capítulo 1

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Em uma noite 10 horas da noite O quarto de Tatum era um caos controlado, como se o próprio espaço tivesse absorvido a energia inquieta de sua dona

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Em uma noite 10 horas da noite
O quarto de Tatum era um caos controlado, como se o próprio espaço tivesse absorvido a energia inquieta de sua dona. As paredes, pintadas de um azul escuro quase sufocante, estavam repletas de pôsteres de bandas antigas, com as bordas desgastadas pelo tempo. A cama, encostada contra a parede oposta, estava coberta por um edredom desbotado e algumas almofadas dispersas. Livros e roupas estavam espalhados pelo chão de madeira, criando um labirinto que só ela conseguia navegar.

Tatum estava em pé diante do espelho, uma moldura antiga e lascada que pendia precariamente sobre uma cômoda cheia de maquiagem e bijuterias. Ela puxou a franja recém-cortada para a frente, torcendo os lábios em desgosto. -Merda, murmurou para si mesma, - por que eu desisti de fazer essa franja? Ela está horrível. Seus cabelos castanhos, que normalmente caíam em ondas suaves ao redor de seu rosto, agora estavam comprometidos por aquela franja irregular e torta, como se tivessem sido cortados por uma tesoura cega. Parecia um erro que não podia ser desfeito, um lembrete constante de uma decisão impulsiva.

O silêncio do quarto foi abruptamente interrompido pelo toque agudo do telefone fixo. O som rasgou o ar como um grito inesperado, enchendo o espaço com uma vibração quase opressiva. Tatum piscou, o coração acelerando por um instante antes de recuperar a compostura. Ela saiu do quarto, seus pés descalços fazendo o chão ranger levemente enquanto descia as escadas apressada.

A cozinha, ao contrário de seu quarto, era uma ilha de ordem e limpeza. As paredes eram de um branco pálido, contrastando com os armários de madeira clara que brilhavam sob a luz fria das lâmpadas fluorescentes. A mesa, pequena e redonda, estava vazia, exceto por um saleiro e um pote de açúcar. Tatum caminhou até o telefone que estava preso à parede ao lado da geladeira, com o fio enrolado em espirais como uma cobra adormecida. Ela pegou o fone com uma mão trêmula e, sem sequer levar ao ouvido, desligou com um clique seco. - Quem é que hoje em dia liga de telefone fixo? , perguntou a si mesma, com uma pitada de desdém na voz.

Sem esperar resposta, ela voltou para a sala. A sala de estar era simples, mas acolhedora, com um sofá de couro marrom envelhecido que ocupava a maior parte do espaço. Um tapete grosso cobria o chão diante da lareira, que estava vazia, mas ainda exalava um leve cheiro de cinzas. A única janela do cômodo, alta e estreita, estava semi-aberta, deixando entrar um fio de ar fresco da noite.

De repente, a janela se escancarou com um estrondo, como se a própria noite tivesse decidido invadir sua casa. Um vento forte soprou para dentro, fazendo as cortinas voarem como fantasmas agitados. Tatum deu um salto, o coração disparando enquanto um grito escapava de seus lábios. Ela congelou por um momento, o medo agarrando sua espinha, até perceber que era apenas o vento. - Droga," murmurou, enquanto se dirigia à janela para fechá-la com força, as mãos tremendo ligeiramente.

Ela se jogou no sofá, ainda sentindo a adrenalina correndo por suas veias, e pegou o controle remoto da TV. Ligou o aparelho, e a tela piscou antes de revelar o filme "halloween" em exibição. Tatum bufou, jogando a cabeça para trás contra as almofadas. -Está passando esse filme de novo? resmungou, antes de mudar de canal, até encontrar um filme de comédia romântica. A sala se encheu com risadas enlatadas e diálogos açucarados, enquanto Tatum se afundava no conforto do sofá, tentando afastar o desconforto que a janela aberta havia deixado em seu peito.

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