𝗘𝕊𝗣𝗥𝗘𝗦𝗦𝗢 ꔛ Mason, Walker

♡ 𝗘𝕀𝗚𝗛𝗧. 𝗘𝕊𝗣𝗥𝗘𝗦𝗦𝗢, 𝗉𝗅𝗌 𝗉𝗅𝗌 𝗉𝗅𝗌!

𝖾𝗌𝗉𝗋𝖾𝗌𝗌𝗈             𝟘𝟟.           ☆
🍦            𝘄𝗮𝗹𝗸𝗲𝗿  𝗦𝗖𝗢𝗕𝗘𝗟𝗟'
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Eu acordei antes de todos. A luz suave da manhã entrava pela janela, iluminando a sala onde estávamos todos jogados em colchões e sacos de dormir. Eu esfreguei os olhos e olhei em volta; Dior estava enroscada como um gato ao lado de Leah, Ayran roncava levemente, e Charlie estava todo enrolado em um cobertor que ele havia monopolizado para si. Mas algo estava diferente. Ah, sim, Mason não estava aqui. Meu coração deu uma batida mais forte ao lembrar do que aconteceu na noite passada. O beijo. O beijo que trocamos. Como se meu cérebro estivesse tentando processar essa informação novamente, fiquei um tempo olhando para o teto, perdido em pensamentos. Foi real? Ou foi só um sonho? O jeito que meus lábios ainda pareciam sentir os dele me dizia que sim, foi real. E agora?

O som de meu estômago roncando me tirou do devaneio. Eu estava com fome. Tinha que ir à cozinha, mesmo que isso significasse encontrar.. ele. Levantei-me devagar, tentando não fazer barulho, e me dirigi à cozinha. O silêncio da casa de Leah era reconfortante, quase como um cobertor que me protegia de qualquer constrangimento iminente. Enquanto caminhava pelo corredor, minha mente voltou ao beijo de novo. Foi um beijo de verdade. E foi... bom? Mais do que isso, foi perfeito. Mas e agora? O que isso significa para nós?

Entrei na cozinha e lá estava ele. Mason. Com seu pijama do Superman e aquele cabelo bagunçado que, de alguma forma, ficava ainda mais perfeito assim. Ele estava de costas para mim, mexendo em algo no balcão. Por um segundo, pensei em voltar correndo, mas meu estômago protestou de novo. Então, me obriguei a ficar.

— Ah, bem... bom dia. — Eu disse, minha voz soando mais alta do que eu pretendia. Mason se virou, seus olhos se arregalando levemente quando me viu.

— Bom dia.. — Ele respondeu, com um sorriso tímido. Por que tudo parecia tão estranho? Normalmente, estaríamos fazendo piadas ou algo assim, mas agora... agora só havia esse silêncio esquisito.

— Está com fome? — Mason perguntou, apontando para a torradeira, onde duas fatias de pão estavam prestes a pular. Eu acenei com a cabeça, incapaz de formular uma frase coerente. —Sim... quer dizer, sim, estou.. — Respondi, tentando parecer normal, mas falhando miseravelmente.

Ele me deu uma fatia de pão torrado, e por um momento ficamos apenas comendo em silêncio. Cada mordida parecia durar uma eternidade. Eu podia sentir minha mente girando, tentando pensar em algo inteligente ou engraçado para dizer, mas tudo o que consegui foi.. — Você dormiu bem?

— Mais ou menos.. — Mason respondeu, e eu pude ver um leve sorriso surgindo nos lábios dele. — Você?

— Sim, eu... sim.. — Eu disse algo muito sábio, balançando a cabeça de um jeito que me fazia parecer um boneco de mola. Ótimo trabalho, Walker, realmente impressionante.

Houve mais silêncio, até que Mason finalmente o quebrou. — Quer um espresso? — Ele perguntou, de repente, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. E talvez fosse, mas do jeito que ele disse, com um sorriso, fez meu coração bater mais rápido.

— Sim, claro! — Eu respondi, talvez rápido demais. Mason começou a preparar o café, e eu observei suas mãos trabalhando com habilidade. Por algum motivo, eu não conseguia parar de olhar para ele.

Enquanto o café passava, a tensão entre nós parecia diminuir um pouco, mas ainda estava ali, pairando como um fantasma teimoso. O cheiro do café encheu a cozinha, e eu estava prestes a fazer mais um comentário desajeitado quando Mason me surpreendeu com uma pergunta.

— Você gosta do seu café... quente? — Ele perguntou, virando-se para mim com um sorriso que me fez derreter por dentro. Meu cérebro congelou por um segundo. Isso... isso era uma cantada? Em plena manhã, depois de tudo que aconteceu? Fiquei boquiaberto..

Boquiaberto de verdade, me imaginem boquiaberto!

— Eu... sim? — Respondi, sem saber ao certo como reagir. O sorriso de Mason cresceu, e ele me entregou a xícara de café, nossas mãos se tocando por um breve momento. Esse toque, mesmo que fosse mínimo, parecia carregar mais eletricidade do que eu estava preparado para lidar.

Bebi um gole do café, tentando me concentrar no sabor e não no fato de que Mason estava me olhando. — Está bom? — Ele perguntou, e eu acenei, porque minha boca estava ocupada demais para responder verbalmente. Não que eu soubesse o que dizer de qualquer forma.

Mais alguns segundos de silêncio se passaram, e foi então que Leah apareceu na cozinha, com Ayran logo atrás. — Ah, vocês já estão de pé? — Leah perguntou, com um sorriso sonolento enquanto esfregava o olho direito.

— Sim, e nós fizemos café. — Mason respondeu, imediatamente caindo em um tom mais descontraído, quase como se o que quer que estivesse acontecendo entre nós pudesse ser empurrado para debaixo do tapete quando os outros estivessem por perto.

— Ótimo, porque estou morrendo de fome. — Ayran disse, abrindo a geladeira e vasculhando por algo para comer.

Ela estreitou os olhos. — Tem algo de errado com vocês dois.. — Mas antes que pudesse pressionar mais, Ayran a interrompeu com uma piada sobre o sanduíche dele, que estava praticamente desmoronando. Leah riu, e a tensão finalmente começou a se dissipar de verdade.

Passamos o resto da manhã juntos, rindo e conversando como sempre, mas eu não conseguia tirar Mason da minha cabeça. Cada vez que nossos olhares se cruzavam, havia aquela faísca, aquele lembrete de que algo tinha mudado entre nós. Algo importante. Algo que eu ainda estava tentando entender.

Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas uma coisa era certa: eu quero mais daquele espresso. Isso não é sobre café.