15 Tons de Vermelho - Jason Todd - Tradução - Completa ✔️

Capítulo 5 - Framboesa

"Oi, Red."
Maddy se virou e engasgou com o vigilante encostado em sua janela. "Meu Deus, você está bem?"
"Peach-"
"Não diga peachy-"
Eles se encararam. Ou, pelo menos, ela presumiu que sim, considerando que ele ainda estava usando o capacete.
"Vou pegar o kit", ela disse ironicamente. "Sente-se em algum lugar e tente não sangrar até a morte."

Jason largou a toalha que eles usaram antes e tirou a armadura, puxando as calças um pouco para baixo para que Maddy pudesse alcançar o ferimento de bala. Por sorte, ele tinha atravessado direto, embora por outro lado - isso significava que ele estava sangrando pelas duas pontas agora? Sua visão nadou. Definitivamente perdendo muito sangue.
"Ok, então - puta merda, você precisa colocar pressão nisso, Carmine", ela correu para o lado dele no momento em que ele caiu para frente, quase caindo da poltrona.
"Ha", ele riu, "Carmine. Essa é nova."
"É isso, Crimson." Ela limpou o buraco de bala, fazendo-o gritar. Hood gemeu, um quase choroso "isso dói" e agarrou seu lado, bloqueando sua visão do buraco aberto em seu lado. Sem camisa, com suas calças cargo penduradas baixas em seus quadris, ele estava mais atraente do que quando ele tinha arrancado suas calças na sala de estar dela. Esse devia ser o pior ferimento até agora, pensou Maddy enquanto afastava as mãos dele e começava a trabalhar.

"Fale comigo", ela ofereceu, "pode ​​ajudar com a dor."
Hood ficou em silêncio por um momento, e ela assumiu que ele não estava com muita vontade de compartilhar, mas ele começou a falar com o maxilar cerrado. "O Coringa me deixa desleixado. Eu fui sequestrado por ele também, sabe, quando eu era criança. Ele me torturou, quase me matou, na verdade, e me deixou para morrer."
Os lábios de Maddy se separaram. "Sinto muito. Acho que foi sorte você estar lá então."
"Esse grupo de, ah, viajantes me curou, me acolheu e me deixou ficar com eles até que eu melhorasse. Quando voltei para casa", sua voz falhou, "não havia ninguém aqui para mim. Minha família seguiu em frente, me substituiu. Ou, pelo menos, eu pensei que sim, mas nós resolvemos isso. Na maior parte."
"Seus pais?"
"Pai", ele disse. "Minhas mães estão mortas."
"Plural?" Maddy perguntou baixinho, percebendo a mágoa em sua voz.
Hood se mexeu para deixá-la trabalhar ao redor dele mais confortavelmente. "Meu pai biológico trabalhava para o Duas-Caras e foi morto fazendo isso. Minha madrasta teve uma overdose, e minha mãe biológica foi quem me entregou ao Coringa."
Maddy respirou fundo. "Isso é terrível."

Hood resmungou algo sobre não ser capaz de mudar o passado. Maddy doía por ele, por um garotinho que confiava nos adultos em sua vida o suficiente para se sentir seguro, apenas para ter o chão varrido debaixo dele, jogando-o neste abismo escuro de cobras para se defender sozinho. Uma delas era literalmente a razão pela qual ele estava no ponto em que estava hoje.

"É uma droga, mas me transformou em quem eu sou agora, eu acho. Eu quase tive o Coringa também. Eu poderia ter acabado com a tirania dele." Ele inspirou e expirou quando ela tocou em um ponto particularmente dolorido em seu quadril. "E você, Red? Alguma família?"
"Eu nunca conheci minha mãe, e meu pai sempre foi um pouco..." ela se atrapalhou por um momento. "Excêntrico, eu acho, e não necessariamente de um jeito bom. Ele se importa comigo do seu jeito distorcido, mas crescer com ele foi como ser algum tipo de criminoso. Eu não tinha permissão para namorar, ele me rastreava onde quer que eu fosse, e ele fez algumas coisas das quais não me orgulho. Ele machucou muitas pessoas - e a mim no processo." Maddy amarrou outro ponto. Doeu pensar sobre o jeito como ela cresceu, sobre o jeito como seu pai nunca foi realmente seu pai como a maioria das pessoas era. Ele sempre estava mais preocupado em ser melhor do que seus parceiros de negócios.

"Saí quando fiz dezoito anos, entrei para a medicina e aqui estou." Ela olhou ao redor de seu apartamento que ela tanto amava. "Este apartamento foi a primeira coisa que foi realmente minha, e eu não tive que me sentir culpada por tê-lo ou me preocupar que ele faria algo que nos forçaria a nos mudar ou ficar quieta porque eu tinha saído o máximo que pude."