Luna;
29 de fevereiro 2012;
Brasil;A exatamente 12 dias do ocorrido com Mike, já estávamos no final de fevereiro e as festividades do carnaval haviam acabado. O mundo voltava ao normal depois das bagunças nas ruas. Mike estava se recuperando ainda sobre tudo; está sendo difícil sem os remédio mas a enfermeira sentindo compaixão me deu uma caixa de antibiótico e um número de uma clínica de reabilitação, fiquei muito grata a ela. Durante essas duas semanas, mantive contato com Felipe, pude ver o quanto ele poderia ajudar com as amizades que tem. Ele mencionou sobre ter um "amigo" que também poderia colaborar, pois eles já faziam uma colaboração antes, várias vezes antes. Claro, que de início fiquei com uma pulga atrás da orelha mas falei para ele que iria analisar quando estivermos frente a frente. Falei com ele para nos encontrarmos em algum lugar, tinha sim um lugar, era um galpão que ficava em uma parte mais vazia da cidade. Fiz Mike vim com Felipe, falei que Felipe era de "confiança", precisava de tempo para organizar minhas coisas e colocar minha cabeça no lugar. Essa ideia que passei semanas pesquisando e estudando, tudo vai vir à tona nessa reunião. Hoje.. hoje mesmo começaria toda a parte de planejamento.
Ouvi um barulho aos fundos, eles haviam chegado. Vi Felipe, Mike e mais um homem bem vestido de terno e calça social, mas usava uma camisa simples por baixo, o homem fumava observando o lugar, julgando o ambiente.— Bom dia senhores! — Minha entonação de voz foi alta, fazendo os homens me olhar desprevenidos. Abri os braços indicando mostrar o local, apoiada na mesa com um mini sorriso confiante no rosto. — sejam bem vindos.
— que espécie de galpão é esse? — ouvi uma voz tenor e arrastada falar e julgar apontado com seus dedos com cigarro para o lugar, mas sem me olhar. Odiava cigarro.
— ué, pergunte ao seu amigo! — falei em um tom alto mas provocante lançando um sorriso aos homens, mas vi o homem com cigarro olhar para mim como se tivesse acabado de reparar só agora. — foi ele quem me indicou esse balcão e se está aqui é porque quer se juntar a nós.. — falei chegando perto do homem branco com cabelos curtos, marrom e olhos verdes o analisando. — senhor?.. — perguntei com uma voz guiando a me olhar, vi ele levantar a cabeça e me encarar nos olhos como se tentasse me comer com os seus, vi um mini sorriso em seu rosto quando perguntei.
— Benjamin. — ele fala colocando seu cigarro na boca antes de pegar em minha mão em um comprimento.
— Benjamin — repeti encarando na mesma intensidade. Com pouco do que vi dele já sei que tipo de homem ele é. É do tipo que ama ser o centro das atenções. Vi ele sorrir entre o cigarro quando lhe dou o que quer, minha atenção e interesse em si, mas não vou dar completamente. — Por favor, apague o cigarro. Se quer morrer, morra sozinho.
Falei soltando sua mão e virando a Felipe e Mike que nos observavam. Vi Mike tentar me falar algo, então olhei para onde ele me indicava, vendo na cintura de Benjamin uma arma. Merda..
— Vamos deixar de palhaçada.. — Felipe fala grosso para seu amigo que levanta as mãos cedendo.
— Por favor, sente-se, a reunião vai ser longa. — falei dando de costas para os homens mas antes me comunicando com o olhar com Mike.
Vi os homens se sentarem ao redor de uma mesa redonda. Mike sentou ao meu lado, Felipe ao seu lado e Benjamin ao lado de seu amigo.
— Antes de começar a reunião eu tenho que perguntar, o que faz? e como pode agregar em nosso "projeto". — sorri para os homens que riram achando engraçado meu jeito de falar golpe.
Vi Benjamin e Felipe se olharem. Felipe com uma cara preocupada já Benjamin tinha um certo orgulho em sua expressão. Sequei a arma do homem ao meu lado.
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Lavagem de ouro
RandomLuna Costa, uma mulher determinada e brilhante, nunca aceitou as limitações impostas pela vida. Após enfrentar inúmeras adversidades e dificuldades como moradora de rua ao lado de seu melhor amigo, ela se torna a fundadora e líder do maior grupo cri...