Cap 03

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O quarto era deplorável, mas era como qualquer lugar de Sete Além

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O quarto era deplorável, mas era como qualquer lugar de Sete Além. A garota se sentiu desconfortável pelo quarto hostil, mas pensou que, em algum momento, ela iria magicamente voltar, assim como aconteceu da primeira vez e como ela veio parar ali. Ela escuta barulho vindo do andar de baixo. Faz dias que ela não vê a pessoa mascarada. Ela fecha os olhos e fica pensando em diversos detalhes da pessoa, detalhes esses que mais chamaram a atenção dela, detalhes que pudessem tirar a dúvida dela. Pensou no pescoço, no cabelo longo, nos olhos castanhos escuros que pareciam pretos. Pensou na silhueta da pessoa; não era alta, mas não era baixa, e ainda assim chamava muito a atenção. Ela agradeceu mentalmente por ter reparado em todas as magníficas características e deu um leve sorriso. Mas o sorriso logo desapareceu ao abrir os olhos e se deparar com a figura a encarando..

 Mas o sorriso logo desapareceu ao abrir os olhos e se deparar com a figura a encarando

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- Há quanto tempo você está aí? - pergunta a garota.

- O suficiente. O que aconteceu com o seu rosto? - Ele reparou bem na garota, tão bem que notou que o rosto dela estava pipocado, vermelho e um pouco inchado. Ele aparentou estar preocupado com o bem-estar da garota.

- Hã? O que tem o meu rosto? - Ela tocou levemente no rosto e sentiu que estava quente e pipocado. Imaginou que poderia ser o quarto, porque mesmo nascendo onde nasceu, ainda era humana e tinha alergias como qualquer outro. Como o mascarado conseguia viver naquele ambiente?

- Irei sair. Espero que não fuja. Quando eu chegar, você irá me acompanhar pela floresta, então esteja descansada, pois você irá andar.

A garota somente balançou a cabeça positivamente e ficou pensando aonde iriam mais tarde, tentando escutar a saída do mascarado, mas nada ouviu.

Ele já tinha saído da casa e, quem o visse, imaginaria que ele estava bem cansado. Apesar de a máscara tampar as olheiras, seus olhos estavam fundos. Acontece que ele estava sem dormir desde que a garota apareceu em sua frente. Ele não sabia o porquê, mas não conseguia dormir. Muitas vezes, quando estava quase pegando no sono, acordava com gritos. Na verdade, a mente dele inventava cenários dele machucando a garota, e ela gritava, e os gritos eram música para seus ouvidos, e assim ele não conseguia dormir.

Ele precisava mudar de casa. Andou pesquisando sobre os humanos e imaginou que poderia ser a sujeira da casa, então teve a ideia de procurar (invadir) uma nova casa. Em busca de casas, ele observou os moradores podres, mas poucas casas lhe interessaram. Pensou em uma casa que parecia bem humanizada, que era de madeira, de um cientista humano. O único humano que os moradores de Sete Além respeitavam e não esquartejaram. Ele trouxe mais moradores para Sete Além e alimento para alguns porcos.

Ele ficou no topo de uma árvore observando a casa. Ninguém sabia que o cientista morava ali, então seria mais tranquilo. Ele rondou diversas vezes a casa até decidir entrar. O cientista estava no laboratório, um cantinho que seria um ótimo local para tortura. Ele começou o jogo de horror dele.

- Hahahahaha, oi senhor doutor - tagarelou ele.

- Qu... quem está a... aí?

- Fiquei sabendo que veio para Sete Além porque tem medo da morte. Mas você só não imaginava que aqui morreria da pior maneira.

- Você quer comida? Posso ir buscar alguns humanos para ti, e pod...

O mascarado travesso não o deixou terminar de falar e logo avançou para cima do cientista.

- Por acaso está achando que sou algum porco imundo, seu desgraçado?

E assim a sessão de dores começou para o cientista. Morrer na mão dele era a pior coisa que alguém poderia passar. O mascarado o prendeu e assim teve a chance de descobrir como funcionava o ácido. Ele achou mais bonito quando esfaqueou o cientista até a morte, podendo ver o laboratório pintado de vermelho. Mas quando acordou de si, ficou olhando para tudo em transe.

Ele realmente queria fazer isso?

Ou foi só uma crise de raiva?

Para todos de Sete Além isso era comum: matar, torturar e até mesmo comer, isso era comum para todos ali. Então por que o mascarado ficou em estado de choque? Ele deu uma volta melhor na casa e, por um momento, pensou na garota. Pensou se ela iria gostar da cabana. Era enorme e feita de madeira, uma casa dos sonhos para leitores.

Enquanto isso, a garota acabava de acordar. Reparou que o mascarado deixou a porta do quarto dela aberta, então ficou curiosa para dar uma olhada na casa. Uma porta no fim de um corredor chamou sua atenção. Ao entrar, ela ficou surpresa. Então o mascarado não era somente um suposto assassino, ele também era um cara que sentia prazer. Um quarto repleto de brinquedos. Ela ficou surpresa e encantada. Após olhar tudo atentamente, resolveu voltar para seu quarto à espera do mascarado, que a cada vez mais agradava a garota.

 Após olhar tudo atentamente, resolveu voltar para seu quarto à espera do mascarado, que a cada vez mais agradava a garota

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Quando o mascarado chegou, ele foi direto para o quarto da garota. Ela estava dormindo feito um anjo. Ele ficou ali, admirando-a por um tempo. Ele a achava tão linda, tão angelical, que sentia um desejo de esmagá-la e bater nela até sair sangue. Um modo esquisito de admirar alguém.

- Finalmente acordou. Achei que iria ter que jogar água em você para acordar.

- Bem que eu precisava. Estou há dias aqui e ainda não tomei banho. Estou imunda. - E isso era um fato, ela fedia muito. Fedia, mas o mascarado não sentia, ou não sentia ou fingia não sentir.

- Chegando lá, você toma um banho se quiser. - A garota estava curiosa para saber onde iriam. - Vai, levanta logo, droga, tenho pressa.

Do Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora