Jennie Ruby Jane Kim
Bangkok-TH 21:42
Jennie sentiu o peso da noite e sabia que era hora de ir. Ela sinalizou para o garçom, que prontamente se aproximou. "A conta, por favor," disse Jennie, entregando-lhe seu cartão.O garçom pegou o cartão e o colocou dentro de um check presenter - uma pequena capa ou suporte usado em restaurantes para entregar a conta ao cliente de forma discreta. Ele se afastou para processar o pagamento, deixando as duas mulheres a sós por um momento.
Jennie voltou sua atenção para Lalisa. "Vou ficar na Tailândia até quinta-feira. Se precisar entrar em contato comigo, todas as minhas informações estão no documento que deixarei com você."
Lalisa apenas assentiu, seu olhar observador não perdendo nenhum detalhe.
Pouco tempo depois, o garçom voltou com o check presenter, entregando-o a Jennie com um sorriso que deixava claro suas intenções. Seus olhos fixaram-se em Jennie, carregados de um desejo evidente. Jennie agradeceu, mas não pôde deixar de notar o olhar predatório, algo que Lalisa também claramente percebeu.
Assim que o garçom se afastou, Jennie abriu o check presenter para pegar seu cartão e notou algo incomum. Junto à nota, havia um pedaço de papel com um número de telefone rabiscado. Ela franziu o cenho levemente, guardando o papel discretamente, mas o movimento não escapou a Lalisa.
Lalisa, com seu olhar penetrante, não deixou o incidente passar sem comentário. Com um sorriso enigmático, ela disse: "Parece que o serviço aqui vem com alguns... bônus inesperados, não é mesmo, Srta. Kim?"
Jennie sorriu, um tanto constrangida, mas também intrigada com a reação de Lalisa. Ela sentia que havia muito mais por trás daquele comentário do que apenas uma observação casual.
Jennie segurou o cartão em sua mão, ainda processando as palavras de Lalisa. Ela ergueu o olhar, encontrando os olhos intensos da mulher à sua frente. Com um leve sorriso, Jennie respondeu, mantendo a compostura:
"Às vezes, os bônus inesperados vêm de onde menos esperamos, Srta. Manoban," disse ela, sua voz carregando uma mistura de leveza e provocação. "Mas acho que esses não são exatamente os tipos de bônus que estou interessada em aproveitar esta noite."
Ela deslizou o cartão de volta para a carteira, tentando ignorar o desconforto causado pela situação. Jennie sabia que estava sendo observada de perto por Lalisa, e algo na forma como a CEO a olhava a deixava intrigada e talvez um pouco inquieta.
Jennie sentiu o ar ao seu redor ficar mais denso quando Lalisa se inclinou ligeiramente para frente, suas palavras carregadas de um tom que era difícil de ignorar. A CEO da Manobal Tech não era apenas uma mulher de negócios habilidosa; havia algo mais por trás daqueles olhos penetrantes, algo que Jennie não podia decifrar completamente.
Quando Lalisa falou, Jennie percebeu a sutileza nas palavras escolhidas. "Entendo, Srta. Kim. Nem todos os bônus valem a pena... aceitar," disse Lalisa, a voz como um murmúrio que parecia se enroscar ao redor dos pensamentos de Jennie. "Mas, quem sabe, talvez outros tipos de bônus possam aparecer ao longo da sua estadia aqui na Tailândia. Aqueles que podem ser mais... interessantes para você."
Jennie sentiu um calafrio percorrer sua espinha, não de medo, mas de uma curiosidade que ela não conseguia reprimir. Lalisa recostou-se na cadeira, e aquele momento de proximidade se dissipou, deixando no lugar uma neutralidade enigmática, como se nada tivesse acontecido. No entanto, Jennie sabia que havia algo não dito, algo que Lalisa parecia sugerir nas entrelinhas.
"De qualquer forma," Lalisa continuou, como se tivesse retomado a formalidade da conversa, "espero que sua estadia aqui seja produtiva, tanto nos negócios quanto... nas experiências."
Jennie respirou fundo, sentindo que essa troca havia sido muito mais do que simples palavras. Ela sorriu de volta, mas uma pequena parte dela continuava a questionar o verdadeiro significado por trás daquelas frases. A CEO da Manobal Tech era um enigma, e, ao que parecia, esse enigma só se aprofundava a cada momento que passavam juntas.
Jennie respirou fundo antes de responder, sentindo a tensão ainda pairando no ar entre elas. "Agradeço, Srta. Manoban, e desejo o mesmo para você," ela disse, mantendo o tom formal, mas com um toque de sinceridade.
Era hora de ir, e Jennie sabia disso. Ela se levantou, pegando sua bolsa com um movimento fluido, e estendeu a mão para Lalisa em um gesto de despedida. Quando seus dedos se tocaram, um arrepio percorreu o corpo de Jennie. Por alguma razão, seu corpo reagiu de forma inesperada, como se cada célula estivesse em alerta máximo. Era uma mistura de medo e fascinação, uma sensação desconcertante que ela não conseguia definir.
Lalisa manteve o contato visual, sua expressão controlada, mas Jennie percebeu algo nos olhos dela, uma sombra de conflito que era difícil de identificar. Parecia que Lalisa estava tentando se conter, embora, para qualquer outro, isso passasse despercebido. Jennie sentiu um calafrio, mas logo o momento passou, e Lalisa recuou levemente, deixando Jennie se perguntar se havia sido apenas sua imaginação.
Despedindo-se com um leve aceno de cabeça, Jennie deixou o restaurante. Lá fora, ela chamou um táxi, ainda sentindo a estranha tensão em seu corpo. Durante todo o trajeto de volta ao hotel, sua mente não parava de revirar a experiência. O que era naquela mulher que a atraía tanto? Havia algo de hipnótico em Lalisa, algo que Jennie não conseguia afastar de seus pensamentos.
Quando finalmente chegou ao hotel e entrou no quarto, o peso da noite caiu sobre ela. Mesmo assim, deitada na cama, a mente de Jennie ainda se agarrava à lembrança daqueles olhos, daquela presença. O que Lalisa tinha de tão especial que a deixava assim? Era uma pergunta que ecoava na escuridão, sem resposta.
Jennie finalmente foi dormir, mas mesmo o sono não conseguiu afastar os pensamentos sobre Lalisa. Ela acordou na manhã seguinte com um sentimento misto de cansaço e irritação. Odiava ter que acordar cedo mais uma vez. Depois de se arrastar para fora da cama, tomou um banho quente e fez suas higienes matinais, na tentativa de despertar completamente.
Decidiu tirar a manhã para colocar em ordem alguns documentos da empresa, já que só teria compromisso à tarde, uma reunião com investidores tailandeses. Esse encontro já estava marcado antes mesmo de sua viagem, mas não era o principal motivo para estar ali. Mesmo assim, enquanto revisava os papéis, a lembrança da noite passada com Lalisa não parava de invadir seus pensamentos. Aquela mulher havia deixado uma impressão mais profunda do que Jennie estava disposta a admitir.
Perdida nesses pensamentos, Jennie foi trazida de volta à realidade quando seu telefone começou a tocar. No visor, o nome de sua melhor amiga, Rose, piscava. Atendendo a ligação, Jennie não ficou surpresa ao ouvir Rose do outro lado, fazendo um drama gigantesco por causa da falta de comunicação no dia anterior e por estar sentindo saudades, apesar de ter passado apenas um dia desde que se viram pela última vez. Jennie sorriu, segurando o telefone com carinho, tranquilizando Rose e prometendo que se encontrariam em breve.
Após a ligação, Jennie voltou aos seus deveres, tentando se concentrar nos documentos à sua frente. No entanto, a imagem de Lalisa continuava a pairar em sua mente, como uma sombra que ela não conseguia afastar. Mesmo enquanto trabalhava, era impossível ignorar o fascínio crescente que sentia por aquela mulher misteriosa. Algo em Lalisa a puxava de volta, como se a noite passada tivesse sido apenas o início de algo muito maior.
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Under the Veil of Night - jenlisa
Vampire**Sinopse** Lalisa Manoban, uma vampira centenária e poderosa CEO, esconde sua natureza sombria por trás de um charme sedutor e um estilo ousado. Ela é ferozmente protetora e ciumenta em relação à sua parceira, Jennie Ruby Jane Kim, uma advogada amb...