Capítulo 9

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Jennie Ruby Jane Kim

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Jennie Ruby Jane Kim


Seul-KR 09:20

Jennie havia acabado de chegar ao aeroporto na Coreia do Sul, com a mente ainda revirada pelos eventos recentes em Bangkok. Enquanto caminhava em direção à saída, seus pensamentos estavam dispersos entre as lembranças daquele beijo intenso com Lalisa e a expectativa de rever sua melhor amiga, Rosé.

Assim que saiu pela porta de desembarque, seus olhos encontraram Rosé, que acenava animadamente. A amizade delas era sólida, construída ao longo de anos de convivência. Apesar de ambas terem a liberdade financeira de viverem sozinhas, decidiram morar juntas, reforçando ainda mais os laços que as uniam desde a infância.

“Mandu!” Rosé chamou com seu habitual tom carinhoso, usando o apelido de infância de Jennie. "Como foi de viagem?" ela perguntou, abrindo os braços para receber Jennie em um abraço apertado.

Jennie sorriu ao ouvir o apelido, sentindo-se reconfortada pela familiaridade e pelo carinho. “Foi... interessante,” respondeu, um tanto enigmática, enquanto devolvia o abraço. "E você, Esquilo, o que aprontou enquanto eu estava fora?"

“Ah, nada demais,” Rosé respondeu com uma piscadela. “Só salvei o mundo um ou duas vezes, como sempre.” O humor sarcástico de Rosé era uma das coisas que Jennie mais apreciava nela, especialmente em momentos de tensão.

Enquanto caminhavam até o carro, Jennie começou a se sentir mais relaxada, embora as lembranças de Lalisa ainda estivessem frescas em sua mente. Havia algo nela que Jennie não conseguia esquecer, algo que ia além da beleza. Ela sabia que em breve precisaria compartilhar tudo isso com Rosé, mas por enquanto, estava apenas feliz por estar em casa, ao lado de sua melhor amiga, onde tudo parecia mais simples e seguro.

“Vamos para casa, Mandu,” disse Rosé, sorrindo enquanto puxava Jennie pela mão, guiando-a para o carro. E assim, juntas, as duas amigas se dirigiram para o lugar que sempre consideraram seu lar.

Assim que chegaram ao apartamento, Jennie sentiu o conforto familiar do lugar. As luzes suaves do ambiente moderno e sofisticado que dividiam tornavam a atmosfera aconchegante, acolhendo-a de volta à rotina. Assim que as duas entraram, Jennie largou sua mala ao lado da porta e se jogou no sofá, suspirando de alívio.

"Então, Esquilo, como foi sua semana sem mim por aqui?" Jennie perguntou, descalçando os sapatos e puxando as pernas para o sofá.

Rosé riu enquanto ia até a cozinha para pegar algo para beber. "Foi absolutamente insuportável, como sempre," ela respondeu com uma voz dramática, acentuando o sarcasmo. "A casa estava muito quieta sem você enchendo meus ouvidos."

Jennie revirou os olhos, sorrindo. "Claro, porque você não sabe viver sem mim," retrucou, o tom cheio de humor. "Mas sério, o que você fez? Salvou o mundo de novo?"

Rosé voltou da cozinha com duas taças de vinho, entregando uma a Jennie antes de se sentar ao seu lado no sofá. "Bom, além de salvar o mundo... Eu estava imersa naquele caso complicado de propriedade intelectual. E, obviamente, ganhei," disse Rosé, piscando e erguendo a taça em um brinde.

Jennie sorriu e brindou com ela. "Você sempre ganha, Rosé," comentou, tomando um gole do vinho. "Mas eu sei que você fez mais do que trabalhar. Sabe que pode contar, né?"

Rosé olhou para Jennie, o sorriso em seus lábios suavizando-se. "Na verdade, eu fiz algo que estava adiando há um tempo. Fui até aquela exposição de arte que você sempre me recomenda. Pensei que era hora de fazer algo que não envolvesse advogados e contratos."

Jennie arqueou as sobrancelhas, surpresa. "Sério? E o que achou? Eu sabia que você ia gostar!"

"Foi incrível," Rosé admitiu, relaxando um pouco mais no sofá. "Sabe, eu não esperava me sentir tão... conectada. Havia algo nas obras, nos detalhes. Foi como se cada quadro estivesse contando uma história e me convidando a entrar nela."

Jennie sorriu amplamente, contente que Rosé tivesse finalmente aproveitado a exposição. "Isso é maravilhoso, Esquilo. Sabia que você ia se apaixonar pela arte, era só uma questão de tempo."

Rosé riu, balançando a cabeça. "Você sempre me conhece melhor do que eu mesma, Mandu. Mas e você? Parece que teve umas aventuras por lá."

Jennie hesitou por um momento, o rosto de Lalisa surgindo em sua mente. "Foi... uma viagem cheia de surpresas. Conheci algumas pessoas interessantes, fiz turismo, e... talvez tenha tido um encontro inesperado."

"Encontro inesperado?" Rosé ergueu uma sobrancelha, curiosa. "Agora você tem que me contar tudo. Não vai me deixar no suspense!"

Jennie mordeu o lábio, tentando decidir o quanto revelar. "Ok, mas promete não fazer aquele seu interrogatório completo?"

Rosé fez um gesto de cruzar os dedos. "Prometo. Só vou fazer perguntas essenciais... e talvez um comentário ou dois."

Jennie riu. "Bom, eu conheci alguém... Uma mulher. Ela é... diferente. Tipo, muito diferente do que eu estou acostumada."

"Ooh, interessante," Rosé disse, inclinando-se para frente, claramente intrigada. "Continua..."

Jennie tomou outro gole de vinho, tentando organizar os pensamentos. "Ela é... encantadora, de uma forma que não consigo explicar. Tudo nela me atraiu. E ontem, antes de eu voltar, a gente se encontrou de novo. Foi... intenso."

Rosé piscou algumas vezes, absorvendo a informação. "Intenso como... você está dizendo que rolou algo mais?"

Jennie sentiu suas bochechas corarem, algo que raramente acontecia. "Sim, nós... nos beijamos. E foi diferente de tudo que já senti antes."

Rosé arregalou os olhos por um segundo, depois um sorriso travesso surgiu em seu rosto. "Mandu, você está me dizendo que teve um romance à la filme em Bangkok e nem me ligou pra contar? Quem é essa mulher misteriosa?"

Jennie riu, sentindo-se um pouco mais relaxada ao compartilhar. "Ela é alguém muito... poderosa. Inteligente. E tem algo nela, uma intensidade que me puxa para perto."

Rosé balançou a cabeça, impressionada. "Uau, Mandu. Parece que essa viagem foi mais do que só turismo e trabalho. Parece que você encontrou algo... ou alguém... que mexeu com você."

Jennie assentiu, perdida nos pensamentos sobre Lalisa. "Sim, foi exatamente isso. Mas, ao mesmo tempo, é tão confuso. Eu nem sei o que pensar agora."

Rosé deu um leve empurrão no ombro de Jennie. "Olha, o que importa é o que você sente. Se foi especial, então vale a pena explorar. E se não der certo, você sempre terá sua amiga fiel aqui para te ajudar a processar."

Jennie sorriu, grata por ter Rosé em sua vida. "Obrigada, Esquilo. Você sempre sabe o que dizer."

Rosé piscou para ela. "Claro que sei. E agora, vamos falar de algo importante. O que vamos pedir para o jantar? Porque eu estou morrendo de fome."

As duas riram, e o peso das preocupações de Jennie começou a se dissipar, substituído pela leveza da amizade e do conforto de estar de volta em casa.

Under the Veil of Night - jenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora