lentamente, provocando-o com cada movimento de seu quadril, e Kay respondeu com um gemido baixo, incapaz de segurar a onda de prazer que crescia dentro dele.

-Erin... -ele murmurou, sua voz cheia de desejo.

Ela o olhou nos olhos, sorrindo maliciosamente.

-shhhh... apenas deixe acontecer.

Os dois se perderam naquele momento, entregues ao desejo e à conexão que compartilhavam. Erin não precisava mais de sangue para sobreviver, mas o que ela precisava, o que ambos precisavam, estava ali, na forma mais pura de prazer. A fome dela, por fim, estava sendo saciada, e agora, Kay fazia parte disso de uma maneira que ele nunca poderia imaginar.

Enquanto seus corpos se moviam juntos, o mundo ao redor parecia desaparecer, e tudo o que restava era a intensidade do momento, o prazer que agora preenchia a fome insaciável que ardia dentro de Erin.

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